27 - I Got Rid Of Her

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(N/A): Galero, esse capítulo vai ser meio que uma parte do primeiro capítulo, só que somente no ponto de vista da Normani, agora que já sabemos o porquê dela ter feito aquilo.

Boa leitura, meus amores!

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No dia do assalto...

Pov Normani

Faltava menos de duas horas para o assalto, e como de costume, eu observava o céu estrelado para me manter calma. Foi quando senti ela me abraçar por trás.

- Se tudo sair como o planejado, vamos depender apenas de nós mesmas... Vamos comprar um apartamento em um lugar calmo, onde teremos a vida que sempre sonhamos. A vida que nós merecemos. - apoiou sua cabeça em meu ombro. - Mas tem que ser um apartamento bem grande, porque eu quero muitos filhos. - eu imaginava o tamanho do sorriso que estava em seu rosto, mas eu permanecia séria. - Talvez uns quatro ou cinco... - ficou em silêncio por breves segundos. - Já pensou se todos fossem parecidos com você? Iriam ser as coisinhas mais lindas de todo o univer... - a interrompi.

- Dinah, dá pra ficar quieta, por favor?

- TPM? - revirei os olhos.

- Não, só estou preocupada... - me virou, fazendo com que eu ficasse de frente pra ela.

- Ei, relaxa. A gente já fez isso um milhão de vezes. Tudo bem que antes não eram joalherias, mas vai dar tudo certo. - quem me dera se a minha preocupação fosse essa... - Eu tenho você ao meu lado, e você me tem ao seu lado. Nós somos invencíveis juntas, o amor nos torna invencíveis. - suspirei antes de entrelaçar meus braços no seu pescoço e a beijar, o que me deixou ainda mais nervosa. Eu definitivamente não estava bem fazendo aquilo.

Quando o ar se fez necessário, Dinah separou o beijo e olhou no fundo dos meus olhos.

- Eu te amo. - falou com um olhar sincero que corroía a minha alma.

- Eu também te amo... - ela sorriu e me deu um selinho.

- Está na hora... Vamos? - eu assenti. Ela pegou em minha mão, me levou até o carro e abriu a porta pra mim. Eu entrei no mesmo, ela fechou a porta e entrou no lado do motorista. Peguei duas armas que estavam no porta luvas, coloquei uma na cintura e a outra entreguei à ela. Dinah ligou o carro e seguiu até a joalheria.

O caminho todo eu só pensava na merda que eu estava prestes a fazer. As chances de tudo dar errado eram enormes, já que eu não estava nem um pouco concentrada, mas eu não conseguia manter o foco.

Dinah parou o carro em um lugar não muito longe da joalheria, mas também não tão perto. Peguei uma mala preta no banco de trás e saí do carro. Dinah fez o mesmo.

- Quais as chances disso dar muito errado? - perguntei.

- Zero, e eu já te disse isso. - me abraçou de lado e fomos andando em direção ao local.

Paramos enfrente a porta dos fundos, onde havia uma tranca com senha. Dinah pegou o notebook que estava na mala dela e me entregou. Abriu a tampa da tranca digital com uma chave de fenda e eu conectei um cabo USB na entrada que havia lá. Digitei alguns códigos no notebook e depois de apertar "enter", a porta se abriu e todas as câmeras e alarmes foram desativados.

Eu não sou nenhuma hacker profissional, mas eu sei me virar. Aprendi muita coisa com o passar dos anos...

- Essa é a minha garota. - Dinah falou nitidamente alegre.

Guardei o notebook e entrei, sendo acompanhada por Dinah, que já foi logo indo em direção às joias.

- Eu vou procurar os diamantes, okay? - ela assentiu.

Mentir para Dinah nunca me doeu tanto quanto doía naquele momento. Eu me sentia um monstro, porque eu realmente era.

Eu andava pela enorme joalheria sem rumo. Eu não estava atrás de diamantes, até porque meu plano havia mudado totalmente após aquela maldita conversa com Khalid. Eu só estava ali por um motivo, e eu me arrependia muito por isso.

Coloquei minha mão sobre a minha barriga, ainda chapada, e suspirei.

- Você ainda nem nasceu e eu já estou fudendo com a sua vida... - uma enorme vontade de chorar tomou conta de mim, mas respirei fundo e a ignorei. - Me desculpe por isso...

- Ei, você! - a voz de um homem soou atrás de mim. Me virei para ele e em um movimento rápido saquei minha arma e atirei em sua cabeça. Respirei fundo mais uma vez, vendo seu sangue espalhando pelo chão. Não demorou mais que 30 segundos para que Dinah aparecesse no local.

- Você está bem? - ela perguntou. Eu assenti, mas na verdade, o que eu menos estava naquele momento era bem. Eu estava desesperada e eu precisava abraçá-la, então foi o que eu fiz. Eu sabia que eu tinha que fazer aquilo o quanto antes, porque se não eu acabaria perdendo a coragem, embora eu também não estivesse com coragem naquele momento. A verdade é que muitas vezes somos obrigados a fazer coisas que tememos.

- M-me desculpa. - minha voz saiu chorosa.

- O que está acon... - ela imediatamente se calou quando eu separei o abraço e apontei minha arma para ela. Senti meu coração errar uma batida com o seu olhar assustado. - N-Normani? Amor, o que você está fazendo?

- Desculpa... - sussurrei e destravei a arma. Dinah fechou os olhos com força. Tudo havia ficado em câmera lenta, o que tornava aquele momento ainda mais torturante. Eu precisava fazer aquilo acabar de uma vez por todas. Minha visão estava embaçada por conta das lágrimas que inundavam meus olhos, mas consegui mirar em seu ombro e atirar. Dinah caiu no chão enquanto gritava e gemia de dor. Seu rosto estava tão encharcado quanto o meu e eu só conseguia me odiar por tê-la ferido tanto fisicamente quanto emocionalmente, mais uma vez.

Peguei a arma que estava com Dinah e retirei uma bala, colocando-a na arma que estava comigo. Deixei a arma de Dinah perto do segurança e a minha perto de Dinah, para que parecesse que ele atirou nela e ela atirou nele. Como Dinah e eu sempre usávamos luvas nesse tipo de "serviço", não precisei me preocupar com as minhas digitais.

Olhei para Dinah. Ela me olhava com uma mistura de decepção, ódio e tristeza. Era de partir o coração.

- E-eu sei que pode não parecer, m-mas eu te amo... - foi tudo o que eu disse antes de ir até o botão de emergência que tinha ali e apertar, saindo logo em seguida, sem levar nem mesmo as jóias.

Fiquei de longe observando a polícia e os paramédicos chegarem, e só fui embora quando Dinah foi levada para o hospital. Eu me sentia destruída, como se minha vida não tivesse mais um sentido. Um verdadeiro lixo.

Assim que cheguei na casa de Khalid, o vi sentado no sofá bebendo um copo de whisky. Enxuguei minhas lágrimas e suspirei.

- Matou ela? - perguntou quando percebeu minha presença.

- Não. - franziu o cenho.

- O que você fez?

- Eu atirei no ombro dela e chamei a polícia.

- Eu mandei você matar ela. - falou sério.

- Não, você mandou que eu atirasse nela e me livrasse dela. Foi exatamente o que eu fiz. - falei. - Agora se me der licença, eu preciso tomar um banho para relaxar um pouco. - fui até as escadas e subi.

Welcome To Prison ● |Norminah|G!P|Onde histórias criam vida. Descubra agora