Capítulo-63

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Quando descobriu que estava grávida, Kelly Kline decidiu que precisava de um tempo. Ela sentiu que precisava fugir. 

E isso foi exatamente o que ela fez. Não disse nada a ninguém, apenas pegou o dinheiro que tinha, algumas roupas e saiu sem rumo. 

Naquela tarde, ela entrou no quarto de hotel em que estava ficando, tão distraída com os próprios pensamentos que sequer notou as pessoas lhe observando. 

Quando ergueu a cabeça ela finalmente os viu e deixou as sacolas que carregava irem ao chão. Deu alguns passos para trás, planejando sair correndo e gritando. 

Parou ao bater de costas em algo e, quando olhou para trás, tinha um homem de terno preto lhe encarando com um sorriso de divertimento em lábios. 

— Oi. — Charlie falou, como se sua presença no local fosse normal e totalmente esperada. — Não precisa ter medo, nós não vamos machucar você. 

— Aham, e ela vai acreditar nisso. — Sarah ironizou. — Nem parece que invadimos o quarto de hotel dela. 

— Kelly, — Sam começou, se aproximando da mulher com as mãos erguidas. — queremos te ajudar, ok? 

— Me ajudar? Eu não conheço vocês e eu não preciso da ajuda de vocês! 

— É claro que precisa. — John falou, chamando a atenção dela. No fim das contas, ele, Mary e Ketch acabaram vencendo os outros por cansaço e foram junto. — Ou quer que as coisas na sua barriga nasçam? 

— Olha só, independente de de quem são filhos, eles ainda são só bebês. — Sarah reclamou com o avô, que revirou os olhos, mas não disse nada. 

— Você precisa de ajuda, Kelly. Muito mais do que imagina. — Sam afirmou, sendo o foco da atenção dela novamente. 

— Seja um pouco mais sútil, Samuel. — Rowena reclamou. 

— Sutileza só vai nos fazer perder tempo. — Claire respondeu a bruxa, olhando para Kelly. — Você está grávida dos filhos de Lúcifer e se eles nascerem vai dar merda. O tipo "fim do mundo" de merda. 

— Claire! — Sarah repreendeu a namorada. — Se seu objetivo era assustar ela, parabéns, você conseguiu.

— Tá legal, quem são vocês?! — Kelly perguntou, levantando a voz, se fazendo sobressair aos outros que estavam discutindo no local. 

Sarah se aproximou lentamente, sabia que o modo como a situação tinha se desenvolvido dava a mulher todo o direito de desconfiar de si. 

— Você acredita no sobrenatural? — perguntou, fazendo a mais velha franzir o cenho. 

Pobre Kelly Kline, não fazia ideia de onde tinha se metido. 
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As asas de Castiel ainda estavam lá, e, para ele, isso era ainda mais cruel do que se elas tivessem apenas desaparecido. 

Isso porque agora estavam feridas, queimadas, sem funcionalidade. Eram apenas uma mera lembrança do quão majestosas tinham sido um dia. 

Apenas uma lembrança de uma das coisas sobre si que o anjo mais amava e havia perdido. 

— Ok, — Dean começou, se interrompendo para bocejar pela enésima vez. Ele ainda não tinha dormido direito desde que Castiel chegará ao bunker, estava empenhado em cuidar dele, e isso estava deixando o moreno realmente preocupado. — está sentindo alguma dor agora? 

— Não. — o de olhos azuis respondeu, olhando para o tatuado e vendo o quão cansado ele estava. Era evidente. — Vá dormir, Dean. Eu já estou melhor, eu juro. Não posso mentir para você, lembra? 

Alternative/ DestielWhere stories live. Discover now