40 - Good Boy

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Pov Narrador

Era por volta de 08:00h da manhã, e como de costume, o diretor do presídio estacionava seu carro na vaga que era reservada para ele.

Quando saiu de seu carro e olhou ao redor, estranhou o fato de que a moto de um dos carcereiros do turno da noite ainda estava alí, visto que o turno virava sempre às 07:00h da manhã. Embora fosse estranho, cogitou a possibilidade de que o guarda pudesse ter uma papelada para preencher devido alguma possível ocorrência da noite anterior, já que se tratava de um procedimento padrão quando um carcereiro levava uma detenta para a solitária, quando haviam brigas, entre outros ocorridos.

Caminhou tranquilamente até a entrada do presídio, mas assim que entrou pela porta principal, avistou uma detenta sentada no chão com a cabeça baixa. Se aproximou da mulher com o cenho franzido, afinal, as detentas não tinham acesso à aquela parte da prisão.

- Ei, você! O que faz aqui? - a negra, a qual conhecemos muito bem, levantou sua cabeça para encarar o homem e sorriu.

- Estava esperando pelo senhor, diretor. - pegou a arma que, até então, escondia atrás de si, fazendo com que o homem tremesse na base e, em puro instinto de sobrevivência, corresse desesperadamente em direção à saída.

Para o azar do diretor, Lauren o aguardava na porta com sua arma empunhada, o fazendo parar no meio do caminho, se dando por vencido.

- O que vocês querem? - perguntou angustiado enquanto Normani se aproximava. A negra não tardou em vasculhar seus bolsos e pegar seu telefone, o guardando em um dos bolsos da calça de Lauren, que também havia se aproximando. - Me digam o que querem que eu irei providenciar, só não façam nada comigo.

- Em breve te direi o que eu quero de você, mas até lá, vou te levar para ver seus colegas de trabalho. - Normani falou enquanto Lauren prendia as mãos do homem com uma abraçadeira, assim como elas haviam feito com todos.

Pov Normani

Quando chegamos na sala onde todos estavam, o diretor se assustou ao ver que um de seus homens estava morto, e que Ariana estava prestes a se juntar a ele.

- Era esse diretor que ia salvar vocês? Ou será que tem outro e eu não estou sabendo? - perguntei em puro sarcasmo olhando na direção do guarda que havia dito que não iríamos nos safar. O diretor se jogou de joelhos no chão e ficou de frente para mim.

- Pelo amor de Deus, deixe-nos ir. - implorou. - É dinheiro que você quer? É liberdade? Diga que eu providenciarei. Só tenha piedade de nós. - neguei com a cabeça e ri.

- Assim seria fácil demais. E além do mais, eu não sou a religiosa do grupo. - falei antes de pegá-lo pelo terninho que vestia e puxa-lo, o obrigando a ficar de pé novamente.

- Essa sala está começando a ficar pequena. - Edgar, que era o vigia da rodada falou.

Todos os funcionários do presídio estavam alí, incluindo a recepcionista e a faxineira que chegaram junto com o pessoal do turno da manhã. O lugar estava realmente lotado.

- Relaxa, grandalhão, o diretor só veio dar um "oi", já estamos de saída. - Lauren, que ainda estava conosco, disse.

- Camila e Ally já estão com os computadores? - perguntei e ele assentiu. - Ótimo! Lauren, veja se Dinah precisa de ajuda com as detentas, vou levar o diretor até as meninas.

Pov Narrador

- Como estão as coisas? - foi a primeira coisa que Normani falou quando entrou na pequena sala onde havia um sofá, no qual Camila estava sentada enquanto mexia em um notebook, e uma mesa com um computador, o qual era manuseado por Ally.

- Estou quase acabando, só faltam os últimos detalhes. - Camila falou antes de Normani empurrar o diretor, fazendo com que ele caísse sentado ao lado da latina.

- Já eu, estou longe de acabar, o banco de dados da polícia não é fácil de invadir. - foi a vez da mais baixa falar.

- Devo me preocupar? - a negra se aproximou de Allyson, vendo inúmeros códigos na tela do computador.

- Não, eu sou boa no que faço. Vai dar tudo certo, só vou precisar de um pouco mais de tempo. - disse ela.

- Leve o tempo que for necessário, temos tudo sobre controle. - pegou o telefone fixo que estava encima da mesa onde Allyson estava e se aproximou do sofá, se sentando ao lado do diretor, mais precisamente no braço do sofá. - Seu escritório é pequeno demais para o meu gosto. - falou olhando ao redor. - Poderia ser muito maior, afinal, você merece, não acha? - ele se calou e desviou o olhar.

- Se eu fosse você eu responderia as perguntas dela. Ela não gosta de falar sozinha. - Camila disse, ainda concentrada no notebook. - E cá entre nós, ela é meio surtada. Pra ela te dar um tiro na cabeça por ignorar uma pergunta, pouco custa.

- Sou obrigada a concordar. - a negra falou.

- Eu mereço uma sala maior. - o homem respondeu, seguindo o conselho da latina.

- Então você deveria pedir isso aos seus superiores, mas antes... - Normani deu uma pausa para gerar suspense, e na mesma hora o telefone que estava em suas mãos tocou, a fazendo sorrir por ter calculado o tempo tão perfeitamente. - Libere a entrada do caminhão. - apertou a tecla que atendia e colocou o telefone no viva voz. Como a negra não é idiota, aproveitou a deixa para colocar a arma na cabeça do homem para evitar que ele tentasse alguma gracinha.

- Diretor Williams? - uma voz soou do outro lado da linha.

- S-sim. - a negra destravou a arma e o diretor, que já suava frio, arregalou os olhos.

- Tem um caminhão pedindo permissão para acessar a estrada da prisão, mas não tem nenhuma solicitação do senhor nos registros. - o que acontecia é que Normani tinha todos que estavam dentro da prisão na palma da mão, mas o guarda com quem o diretor falava se encontrava no meio da estrada, a qual só tinha acesso quem tivesse a permissão do diretor. Era a estrada por onde suprimentos e novas detentas chegavam.

- Eu estava preenchendo algumas papeladas ontem a noite e acabei me esquecendo de enviar a solicitação. Pode deixar passar.

- Aproveitando que já parei o caminhão, quer que eu reviste a mercadoria? - o trabalho daquele guarda era apenas checar as solicitações do diretor para liberar a passagem, a parte da revista era responsabilidade dos guardas que estavam presos na sala de descanso. 

- Assim você vai tirar o emprego dos seus colegas de trabalho. Apenas deixe-o passar.

- Sim, senhor. - o guarda desligou o telefone e Normani sorriu.

- Bom garoto. - a negra disse, tirando a arma da cabeça dele, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Dinah entrou na sala enfurecida e foi até Normani, a pegando pelo braço e a puxando até o corredor.

- Qual é a porra do seu problema? - a loira perguntou irritada.

- Eu tenho muitos problemas. Qual deles te incomoda? - a negra sorriu de forma extrovertida, o que só serviu para irritar Dinah ainda mais.

- Você é mesmo uma psicopata.

- E isso é uma novidade? Achei que era isso que deixava o sexo tão quente. - Dinah revirou os olhos.

- Você não precisava ter feito aquilo.

- Seja mais específica, meu amor. Sou psicopata, não vidente.

- Por que caralhos você atirou na Ariana? - o sorriso brincalhão que Normani tinha no rosto morreu.

- E se importa? - perguntou sem expressar nenhuma emoção, embora estivesse se corroendo de ciúmes por dentro.

- Claro que me importo! Você está torturando ela, matando-a aos poucos. Isso é desumano, Normani. - a negra estendeu o telefone que ainda estava em sua mão na direção de Dinah, que o pegou sem entender nada.

- Se te incomoda tanto, ligue para a emergência e salve a vida da sua put... - respirou fundo antes de terminar de falar. - Da Ariana. - completou. - Agora se me der licença, não sou obrigada a te ver sentindo "peninha" de quem você já comeu e repetiu. - Normani simplesmente saiu andando, deixando Dinah para trás.

Welcome To Prison ● |Norminah|G!P|Where stories live. Discover now