Vinte e Nove - Parte Um

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Não há certezas do que possa acontecer no futuro. Não há como adivinhar o que te espera. Mas há uma coisa que podes fazer: viver. Vive o teu presente para teres o melhor passado. Aprende a aproveitar todos os segundos que tens. Aprende a agradecer todo o momento que existes. Aprende a sorrir independentemente de cada desafio que é posto no teu caminho. Aprende, que se não há certezas do que irá acontecer, para quê te preocupar? Aprende a deixar os sentimentos penetrar-te na mente, todos eles, a sentir tudo o que te é suscetível, absorver o que te rodeia sem bloquear nada. Não há como mudar o passado, mas podes mudar o presente e, consequentemente, o futuro é outro.

∞ ∞ ∞

【25 de Dezembro de 2013

『 Emma Reed

Os sons dos pássaros a cantarem acordam-me do pouco sono que obtivera durante esta noite. Os meus olhos sentiam-se pesados, custando a abri-los, portanto, escolhi mantê-los fechados. A luz, que embatia indiretamente na minha face, prejudicava a minha tentativa de adormecer. Decidi, em vez de abrir as pálpebras, reproduzir os momentos da noite anterior que me deixavam com uma alegria parva e indestrutível.

Pousei, delicadamente, a última sobremesa feita em cima da mesa que foi colocada propositadamente na sala para este tipo de tarefas. A casa estava enfeitada com temas natalícios, coisa de admirar visto que nos últimos anos nem se falava na palavra da festividade cristã. O Natal entrou, em grande massa, este ano na nossa casa. Isso deve-se ao Brian e à sua família que, juntamente com a minha, irá festejar o de dois mil e treze.

A campainha toca e rapidamente corro, não fazendo esperar os nossos convidados. A porta é aberta e, num ápice, uma menina de cabelos morenos entra rapidamente na divisão do apartamento. O sorriso era evidente na Cassie, que abre os braços ao ver a Lily a correr até ela, e as duas abraçam-se com tanta força que acaba por se tornar adorável.

Fico feliz pela minha irmã ter encontrado alguém para conviver. Ela sempre fora diferente de mim: mais social, mais extrovertida, mais alegre. Talvez por ser ainda uma criança e não saber o que é a vida realmente.

"Olá, Emma." A mulher de cabelos escuros cumprimenta-me com dois beijos na cara, seguindo para a cozinha.

"Emma." A sua voz chamou-me atenção, fazendo-me sorrir de imediato. Olhei para a sua cara, observando a felicidade estampada. Os seus olhos brilhavam e o seu sorriso era, realmente, verdadeiro. Este rapaz faz-me sentir melhor do que a substância que tinha de tomar.

Aproximou-se de mim, pousando os seus lábios sobre a minha face, demorando mais que o normal, obrigando-me a fechar os olhos para abstrair-me de tudo à nossa volta, exceto do seu carinho.

Pedi-lhes para colocar as coisas que traziam em cima do sofá. Assim que ele obedeceu, peguei na sua mão e guiei-o até o meu quarto, fechando a porta do mesmo.

"Agora sim, posso cumprimentar-te corretamente." Afirmei, colocando os meus braços em volta do seu pescoço e, puxando-o para mim, beijei-o. Não nas bochechas como me fizera há pouco, mas nos lábios. Nos seus lábios que são, de alguma forma, aditivos para mim. Nos seus lábios que, neste momento, estão quentes devido à fricção feita. Nos seus lábios que eu adoro tanto.

Uma dos braços deixei-o apoiado no seu ombro e a mão do outro braço deixei-a escorrer até ao seu peito, podendo, assim, sentir a batida do seu coração.

Evanescente (#1 Evanescente série)Onde histórias criam vida. Descubra agora