Yes, Mommy | Jenlisa

Capítulo Seis - Segunda Temporada

Jennie Kim

— O que foi que você fez, Junkyu?

Eu estava com raiva. Na verdade, furiosa. Não importa o que ele me diga, eu sei que tudo que aconteceu e o motivo de Lisa estar estranha tem algo haver com a volta de Junkyu.

— Como assim, Kim? — O moreno sorriu ladino enquanto levava um copo de suco aos lábios.

— Eu vou fazer você engolir esse suco com o copo e tudo! — Soquei a mesa com raiva enquanto mandava que o garçom voltasse. Não vou pedir nada. Não quero comer, nem beber nada no momento. — Diga logo o que você tem a ver com tudo isso, Junkyu!

— Sua esposa te traiu, foi? — Ele riu. De uma forma tão debochada que eu precisei unir todas as minhas forças para não agredi-lo.

— Ela não fez nada. Eu tenho certeza que não. Eu confio na minha esposa, Junkyu. E você deveria parar com esse seu plano idiota. Não vai conseguir nos separar. — Meu olhar caiu sobre o dele. Firme e consistente. Junkyu um dia foi um homem que eu gostei de ter por perto. Mas após tanto tempo, depois de tudo que ele me causou, acredito que nem ao menos sua amizade eu desejo.

— Você quer dinheiro, Junkyu? Eu vou te dar quanto quiser, Junkyu. Só por favor, fique longe da minha família.

Suspirei pesadamente me preparando para ir embora. Junkyu me olhou com um sorriso triste e ele precisou desviar o olhar para não chorar. Senti pena naquele momento. Nunca duvidei dos sentimentos dele por mim a anos atrás. Mas agora, eu sei que ele pode sentir apenas arrependimento pelo que fez no passado. Ele não me ama.

— Sua esposa transou que nem louca com a Tzuyu ontem a noite e você quer me oferecer dinheiro para se afastar da sua família? Me faça um favor, Jennie! Não seja burra!

Lisa não fez nada disso. Ela não seria capaz. Se não fosse por amor a família, ela não faria por amor a vida. Sabe muito bem que vou cortar seu corpo em tantos pedacinhos que não vão conseguir nem reconhecer o corpo.

— Você pode fazer ele se arrepender Jennie! Dorme comigo, vai! Pelo menos essa noite? Hum?

Minha boca fez um formato em "O" perfeitamente. Como Junkyu conseguiu propor algo como aquilo?

— Vá pro inferno! — Sem pensar duas vezes, peguei o copo cheio de suco sobre a mesa e despejei cada gota em seu cabelo. — Não apareça na minha frente novamente, Junkyu!

Sai em passos firmes e apressados até a porta de saída. Muitas pessoas olharam em minha direção e eu tenho certeza que vi algumas câmeras. Era só o que me faltava. Virar manchete de revista de fofoca por resolver meus problemas de uma forma peculiar. Ao longe, eu escutei a voz de Junkyu me chamando, na verdade, me gritando. Percebi que ele ia se aproximando e sai pela porta o mais rápido que meus pés conseguiam andar.

Eu preciso chegar o mais rápido em casa. Lalisa vai me explicar cara detalhe dessa história maluca e vai me dizer muito bem onde passou a noite, com quem e, porque ela chegou tão tarde.

No fundo, meu peito doía de certa forma. Só de pensar que aquilo poderia ser verdade. Eu confio tanto na Lali, e eu sei que ela não faria algo assim. Eu tenho certeza que ela não faria. Ela ama o filho. Me ama. Ama tudo que construímos juntas e como evoluímos. Passamos por tantas coisas até finalmente ficarmos juntas. Não acredito que logo agora, tudo vai se desmoronar.

— O universo me odeia tanto, não é? — Entrei no carro batendo a porta e dando partida. A imagem de Junkyu na porta do restaurante ficou gravada no retrovisor. Sua blusa estava molhada assim como seu cabelo. E seu semblante não era dos melhores. Eu sei que algum dia, vou pagar por isso. Toda ação tem uma consequência. Mas por ora, estou muito orgulhosa de meus atos