Capítulo-61

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Faziam exatamente dois dias desde que Dean havia sentido através da conexão que algo tinha acontecido com Castiel. 

Nesses dois dias Dean havia ligado, rezado, ligado de novo e rezado mais uma vez, tentando desesperadamente falar com o anjo, saber onde ele estava. 

Castiel não respondeu nenhuma única vez, e assim se sucederam dois dias em que Dean chegou a arrancar os próprios fios de cabelo tamanha era sua preocupação. 

A marca das mãos de Castiel em seus ombros não paravam de arder, sua mente gritava a plenos pulmões "ENCONTRE ELE!"

O tatuado, naquele momento, estava em seu quarto, tentando usar a conexão para localizar o moreno.

Ergueu a cabeça com o cenho franzido quando sentiu que ele estava no bunker. 

— DEAN! — ouviu Adam gritar. — CASTIEL CHEGOU!!

Como assim Castiel chegou? Isso, teoricamente, significava que o anjo estava bem. 

As emoções do Winchester entraram em uma montanha russa, saindo de preocupação para alívio e então raiva. 

Raiva porque ele estava a ponto de ter um ataque cardíaco de tanta preocupação e Castiel estava, aparentemente, bem.

Rapidamente, Dean se levantou da cama e foi até a sala de conferências. 

— ONDE É QUE VOCÊ ESTAVA? — gritou a pergunta antes mesmo de chegar ao anjo, sabia que Castiel poderia ouvir. — EU QUASE PARI UM FILHO AQUI DE TÃO PREOCUPADO E VOCÊ… Cass? — indagou, correndo até o moreno quando viu o estado em que ele estava. 

Castiel estava totalmente sujo de terra, ofegante, parecia estar fazer um esforço enorme para se manter de pé. 

Dean ficou tão preocupado com ele que sequer notou as asas totalmente destruídas. 

— Eu caí. — Castiel falou, se engasgando com o sangue que  tinha em sua boca. — Perdi… Perdi minhas asas. 

E então Dean notou. Olhou para as asas do anjo e viu que faltavam várias penas. Estavam encharcadas de sangue, se arrastando no chão porque Castiel não tinha forças para mantê-las erguidas. 

— Eu não consigo mais. — Castiel falou, a voz totalmente embargada. Ele se deixou cair sentado no chão, soluçando violentamente com as lágrimas que vieram. — Isso tá' doendo demais, eu não aguento mais! 

Dean imediatamente se ajeolhou na frente dele, não tendo ideia de como ajudar, mas querendo fazer alguma coisa. 

— Rowena, me ajuda a fazer uns feitiços contra dor!— Sarah chamou a bruxa, correndo para a biblioteca.

— Você não precisa de feitiços, Sarah. — a ruiva respondeu, a fazendo parar no lugar e olhar para ela. — Use a magia do seu sangue. 

A loira arqueou as sombrancelhas e olhou para as próprias mãos. Uma das vezes que havia usado a magia de seu sangue ela estava correndo o risco de ser queimada em uma igreja. E da outra vez, estava com tanta raiva de John e Mary Winchester que chegou até mesmo a se imaginar matando os dois. 

Se aproximou de Castiel, lançando um olhar de compaixão ao anjo. Se concentrou no que queria fazer, um tanto quanto receosa, visto que a magia que costumava usar era para machucar pessoas e não as ajudar. 

As veias das pontas de seus dedos se iluminaram em um tom sobrenatural de vermelho. Com muito cuidado, ela tocou o ombro direito de Castiel, que de início tentou se afastar do toque, mas relaxou depois. 

Sarah fez uma careta quando começou a sentir uma dor terrível nas costas. Foi então que ela notou que não estava fazendo a dor sumir e sim tomando parte dela para si. 

Alternative/ DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora