19 - Who Did That?

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Horas ou minutos? Difícil dizer quando não se tem um relógio por perto. A verdade é que o tempo é extremamente relativo. Horas podem parecer minutos quando sua mente está focada em algo que você gosta ou que exija muito da sua concentração, assim como minutos podem parecer horas quando seu único desejo é que o tempo passe para que você possa resolver os problemas que rondam sua mente ou ter um momento de paz.

De qualquer forma, não haviam relógios na prisão, se não o da sala de visitação. O único jeito de ter o mínimo de noção de tempo, quando não se tinha visitas, era durante o nascer e o por do Sol. Algumas detentas também conseguiam identificar o Sol de meio dia, mas não eram todas.

Mas, afinal, detentas são detentas. Elas não precisam saber as horas, até porque a maioria delas não vão para lugar nenhum. Certo?

De qualquer forma, Dinah não pregara os olhos um segundo sequer. Ela estava preocupada com seja lá o que que Normani havia aprontado. Enquanto isso, a negra dormia tranquilamente, como se realmente nada tivesse acontecido. O que a mais velha não tinha de preocupação, Dinah tinha em dobro.

O tempo parecia não passar. Ela queria que amanhecesse logo para poder, finalmente, questionar Normani, mesmo que soubesse que isso não adiantaria muito.

Fato é que Dinah nunca presenciara uma noite tão longa quanto aquela. Sua mente não parava quieta, a praguejando por se importar tanto com a negra, que nunca sequer demonstrou o mesmo por ela. Ela se sentia uma completa idiota. Talvez realmente fosse.

A madrugada estava calma e silenciosa, com excessão de alguns roncos vindo de cubículos vizinhos. Nada de novo. Mas o silêncio do lugar foi quebrado quando as luzes foram acesas e os guardas adentraram o "bairro" das brancas batendo seus cacetetes nas paredes, fazendo barulho para que as detentas acordassem. O mesmo acontecia em outros "bairros".

- ACORDEM, SUAS VADIAS! - eles gritavam. Era possível perceber o ódio que eles estavam sentindo. Mas por que? Dinah se perguntava. Seu olhar foi de encontro a Normani, que se espreguiçava calmamente, como se estivesse acordando para uma viagem.

- EU QUERO TODAS NO CORREDOR! AGORA! - foi o comando que as detentas receberam para que todas parassem respectivamente em frente aos seus cubículos. Ninguém ali queria parar na solitária por desobediência.

A feição de Normani mudara da água para o vinho quando se pôs no corredor. Seu olhar despreocupado cedeu espaço para uma feição assustada e confusa em uma fração de segundo. Uma excelente jogada para quem deseja se passar por inocente.

- Revistem-nas, e quando acabarem, revistem os cubículos. - o carcereiro responsável pelo bloco em que estavam disse aos demais colegas de trabalho, que o obedeceram de imediato.

Eles revistaram as detentas de forma minuciosa, com direito até a dedada. Dinah simplesmente odiava aquilo, mas o destino estava ao seu favor. Quando chegou sua vez, era a pequena Grande. A loira não conseguiu evitar o sorriso. Ela sabia que Ariana quebraria o seu galho se ela pedisse com jeitinho.

- Abra os braços e afaste as pernas. - a pequena carcereira pediu e Dinah apenas o fez, deixando a menor fazer o seu trabalho.

- Bem que você podia me livrar da parte que eu não gosto... - a loira disse em um tom baixo, quase que inaudível, dando um sorriso sapeca.

- Meu superior está bem aqui, sei que não foi você, mas não posso fazer isso. - Dinah poderia perguntar do que Ariana estava falando, mas preferiu se concentrar em não levar uma dedada em sua cavidade anal, logo, olhou na direção do carcereiro chefe.

- Ele nem está olhando pra gente... Ele não vai nem perceber se você me fizer esse pequeno favor. - voltou a olhar a menor. - Por favor, vai... - Ariana suspirou.

- Tudo bem... Mas só dessa vez. - Dinah sorriu com a língua entre os dentes.

