1ª temporada de Back To Prison
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Quando você faz parte do mundo do crime, o otimismo te proíbe de se imaginar algemado dentro de uma viatura.
Na sua cabeça, você se torna invencível a cada crime realizado com sucesso. Você acredita com todas as sua...
A entrega tinha sido efetuada com sucesso, o carro estava sem nenhum arranhão, e Dinah segurava uma maleta cheia de dinheiro. Não vou negar, eu estava adorando tudo aquilo.
Quando chegamos na casa de Khalid, notamos que tinha uma música alta e muita gente saindo e entrando de lá. Estacionei o carro na garagem e entrei na casa, sendo acompanhada por Dinah. Assim que entramos, nos deparamos com uma nuvem de fumaça com um odor muito forte que eu julguei ser maconha. Eu gostava do cheiro.
Achar Khalid naquela multidão foi bem complicado, mas assim que o encontramos, ele veio até nós, todo sério, e nos levou para um lugar da casa onde não havia movimento, o seu escritório.
Logo após entramos no escritório, entreguei a chave do carro para ele. Ele sorriu e se aproximou dos sofás.
- Sentem-se. - Khalid falou apontando para um sofá horizontal. Dinah e eu nos sentamos e Khalid se sentou no sofá vertical. Ele pegou uma garrafa de whisky que estava encima da mesa de centro e serviu um copo. - Aceitam?
- Não, obrigada. - Dinah falou, fazendo com que ele olhasse pra mim esperando uma resposta. - Ela também não quer. - Khalid ignorou Dinah e permaneceu me olhando.
- Aceita, Normani? - perguntou.
- Hm... Não, eu estou bem, obrigada.
- É só um copinho, não faça essa desfeita. - Khalid falou e eu senti Dinah segurar na minha mão e apertar como se quisesse dizer "não aceite". Talvez eu realmente não devesse aceitar, mas não é legal fazer desfeita, e além do mais, o que pode acontecer?
- Tudo bem, eu aceito. - ele sorriu e Dinah bufou. Serviu mais um copo e me entregou. Eu nunca tinha bebido antes, mas tudo na vida tem uma primeira vez, certo? Levei o copo até a boca e tomei um gole. Aquilo desceu rasgando minha garganta, me obrigando a fazer uma careta. Puta que pariu, aquilo era ruim demais.
- Com o tempo você se acostuma com a queimação. - falou rindo. Pelo visto ele tinha notado a minha careta. - Vamos aos negócios. - ele bebeu o líquido que estava em seu copo como se fosse água. COMO ELE CONSEGUE??? Pra falar a verdade, eu já me sentia um pouco zonza naquele momento. - Fizeram direitinho tudo o que eu mandei?
- Sim. - Dinah falou enquanto colocava a maleta de dinheiro encima da mesa, empurrando-a na direção de Khalid em seguida. - Está tudo aí. - Ele pegou a maleta e a abriu. Sorriu ao ver todo aquele dinheiro.
- Excelente trabalho, garotas. - fechou a maleta. - Mais duas entregas e as armas serão de vocês. - empurrou a maleta na direção de Dinah novamente. - Dinah, você poderia entregar essa maleta para aquele mesmo homem que entregou as drogas à vocês? - ela suspirou, pegou a maleta e se levantou.
- Onde ele está?
- Não sei, mas deve estar curtindo a festa lá embaixo. - Dinah assentiu, foi até a porta e saiu. Eu sei que ela não queria ter me deixado sozinha com ele, mas ela tem medo de que ele faça alguma coisa se uma de nós o contrariar. Eu, por outro lado, acho que ele deve ser um cara legal. Não é todo mundo que confia drogas e dinheiro à adolescentes que nem conhece. - Talvez Dinah demore um pouco para achar ele, tem muita gente lá embaixo. - disse se levantando e indo até a enorme estante de livros. Pegou um, veio até mim e se sentou ao meu lado. Ele abriu o livro, revelando uma espécie de cofre. Muito interessante por sinal. Khalid digitou a senha e tirou lá de dentro uma sacolinha transparente com um pozinho branco, um cartão de crédito e uma nota de cem dólares enrolada. Ele colocou o pó sobre a mesa e com o cartão de crédito fez quatro carreirinhas. Aproximou o dinheiro do pó e cheirou uma das carreirinhas. Eu achava que traficantes não consumiam... - Quer experimentar?
Pov Dinah
Eu não fazia ideia de onde aquele homem estava, mas eu o procurava apressadamente. Algo me dizia que não foi uma boa ideia ter deixado Normani sozinha com Khalid por dois motivos: O primeiro é que eu conheço a Normani, já o segundo, é que eu não conheço o Khalid.
Fiquei procurando por ele por, no máximo, 10 minutos até finalmente o achar. 10 minutos... São apenas 10 minutos. Não deu tempo da Normani se meter em confusão, né? Bom, pelo menos é o que eu espero. A verdade é que às vezes ela age por impulso, o que a torna imprevisível. Nunca se sabe quando ela vai ter um choque de consciência ou bancar a impulsiva. Entreguei a maleta ao homem e andei em passos largos até o escritório de Khalid. Era possível ouvir a risada escandalosa de Normani do corredor. Khalid virou comediante agora, foi? Revirei os olhos. Pelo menos ela não estava morta.
Assim que abri a porta, fiquei paralisada. Khalid estava sentado do lado dela com a mão em sua coxa, perto pra caralho de onde não devia. Seus rostos estavam extremamente próximos e Normani estava com a porra de um sorriso no rosto. Fechei meus olhos e respirei fundo enquanto repetia "Calma, Hansen, é culpa do álcool. Ela não quer fazer isso." na minha mente. Abri meus olhos e me aproximei.
- Normani, está na hora de irmos. - eles estavam tão entretidos um com o outro, que só agora notaram a minha presença ali. Khalid tirou a mão da perna dela e se afastou um pouco de Normani. Como eu queria ter uma arma agora...
- Eu quero ficar mais um pouco. - ela fungou, e eu franzi o cenho. Ela ficou resfriada em 10 minutos? Impossível. (N/A: Dinah fazendo cosplay de Thanos)
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Olhei para a mesa de centro e quando vi duas carreirinhas de cocaína que fui entender o que estava acontecendo. Suspirei. Não foi dessa vez que ela teve o bom senso de distinguir o certo do errado.
- Você não tem jeito, né? - voltei a olhar para ela. - Vamos embora, Normani. - ela cruzou os braços.
- Eu não vou a lugar nenhum. - me aproximei dela, a peguei pelo braço e a fiz levantar. - Me solta! - tentou se soltar, mas não conseguiu. Não era nenhuma novidade que eu era mais forte que ela. Khalid se levantou e segurou em meu pulso com força, fazendo com que eu a soltasse.
- Você não a ouviu? Quer que eu repita pra você? Ela não vai a lugar nenhum. - ele disse antes de me empurrar, o que me fez cair. Eu nunca senti tanto ódio e desespero na minha vida. Eu não sabia o que fazer. Eu me sentia com as mãos atadas. Eu só podia fazer uma coisa naquele momento, então me levantei, segurando a enorme vontade de chorar que tomava conta do meu peito, e olhei para Normani.
- Quer ficar com ele? - ela assentiu. - Então divirta-se com o Khalid. - fui até a porta. - E não precisa mais me procurar. - falei antes de sair e bater a porta com força, ignorando o fato de que se tratava da casa de um traficante. Eu só queria ir para bem longe dali, o mais rápido possível.
