Capítulo: 42

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Era estranho estar debaixo do mesmo teto que Deus. Ele disse que preferia ser chamado de Chuck.

Sam estava em estado de choque e extremamente curioso. Haviam várias perguntas que ele queria fazer, e ali estava sua oportunidade.

Castiel olhava para o pai com os braços cruzados, uma expressão nem um pouco amigável no rosto. Estava claro que ele guardava recentimento por alguma coisa.

Dean estava preocupado por estar na presença de Deus, que por acaso também poderia ser considerado seu sogro.

Charlie queria encher ele de perguntas sobre o porquê dele ter colocado a bíblia na terra, já que o livro era cheio de preconceito.

Kevin estava extremamente chocado. E Linda queria bater na entidade por fazer de seu filho um profeta e arruinar a vida do garoto.

— Se Amara é sua irmã, por que ela quer te matar? — Dean iniciou o assunto. — E por que você a prendeu?

— Bom, — Chuck começou. — No início éramos só eu e Amara vagando pela existência eterna. Eu queria criar, ela queria destruir. Tudo que eu criava, ela destruía. Por isso eu a prendi e é por isso que ela quer me matar.

— Por onde você esteve? — Castiel indagou, chamando a atenção de seu pai.

— Por aí. — respondeu, dando de ombros.

— Por aí? — o anjo perguntou. — Por aí? Sabe quantas vezes a gente precisou de você?

— Sim, eu sei. Mas vocês conseguiram resolver tudo sozinhos, do jeito que eu sabia que fariam.

— Como matamos a Amara? — Sam perguntou, interrompendo o assunto anterior.

— Não matamos. — Chuck respondeu. — Da última vez eu precisei dos meus arcanjos para prendê-la, mas não temos mais todos os arcanjos. — suspirou. — Eu não teria matado Gabriel se soubesse que iria precisar dele agora.

— Como assim? — Castiel indagou, o cenho fortemente franzido.

— Bom, vocês estavam indo atrás do escritor dos livros, vulgo, eu. — respondeu, apontando para si mesmo com os polegares. — Não era a hora de vocês me conhecerem, então eu mexi uns pauzinhos e Abaddon achou vocês.

— Você matou o Gabriel?! — Castiel indagou, se aproximando da entidade a passos rápidos, extremamente irritado.

Dean foi até o moreno e segurou gentilmente o braço dele, o mantendo no lugar.

Não que achasse que ele estava errado, mas aquele era Deus. Irrita-lo poderia ser um pouco perigoso.

— Eu não planejei que ele morresse. Foi efeito colateral.

— Efeito colateral? É isso que meu irmão, seu filho é para você? Um mero efeito colateral?

— Castiel, mesmo quando se é Deus, algumas coisas não estão no seu controle. Eu apenas coloquei Abaddon lá, não me responsabilizo pelo o que aconteceu depois.

— Pode trazer ele de volta? — Sam indagou, chamando as atenções para si.

A esperança em ter o arcanjo de volta brilhava em seus olhos.

— Não. — Chuck respondeu. — Não é que eu não queria, mas não é justo com o resto das pessoas no mundo que perdem pessoas que amam. Se eu posso trazer o Gabriel, por que não posso trazer os entes de outras pessoas? Vocês precisam lidar com o luto, é por isso que existe a morte. Até mesmo eu preciso seguir regras.

— Tipo as que você colocou na bíblia? — Charlie se manifestou. — "Não te deitarás com um homem como se deita com uma mulher. Isso é abominável!" Sabe por quanto tempo eu achei que tinha algo errado comigo por causa dessas palavras? Sabe quanto preconceito eu sofri? Sabe quantas vezes eu apanhei?

Alternative/ DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora