29 - You're My Mom

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No dia seguinte...

O clima entre Normani e Dinah não era um dos melhores. A loira insistia em ignorar a mais velha sempre que podia, enquanto Normani a julgava como infantil por não querer ao menos conversar.

O dia já tinha chegado ao fim e Normani já havia sido liberada da cozinha, mas se oferecera para ficar até mais tarde para arrumar a bagunça enquanto as demais detentas iam descansar um pouco.

A cozinha parecia enorme com apenas Normani e um guarda nela, mas seria bem melhor estar sozinha.

- Por que se ofereceu para ficar? Ninguém gosta de ficar. - falou o guarda enquanto Normani carregava uma caixa cheia de legumes até a despensa.

- Gosto de ser proativa, sem contar que não tenho nada pra fazer além disso. - o hemem deu uma risada nasal.

- Tá certa... - voltou para pegar mais uma caixa. - Já que só tem nós dois aqui, quer ajuda? - Normani o encarou.

- Agradeço pela gentileza, mas não. - carregou a caixa para a despensa mais uma vez.

- Certeza?

- Sim. - voltou para pegar a última caixa. - Até porque essa é a última. - sorriu para o homem e foi de novo para a despensa. O que o guarda não sabia, é que Normani tinha contatos lá fora, tais quais carregaram o caminhão de suprimentos da prisão, deixando um presentinho para a negra dentro de uma batata.

Foi fácil achar a batata premiada, tinha uma pequena marca de queimado na lateral, do tamanho de uma ponta de cigarro, conforme Normani havia os instruído a fazer a um certo tempo atrás.

Com agilidade, a negra fez pressão na batata com suas mãos e a mesma se abriu, revelando um celular muito bem embrulhado em um plástico. Normani o colocou em seu bolso e saiu mais uma vez da despensa, como se nada tivesse acontecido.

- Acho que agora serei obrigada a não fazer nada. - o guarda negou com a cabeça e riu.

Assim que voltara para seu cubículo, Normani fez questão de se certificar de que não havia ninguém por perto. Pegou seu celular e o desenrolou de todo aquele plástico. Foi até sua cama e se sentou, enquanto ligava o aparelho. Não demorou muito para que o celular iniciasse, e a primeira coisa que a negra fez foi colocar no silencioso. A segunda coisa foi mandar mensagens de texto para duas pessoas distintas.

Mensagem 1

"Já estou com o celular. Podemos nos comunicar agora."

Mensagem 2

"Dea, preciso que traga Dylan amanhã. Chegou a hora da Dinah conhecê-lo."

Quando terminou de enviar as mensagens, a jovem loira que dividia o cubículo com a negra apareceu, e por mais que Dinah não quisesse falar ou olhar na cara de Normani, o celular que a mais velha escondera embaixo do travesseiro chamara a atenção da polinésia.

- Que porra é essa? - a loira perguntou.

- Um celular. - a negra deu de ombros, fazendo a mais nova revirar os olhos.

- Onde conseguiu isso? - seu tom de voz demonstrava preocupação, já que associara o aparelho à Sarah Paulson. Na cabeça de Dinah, Normani havia pego o celular com Sarah e, consequentemente, teria arrumado uma dívida. Não era bom ter dívidas na prisão.

- Por que você acha que eu quis ir para a cozinha? - a negra arqueou a sobrancelha. - Lá é o ponto mais frágil da prisão, dá pra entrar qualquer coisa por lá, mesmo com os guardas checando os caminhões que trazem a comida. Eles nunca olham direito. - um suspiro aliviado escapou pelos lábios de Dinah.

- Ah... - foi até a sua cama e deitou. - Tanto faz. - tentou se mostrar indiferente.

- Eu mandei uma mensagem para a Dea... - Normani mudou de assunto, mas Dinah fingiu que nem ouviu. - Pedi que ela viesse amanhã. - deu uma pausa. - Pra você conhecer o Dylan... - e bastou isso para que o coração da loira se acelerasse.

