Prólogo

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A verdade é que nunca fui igual ao que me rodeava, seja em aspeto físico ou mental.

A minha altura destacava-me dos que me rodeavam e isso deixava-me apavorada pois temia incomodar alguém. Os meus olhos são tingidos de um verde-acastanhado aborrecido. As minhas pestanas não são longas, assim como as minhas unhas. As minhas maçãs do rosto não são definidas, o meu corpo muito menos. A minha estrutura óssea não é perfeita. As rugas de expressão que se formaram, ao longo dos poucos - mas extensos - anos de vida que tive, são tudo menos atrativas.

A minha mente, os meus pensamentos, é também diferente. As minhas opiniões eram divergentes do que é comum e isso afetava-me, e ainda me afeta, porque acho sempre que serei criticada se falar algo contrariamente ao que dizem, ou que esteja errada ao pensar da maneira que penso.

Não era a pessoa mais interessante, nem a mais positiva, nem a mais confiante em si ou nas suas decisões ou raciocínios. Banal era a palavra que melhor me descrevia. Ou estranha, ainda não decidi.

Os meus sentimentos e emoções eram escondidos ao máximo, tentando diminuir o estrago dentro de mim. Na minha mente, se eu não demonstrasse qualquer tipo de afeto ou confiança, ninguém me podia atingir.

A minha teoria estava a correr perfeitamente bem. Até que ele apareceu.

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faz-me um favor: sorri.

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beijos, rainofwords


Evanescente (#1 Evanescente série)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