Alternative/ Destiel

Capítulo-58

Dean estava sentado no confortável sofá da sala de terapia a pelo menos dez minutos, sem dizer uma única palavra a terapeuta. 

Ele não queria estar lá. Não que ele negasse o fato de que precisava de terapia. Com a vida que levava, ele já deveria ter começado com um tratamento psicológico a muito tempo. 

A questão é que ele não tinha tempo. Enquanto estava olhando para a terapeuta, Castiel e Crowley estavam atrás de Lúcifer juntos. 

Seus pais estavam em algum trabalho com os britânicos, Sam e Adam literalmente rodando o pais juntos, avisando aos seres sobrenaturais que ajudaram aos Winchester durante os anos sobre os britânicos. 

Charlie havia lhe ligado antes do início da seção para falar que iria levar Sarah, Claire e Ben na cidade, visto que tinha que ir ao mercado.

Ele não tinha tempo para ficar simplesmente encarando a terapeuta. A propósito, o nome dela era Mariel. 

— Quando quiser começar. — ela falou, pacientemente enquanto batia a caneta no caderno de notas. 

— Eu não tenho nada a dizer. — Dean a respondeu, se encostando no encosto do sofá. 

— Claro que tem. Não estaria aqui se não tivesse. 

— Eu só estou aqui porque estão me obrigando a isso. 

— Hum, e quem está lhe obrigando? 

O Winchester suspirou, decidindo que era melhor fazer o que ela queria logo para não ter que voltar ali. 

— Meus filhos, meus dois irmãos, meu namorado, meus amigos e um amigo da família que é como um pai para mim. 

— Entendo. Eu conheci um de seus filhos hoje de manhã. 

— Sarah. Ela teve um seção com você antes de mim. — o tatuado respondeu, olhando para o teto, tentando se distrair. 

— Eu soube que vocês passaram por uma experiência traumática juntos. 

— Ela te contou isso? — perguntou, olhando para a mulher. 

— Bobby me contou. — Mariel respondeu. — Sarah quase não falou nada. É bem parecida com você até nisso.

— Genética Winchester é boa. — brincou, deixando a sala cair em silêncio depois disso. 

— Não vai me contar sobre a tal experiência traumática? 

— Olha, não tem nada para falar sobre isso. Aconteceu, não dá para mudar conversando. 

— Mas dá para superar. É para isso que terapia serve, é para isso que eu sirvo. Mas eu só vou poder te ajudar a superar se você falar comigo. 

— Você quer saber? — Dean indagou, evidentemente já de saco cheio. — Você quer mesmo saber? 

— Sim, eu quero. 

— Ok então. Começou quando meu avô veio do passado e trouxe com ele um Cavalheiro do inferno: Abaddon. Para matar ela, eu adquiri uma marca que me dava certos poderes. 

— A Marca de Caim? — Mariel deduziu, fazendo Dean erguer as sombrancelhas. — Eu sou uma bruxa milenar, garoto. Eu conheci o próprio Caim. 

— Sim, foi a Marca de Caim. Ela me transformou em um demônio e, infelizmente, o demônio que eu me tornei acabou encontrando a Sarah. Sozinha.