Não é como se ela estivesse com medo de conhecer o próprio filho, ela estava completamente apavorada. Por mais que sempre sonhara em ter filhos, a ideia de virar mãe do dia para a noite era muito assustadora, ainda mais quando você já perdeu uma boa parte da vida do seu filho.

...

Pov Dinah

A noite havia passado de uma forma custosa e eu não consegui sequer pregar os olhos. Eu estava ansiosa para conhecer Dylan, mas por outro lado, eu não tinha ideia do que dizer para ele.

"Oi, eu sou sua mãe." era o que eu ia dizer, mesmo que soe clichê, o que mais eu poderia dizer?

Quando um guarda apareceu dizendo que eu tinha visitas, meu coração disparou. Tinha chegado a hora e eu ainda não me sentia preparada. Mas mesmo não estando pronta, ignorei esse sentimento e segui até a sala de visitação, sendo revistada assim que cheguei.

Após passar pela revista, avistei Andrea sentada em uma mesa com um pequeno menino ao seu lado. Confesso que uma enorme vontade de chorar tomou conta de mim, mas me mantive forte e segurei as lágrimas com todas as minhas forças. Me aproximei dos dois.

- Minha filha... - Andrea se levantou e me abraçou com força quando me viu. Sorri e retribuí o abraço na mesma intensidade. - Senti tanto a sua falta, querida...

- Eu também senti a sua falta, Dea. - separou o abraço e olhou para o menininho que já não estava mais sentado, e sim em pé ao nosso lado, me olhando com um enorme brilho nos olhos. Me ajoelhei de frente para ele e sorri. - Oi, garotão. - Dylan era realmente o meu clone. Ele sorriu e me abraçou sem dizer uma palavra sequer. - Hey, amigão! - eu ri enquanto retribuía o abraço. - Você sabe quem eu sou?

- Voxê é a minha mamãe. - meu coração errou a batida ao ouvir ele falar aquilo. - A mamãe me contô tudu sobi voxê.

- Ah é? - eu realmente tinha ficado surpresa com isso. Não imaginava que ele soubesse da minha existência, assim como eu não sabia da dele. Ele separou o abraço e assentiu.

- Eu tambein amu hot chitus. - falou e eu ri.

- É o meu preferido.

Depois que nos sentamos, Dylan me contou várias coisas sobre ele e eu não podia estar mais concentrada. Eu queria saber de literalmente tudo e era a coisa mais fofa do mundo quando ele errava uma palavra. Eu estava me sentindo em outro universo, ali com ele. Era como se nada além do que ele tinha pra falar importasse. Sem problemas, sem preocupações, apenas eu e o meu filho. É claro que Andrea estava ali, mas ela só observava a nossa interação com um olhar satisfeito. Ela era muito mãezona comigo e com Normani, gostava de nos ver bem.

- Voxê e a mamãe namolam? - suspirei e neguei com a cabeça. - Ela mi dissi qui ti ama muitão assim, ó. - abriu seus bracinhos para indicar a quantidade. - Voxê não ama ela? - suspirei mais uma vez.

- Amo um tantão assim. - foi a minha vez de abrir os braços.

- Uaau! Issu é muitu! - falou deslumbrado, me fazendo sorrir sem eu ao menos perceber. - Então pur que voxês num namolam?

- Querido, por que não pega uns biscoitinhos para você? - Andrea falou quando percebeu o desconforto em meu olhar. - Tome aqui o dinheiro. - entregou ao pequeno, que saiu saltitante em direção à máquina cheia de biscoitos. (N/A): É TUDO BISCOITO NESSA PORRA.

- Obrigada. - falei.

- Não me agradeça. Eu o tirei daqui para esclarecer algumas coisas que você provavelmente não vai gostar de ouvir. Mas pelo bem do Dylan, da Normani e até mesmo seu, eu vou falar.

- Dea, eu... - me interrompeu.

- Cala a boca e me escuta.

-

(N/A): Voltei com mais um capítulo bosta. Sorry... kkkk tô rindo, mas é de nervoso.

Welcome To Prison ● |Norminah|G!P|जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें