23 - The Best Advisor

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(N/A): Vocês viram essa foto? Nem surtei quando vi... Imagina...

Enfim, demorei pra voltar porque estou sofrendo com um bloqueio criativo fortíssimo

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Enfim, demorei pra voltar porque estou sofrendo com um bloqueio criativo fortíssimo. Me desculpem por fazer vocês esperarem, mas quem escreve sabe como é. Espero que os que não escrevem me entendam também... De qualquer forma, vou me esforçar para quebrar esse bloqueio.

Mas, sem mais delongas, boa leitura!

-

Quando fui me vestir vi meu cordão embolado na minha camisa. Por sorte Normani não tinha visto, então coloquei no pescoço novamente, por baixo da camisa, e fingi que nada aconteceu.

Por mais que a gente tivesse se entendido, eu não queria que ela soubesse que eu ia pedí-la em casamento antes de tudo isso acontecer. Eu sinto vergonha disso, porque ela realmente tinha me feito de idiota.

- Vamos rápido com isso. - falou catando as coisas que estavam no chão. - Preciso falar com o meu conselheiro o quanto antes. - franzi o cenho enquanto me agachava para ajudar.

- O que quer com o senhor Smith? - Sam era uma das melhores pessoas que trabalhavam naquele presídio, mas Normani não era uma das melhores pessoas que estavam presas naquele presídio...

- Eu preciso de um favor dele.

- Que tipo de favor? - perguntei, colocando algumas coisas em seus devidos lugares.

- Do tipo que vai me tirar daqui. - parei o que estava fazendo na mesma hora e a encarei. Eu sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer, mas confesso que achei que demoraria mais um pouco.

- Você quer fugir? - ela riu da minha pergunta.

- Você não? - arqueou a sobrancelha. - Porque eu tenho a leve sensação de que foi exatamente por causa disso que você me trouxe aqui, estou errada? - sabe aquele momento que seu coração acelera e você não sabe o que dizer? Pois é, era exatamente nesse estado que eu me encontrava.

- Como... - me cortou.

- Como eu descobri? Eu só liguei os pontos. - deu de ombros. - Era mais fácil ter me pedido ajuda comigo lá fora. Seria menos trabalhoso...

- E você teria ajudado? - a resposta era óbvia, mas mesmo assim ela parou para pensar um pouco.

- É, acho que não...

- Pois é. - ela suspirou. - Mas como conseguiu pensar em algo em tão pouco tempo? Digo, a segurança aqui é forte, tem que ser algo muito bem planejado.

- Baby, eu já sabia como sair antes mesmo de entrar. - piscou para mim. - Depois te conto tudo, mas agora eu realmente preciso falar com o Sam.

- Vai lá. Eu termino de arrumar aqui. - ela sorriu pra mim e me deu um selinho demorado.

- Eu te amo. - um sorriso bobo surgiu em meus lábios.

- Eu também te amo. - falei antes dela sair.

Eu não tinha a menor ideia de qual era o plano de Normani, mas eu tinha certeza de que daria certo. Ela sempre pensava em tudo, cada detalhe, o mínimo que fosse. Ela era a melhor no que fazia, isso é um fato inegável.

Pov Normani

Quando cheguei em frente a sala do conselheiro, a primeira coisa que fiz foi respirar fundo. Cada passo do meu plano era de suma importância, então não havia espaço para erros em nenhuma das etapas, incluindo essa.

Assim que tive certeza que estava pronta, bati na porta três vezes, recebendo um "entre" logo em seguida. E assim eu o fiz.

- Muito bom dia, detenta Kordei! - Sam falou com um enorme sorriso no rosto assim que entrei por aquela porta.

- Bom dia, senhor Smith. - sorri de volta.

- Sente-se por favor. - fez um gesto, apontando para a cadeira que estava do outro lado da sua mesa. Fui até a mesma e me sentei. - Em que posso lhe ajudar?

- Bom... Por onde começar?

- Que tal pelo começo?! - brincou.

- Okay... - suspirei. - Já tem um tempo que eu estou aqui e eu sinceramente não me sinto a vontade, sabe? Acho que ainda não me acostumei com tudo isso. As noites são longas e os dias mais longos ainda, porque a maioria das detentas não tem absolutamente nada para fazer, se não brigar umas com as outras. Isso não faz bem a ninguém. Vocês, superiores, selecionam algumas detentas para praticarem algumas atividades como a marcenaria por exemplo, mas se esquecem das demais. A gente também precisa fazer algo. Não só para evitar brigas, mantendo nossas mentes ocupadas, mas também para manter a sanidade mental das presidiárias. - falei. - Estou falando no plural, mas eu nem sei se as outras detentas se sentem assim... Só sei que eu me sinto. Eu nunca fui de ficar parada. Não ter o que fazer é o que mais acaba comigo aqui dentro.

- Olha, Normani... - começou. - Eu, assim como os meus colegas de trabalho, temos total consciência de que vocês precisam de atividades para manterem a mente ocupada, mas infelizmente não temos vagas para todas. Entende? Eu realmente queria poder ajudar vocês, mas simplesmente não dá. - ele olhava fixamente em meus olhos, me mostrando sinceridade no olhar.

- Posso te chamar de Sam? - perguntei e ele assentiu. - Então, Sam... Eu não sou o tipo de pessoa que gosta de pedir ajuda. Eu sempre gostei de me virar sozinha. Mas hoje eu estou aqui, te pedindo um favor que eu jamais pediria se eu realmente não precisasse. Eu sinto que estou enlouquecendo aqui dentro sem ter o que fazer. Eu não pretendia vir aqui, mas já tem uma semana que eu acordo pensando em suicídio e eu estou assustada com isso. Eu não quero que isso aconteça. Então por favor... Me ajude... - suspirou.

- Eu não podia fazer isso agora, mas vou quebrar o seu galho porque pra mim já chega de cadáveres... - eu sorri timidamente. - Como você já deve estar sabendo, surgiu uma vaga na cozinha hoje cedo. - sou foda, eu sei. - Sabe cozinhar?

- Sim, "trabalhei" na cozinha do orfanato que eu morava durante um tempo. - fiz aspas com os dedos.

- Ótimo! - digitou algo em seu computador. - A vaga é sua.

- Obrigada! Muito obrigada mesmo! - ele sorriu. - Quando eu começo?

- Agora mesmo. - dei um enorme sorriso, me levantei e me inclinei sobre a mesa para beijar sua bochecha.

- Você é o melhor conselheiro do mundo. - ele riu e eu me retirei do escritório, satisfeita porque mais uma vez, tudo correu como o planejado.

O próximo passo era fazer uma ligação, então fui até os telefones. Tinha uma pequena fila, mas não demorou muito para chegar a minha vez.

Assim que disquei o número de Andrea, a mesma atendeu, me surpreendendo com a velocidade.

- Normani?

- Oi, Dea.

- Como você está? Você não ligou mais depois da visita. Fiquei preocupada. Desculpa por aquilo... - falou tudo de uma só vez.

- Calma. Eu estou bem. Não aconteceu nada, mas prefiro não falar sobre isso pelo telefone... - ela concordou com um som nasal. - Liguei pra te contar uma novidade.

- Qual?

- A partir de hoje vou trabalhar na cozinha. - essa frase nada mais era que um código. Ela suspirou, sabendo do que se tratava.

- Isso é muita responsabilidade...

- É... Eu sei... - resolvi mudar de assunto antes que uma de nós acabasse falando alguma coisa que não deveria e estragasse tudo. Todo mundo sabe que as ligações do prédio são gravadas, então não era uma boa ideia falar sobre o plano por telefone. - Onde está ele?

- Dormindo. Quer que eu o acorde?

- Não precisa. Só diga a ele, quando acordar, que eu o amo e que já estou morrendo de saudades.

- Tudo bem. - falou.

- Tenho que ir agora. Tchau, Dea.

- Tchau, querida. - falou antes de eu desligar.

Welcome To Prison ● |Norminah|G!P|Où les histoires vivent. Découvrez maintenant