Capítulo Catorze - Segunda Temporada

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Kim Junkyu

Algumas horas antes

— Anda! Anda logo Irene! — Joguei mais uma bolsa de dinheiro no porta-malas do carro enquanto olhava ao nosso redor de forma desesperada. Estávamos atrás da universidade, estacionados num beco antigo. Irene trazia as bolsas rapidamente.

Por mais que esse evento seja muito bem organizado, a segurança não foi muito boa. O dinheiro e algumas peças que seriam leiloadas, estavam guardadas em uma sala de aula qualquer sem nenhum cuidado. Realmente, não foi uma tarefa difícil retirar o dinheiro dali e levar até o carro.

— Essa é a última. — Irene jogou a mala no banco de trás do carro e sorriu entrando no mesmo. Fechei o porta mala com pressa e segui até o carro sorrindo feito um louco.

Finalmente havíamos conseguido. Não foi o dinheiro da Jennie que pegamos, e sim algo muito maior. Ao todo, estava em cerca de 500 mil, fora os quadros e algumas peças valiosas que seriam leiloadas. De toda forma, Irene e eu não precisaríamos nos preocupar com mais nada por um bom tempo. Teríamos dinheiro suficiente para pagarmos nossas dívidas e seguirmos nossos caminhos sem preocupação.

Infelizmente, tenho que deixar Tzuyu e Jennie para trás. Por mais que as duas não tenham passado por uma simples diversão, eu tenho um pobre coração, e sempre me lembrarei dela. Tzuyu foi uma mulher muito gentil e carinhosa, me tratou como nunca havia sido tratado e o mínimo que posso fazer, é me lembrar dela de um jeito bom.

Não ficarei com Irene. Nós dois sabemos que nunca daremos certo e que somos a destruição um do outro. Afinal, não importa o quanto tentamos, sempre acabamos da mesma forma. Separados, e na miséria.

Dei partida no carro de uma vez só, e Irene bateu palminhas ao meu lado.

— Para onde vamos?

— Eu não sei, querido! Para bem longe!

Concordei vagamente saindo do beco e pegando a estrada que saia de Seul.

Um dia talvez, eu volte para fazer uma visita. Afinal, eu nem ao menos, me despedi.

Jennie Kim

— Ele falou que ia ficar comigo! — Tzuyu chorava feito uma criança sentada na calçada de sua casa. Seu rosto estava preto por conta da maquiagem borrada e sua boca tremia feito um motor. Ela já não é bonita, chorando fica bem pior.

Lisa estava lá dentro conversado com Baekhyun. Nenhum de nós encontramos Junkyu em lugar algum, e quando Baekhyun finalmente prestou atenção no que tinha acontecido, teve uma pequena queda de pressão e precisou ser carregado até em casa. Tzuyu entrou em prantos quando descobriu que não havíamos encontrado seu amante e se recusa a entrar na sua própria casa.

— Você tem quantos anos, garota? Para ficar fazendo esse teatrinho todo? Sabe que horas são? Eu e minha esposa temos que ir para casa, não entende? — Bufei cruzando os braços e batendo pé no chão de forma irritada. Tzuyu ignorou completamente meu comentário e voltou a chorar. Dessa vez, com ainda mais intensidade. Revirei os olhos por sentir pena dessa criatura inunda, e xinguei meia dúzia de palavrão antes de me sentar ao seu lado.

— Olha, tem algumas coisas... na vida, sabe? Sabe? Algumas coisas na vida? Que não vão dar certo, sabe?

Droga. Eu definitivamente não consigo dar conselhos ou consolar alguma pessoa, ainda mais, Tzuyu que merece levar umas porradas minhas. No momento, eu não desejo atropela-la, mas tenho certeza, que amanhã de manhã, eu já mudo de ideia.

— Vai tudo dar um jeito, sabe? Não precisa chorar tanto assim, pelo amor de Deus, você me dá vontade de arrancar meus ouvidos fora com esse seu choro escandaloso. — Por algum motivo, isso fez com que ela soltasse uma pequena gargalhada e encostasse a cabeça no meu ombro.