- Tudo isso é vontade de fazer um fio terra em mim? - a mais nova perguntou em um tom brincalhão, fazendo a mais baixa revirar os olhos e rir também.

Enquanto isso, Normani observava a interação das duas mulheres séria ao mesmo tempo que uma outra guarda apalpava seus seios em busca de algo que pudesse a incriminar, ou talvez só para se aproveitar da situação mesmo, nunca saberemos.

A negra se sentia traída, embora não tivesse nada com Dinah. Uma raiva muito forte fazia ela querer voar no pescoço daquele projeto de carcereira e, principalmente no de Dinah. A loira não entendia que ela era propriedade da Normani? Ela não podia simplesmente sair flertando por aí. Certo? Errado! Mas era o que Normani pensava.

Sua mente brincava com a imagem satisfatória de ter suas mãos estrangulando aquele pescoço com tanta força que suas unhas bem afiadas penetravam a pele bronzeada da pequena guarda, deixando o sangue escorrer entre seus dedos enquanto Dinah assistia a morte da namoradinha de camarote. Uma cena até que excitante aos olhos da negra. Mas sua sanidade falou mais alto, a impedindo de satisfazer seu desejo pelo sangue da guarda e qualquer outra coisa que a fizesse ficar presa naquele inferno por mais alguns anos.

Foi só quando Dinah olhou em sua direção que a negra desviou o olhar para a carcereira bem a sua frente. Normani odiava sentir ciúmes, mas era algo que ela não conseguia evitar. Dinah era e sempre foi o amor da sua vida. Não tinha como simplesmente "desligar o botão" dos ciúmes. Mas tinha como se afastar, e seu plano ajudaria bastante com isso.

- Vire de costas, apoie as mãos na parede e abaixe as calças. - a carcereira disse para Normani, que se segurou para não fazer uma piadinha sobre a situação e fez o que lhe foi mandado.

A mulher colocou suas luvas e penetrou Normani com vontade, a fazendo ficar na ponta dos pés e fechar os olhos com força em um susto. Não era muito agradável ser penetrada daquela forma, ainda mais no seco. Tá aí uma coisa com que ninguém nunca se acostumaria na prisão.

É claro que Dinah queria se aproveitar da situação para ter pelo menos uma casquinha da visão maravilhosa que a carcereira que revistava Normani estava tendo, mas Ariana a virou para a parede e começou a encenar uma revista  íntima bem na hora, a impedindo de ver Normani nua. Trágico. A mais nova suspirou.

Quando todas já haviam sido revistadas, os carcereiros entraram nos cubículos e começaram a revirar cada objeto possível, em busca de uma possível arma do crime. Uma zona, era como os cubículos estavam ficando, deixando as detentas indignadas, sabendo que seriam elas que teriam que arrumar tudo aquilo depois.

- A gente pode pelo menos saber o porquê de vocês estarem fazendo isso? - Lucy se arriscou a perguntar. O responsável pelo bloco a encarou e deu uma risada sem humor.

- Porque uma de vocês, vadias... - deu uma pausa e olhou para cada rosto presente naquele corredor. - Matou o guarda Cowell essa noite, e nós vamos descobrir quem foi. - bastou isso para que os murmúrios começassem. Dinah encarou Normani com os olhos arregalados. A negra sentiu o olhar da mais nova sobre si, mas o ignorou, olhando em seguida para Ally, que também a olhava, mas essa Normani tinha certeza que não sabia que havia sido ela.

- Quem você acha que foi? - a pequena Ally perguntou e a negra deu de ombros, reerguendo sua postura de assustada e surpresa.

-

Olá, meus amores. Tudo bem com vocês? Capítulo bosta, né? Kkk

Mas enfim, desculpa por esse capítulo e por ter sumido, é que estou em processo de mudança e está bem tenso aqui, mas quando minha vida normalizar eu tento trazer um capítulo digno para vocês.

Obrigada pela paciência. Beijos e abraços.

Até a próxima. 😘 (Emoji de mãe kk)

Welcome To Prison ● |Norminah|G!P|Where stories live. Discover now