Welcome To Prison ● |Norminah|G!P|

31 - You're Strong

(N/A): A mamãe voltou!!! Hehehe
Trouxe mais um capítulo bosta pra vocês.

Vocês que lutem.

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Enquanto Dinah se despedia de Dylan e Andrea se sentindo péssima por ter sido tão rígida com Normani, a negra tinha uma discussão indesejável com Sarah em um corredor estranhamente sem movimentação.

- Você não cumpriu com a sua parte do acordo, então não venha querer que eu cumpra com a minha. - disse Normani cruzando os braços. A mais velha riu.

- Você não tem ideia do que aconteceu aqui dentro antes de você vir parar aqui, bonequinha. - escorou-se na parede e acendeu um cigarro, dando uma longa tragada em seguida. - O que eu falei que ia fazer, eu fiz. - a fumaça fugia pela sua boca enquanto falava. - Sua namoradinha está intacta, não é?

- O combinado não era isso. Não era só pra você deixar ela em paz. - Sarah deu uma risada sem humor.

- Criança, criança... Isso foi exatamente o que nós duas combinamos. - foi a vez de Normani rir. Ela não tinha medo de Sarah, embora todas as outras detentas tivessem. Normani era tão perigosa quanto ela, ou até mais.

- Além de não tocar nela, eu mandei que você se aproximasse e a protegesse de qualquer um que quisesse fazer mal a ela, mas acima de tudo, que você ganhasse a confiança dela, porque só assim ela iria com você. - a negra se aproximou de Sarah. - Saber que você nem se esforçou para criar algum laço com ela só me faz refletir sobre você querer me passar a perna. Isso seria um grande erro. - a mais velha jogou o cigarro no chão e pisou encima.

- Sinto em lhe informar, bonequinha, mas eu vou com vocês quer você queira, quer não.

- Não, você não vai. - Sarah se aproximou de Normani até que estivessem mais próximas do que deveriam. - A minha "namoradinha" é ciumenta, só pra avisar. - disse em um tom de provocação. A mais velha sorriu de lado e negou com a cabeça antes de empurrar a negra contra a parede e rapidamente pegar em seu bolso um pedaço de madeireira extremamente afiado, colocando-o sobre o pescoço de Normani.

- Repete. - forçou a madeira contra seu pescoço, espetando-o levemente. Normani não tinha nenhuma expressão facial, era como se literalmente nada estivesse acontecendo.

- A parte que a minha namorada é ciumenta ou que você não vai com a gente? - a mais nova arqueou a sobrancelha. Irritada com todo aquele deboche, Sarah forçou mais a madeira, fazendo com que sangrasse um pouco. Normani sentiu sua pele ser perfurada, mas por mais que a dorzinha encomodasse, permaneceu plena. - Se eu fosse você, tomaria mais cuidado com isso aí. - a mais velha riu.

- Ah é? Por que? - a negra deu um sorriso travesso e em um movimento rápido arrancou a pequena estaca de madeira de sua mão, dessa vez jogando a mais velha contra a parede e colocando a madeira em seu pescoço com um pouco mais de força do que a outra havia colocado.

- Porque isso pode ser bem perigoso, e nas mãos da pessoa errada pode causar um grande estrago, não acha? - o sangue da mais velha escorria pelo seu pescoço, fazendo um sorriso maior surgir nos lábios de Normani. A negra amava ver sangue, isso era um fato.

- Normani?! - uma voz conhecida soou atrás da negra, a fazendo suspirar.

- Some daqui. - falou para Sarah, retirando a estaca de seu pescoço e se afastando da mais velha, que logo levou a mão até o ferimento e se retirou. A negra guardou o objeto em seu bolso e virou para encarar Dinah. - Eu posso explicar. - mas ao contrário do que imaginava, Normani recebeu um abraço forte e cheio de carinho. A princípio a menor estranhou, mas logo tratou de retribuir. - Está tudo bem?

- Me desculpa... - a loira falou, fazendo a negra franzir o cenho.

- O que aconteceu? - perguntou preocupada.

- Eu fui rígida demais com você... - apertou mais a negra em seus braços. - Eu achei que eu estava certa e você errada, mas agora vejo que sou uma grande idiota.

- Que? Claro que não, meu amor! - Normani afastou um pouco o abraço e segurou o rosto de Dinah com as duas mãos, olhando no fundo dos seus lindos olhos. - Eu te escondi um filho durante anos. No seu lugar eu também me odiaria. Eu que sou a idiota dessa história, não você.

- Mas você fez o que fez para o bem de todos nós, não foi na maldade. Você se sacrificou por nós. - bastou isso para que a feição preocupada da negra se transformasse em raiva. Normani havia ligado os pontos do porquê de Dinah, que até então mal olhava em sua cara, teria vindo lhe pedir desculpas. Afastou-se completamente da loira. - O que foi?

- O que ela te disse? - perguntou séria.

- Do que você está falando? - a loira tinha seu cenho franzido.

- O que Andrea te disse para que eu perdesse o papel de vilã da história e ganhasse o papel de pobre coitada? - cruzou os braços. Dinah suspirou, sabendo que Normani não queria que ela soubesse do seu passado.

- Ela me disse o que Khalid e seus amigos faziam com você... - a negra respirou fundo e fechou as mãos em punhos.

- É lógico que ela falou... - deu uma breve risada sem humor. - Não sei nem porque estou surpresa.

- Mani, esquece isso.

- Esquecer? Você só veio falar comigo porque está com pena de mim. - falou. - Eu não quero que a gente se entenda porque está com pena de mim. Eu quero fazer por merecer.

- E você já fez. - se aproximou da mais baixa e colocou a mão direita em seu rosto, acariciando-o com o polegar. - Você foi obrigada a fazer coisas que eu nem sequer imaginava só pra me manter viva e bem... Sério, eu não tinha ideia de que você me protegia lá de fora... Isso só mostra o quão incrível você é. - sorriu. - E não pense que estou aqui porque sinto pena. Eu sei que você é uma mulher forte, que não precisa de ninguém sentindo pena de você, porque você é capaz de qualquer coisa sem a ajuda de ninguém. Não sinto pena, na verdade, eu te admiro, e muito. No seu lugar eu certamente não teria aguentado segurar a barra, mas você aguentou e hoje está aqui... Isso é... - foi interrompida.

- Para. - segurou no pulso da mais nova e retirou sua mão de lá. - Não era pra Andrea ter te contado isso.

- Por que? Eu quero fazer parte da sua vida, Normani. Eu quero que deixe de existir segredos entre nós.

- PORQUE EU TENHO NOJO DE MIM, DINAH! - a negra elevou o tom de voz, com os olhos cheios de lágrimas. - Eu tento parecer forte, mas a verdade é que eu não sou. Toda vez que eu me lembro disso eu me sinto imunda e indefesa. Você me vê como alguém que eu não sou. Eu não sou intocável! Eu não sou invencível! Eu sinto dor! Eu sou humana!

- Ser forte não significa não sentir dor. Ser forte significa não deixar-se sucumbir pela dor. - e mais uma vez a abraçou. - Você pode continuar se achando fraca, mas eu vou continuar tendo a certeza de que você é a mulher mais forte que já conheci. - a negra suspirou e aconchegou a cabeça no ombro da mais nova, que começou a acariciar seus cabelos.

- Eu realmente não te mereço...

- Ninguém me merece mais que você.