De início, eu fiquei totalmente sem reação e pensei em empurrar sua cabeça para que ela caísse na rua, mas logo depois, eu pensei, que por mais ruim que ela fosse, Tzuyu estava sozinha, e que merecia um pouco de compaixão. Dei alguns tapinhas na sua cabeça, enquanto escutava sua respiração se acalmando. Tzuyu realmente, era uma mulher imatura.

— Sabe que se eu souber que você contou isso para alguém, você aparece morta no dia seguinte, não é?

— Eu sei. — Ela riu enxugando suas lágrimas e se sentando corretamente, com a postura ereta. Analisou o asfalto por alguns minutos e suspirou pesadamente. — Peço desculpas, Jennie. Não de verdade, eu ainda não me arrependo de ter tentando pegar a Lisa para mim, mas acredito que já está na hora de começar a me esquecer de uma mulher casada.

— Deus é tão bom! Ah glória! — Levantei as mãos em forma de agradecimento. Por mais que não tenha sido um pedido de desculpas apropriado, já era um pequeno passo para o começo.

— Por favor, até um cego vê o quanto Lisa te ama, me surpreende que você tenha duvidado dela.

Pois é, também estou me surpreendendo agora. Lisa e eu temos muitas coisas a conversar. E eu mal sei por onde começar. Talvez, se ambas começasse com um pedido de desculpas, seria um bom avanço. Já que, nós duas, erramos.

Nós duas ficamos em silêncio por um bom tempo, e eu parei para analisar as estrelas. Era uma noite tão bela. Lisa gosta do céu estrelado. Ela já pintou um quadro assim, que fica pendurado em nosso quarto. É um dos meus favoritos, já que foi pintado na noite em que nós casamos. Tínhamos acabado de chegar ao hotel, para nossa lua de mel, e enquanto eu tomava um banho para relaxar, Lisa ficou na varanda, analisando a paisagem, quando percebeu que a vista daria uma boa pintura, ela simplesmente pegou os lençóis da cama e suas tintas reservas que ela sempre carrega na mala, e começou a desenhar.

Obviamente, tivemos que pagar pelo lençol, mas em troco, ganhamos um objeto especial.

— Baekhyun já está mais calmo e vai descansar, ele pediu que você ficasse no quarto de hóspede, Tzuyu, e que amanhã vocês vão conversar. — Lisa parou atrás de nós e me ajudou a levantar. Seu olhar curioso para nós duas me fez dar de ombros e me afastar de Tzuyu.

— Ela tava tendo uma crise de criança birrenta, sabe? Até nosso solzinho chora mais bonito que ela. Então eu dei um tapa na cabeça da infeliz, e veja só! Novinha em folha, não é, Tzuyu? — Empurrei suas costas um pouco com a mão e ela concordou de cabeça baixa, visivelmente envergonhada. Agradeceu Lisa brevemente e entrou o mais depressa para casa.

— Finalmente eu posso respirar em paz sem ter o peso de pensar que te traí. — Lisa suspirou e segurou minhas mãos, olhando em meus olhos. — Consegue acreditar em mim agora?

— Eu acredito que ainda não. — Sorri sacana mordendo meu lábio inferior enquanto olhava Lisa debaixo a cima. Coma ele estava tão gostoso nessa roupa.

Oh céus, obrigada por ela ser minha esposa.

— Sabe que está me devendo uma coisinha, não é?

Passei a mão pelos botões da sua camisa social, ousando abrir o primeiro apenas para provoca-la. Lisa segurou-me pela cintura de forma firme, me prendendo ao seu corpo e aproximou sua boca até meu ouvido, o mordendo e sussurrando em seguida.

— Acho melhor você se preparar, meu amor, porque eu vou acabar com você quando chegarmos em casa

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Yes, Mommy | JenlisaWhere stories live. Discover now