Only Wolf 1 - Viver, Amar E Sofrer ( NOVA VERSÃO )

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A partir daquele momento eu estava em modo avião, responder tudo roboticamente enquanto minha mente viajava e me punia com uma bela e monstruosa dor de cabeça. Aquele anel com um diamante enorme reluzia até do espaço, de tão grande que era. Me enojava só de olhar para Rayn e nos imaginando cuidando de 5 filhos e vivendo em um apartamento minúsculo caindo aos pedaços no subúrbio de Miami. Meu Deus.
Após Rayn ir embora, liguei desesperadamente para Kimberlly, necessário de uma luz, holofote se necessário:

- Alô? Kimberlly? Vem aqui em casa agora.

- Liv, são 01:00 da manhã !

- Por favor, aconteceu a pior besteira da minha vida. Vem correndo.

- Ta garota, se acalma. Daqui à meia hora eu chego ai.

- Logo Vem, por favor.

- É bom que seja importante, Olivia.

As horas par parecem demorar uma eternidade para passar, eu andava para lá e para cá, me arrependendo do que eu tinha feito a cada passo dado em volta da minha cama. Para ser sincera, eu parecia um peru de roda, desesperadamente ansiosa para ter quem falar sobre aquela loucura toda. Rayn escolheu bem a vingança por eu ter ido aquela festa maldita sem ele. Ariano ..

Ela não chegava, meu nervosismo só aumentava e esse anel no meu dedo parecia maior cada vez que eu olhava para ele. Sorte que minha mãe ainda não estava em casa. Talvez ela não chegasse hoje, pois ela estava na casa do meu padrasto.

Desci até a cozinha e comecei a comer tudo o que eu via pela frente. Eu não parava de tremer e de pensar que eu estava prestes a me casar, e eu nem sabia se eu era lésbica ou não, até que finalmente a campainha tocou. Saí correndo para atender.

- Kimberlly, graças a Deus! - exclamei, puxando ela para dentro e fechando a porta com tanta força, que parecia que eu tinha quebrado a casa toda.

Abracei ela o mais forte possivel.

- O que foi mulher, o que acon ... Que porra é essa no seu dedo, Olivia Marie Bucker? - Kimberlly até comeu as palavras assim que viu o tamanho da aliança em meu dedo.

- Ai, credo, odeio quando você diz o meu nome inteiro. Então ... Eu tô noiva.- Disse, com um sorrisinho de quem queria a própria morte. - Pois é ...

- Oi? Hahahahahaha! - Ela soltou aquela risada exagerada dela e então, ficou séria - Você está brincando, não é? Não pode ser verdade.

- É verdade, amiga! O Rayn veio pedir uma prova de que eu não sou lésbica e, na hora, eu não sabia o que responder. Entrei em pânico.

- Você é louca, garota?

- Eu nem sei o que eu sou .. Eu .. Eu. Para enlouquecer, Kimberlly. - Disse, implorando por uma solução. Meus olhos já estavam marejados de desespero, enquanto Kimberlly levantava e descia os ombros como se ela não soubesse muito o que fazer.
Ela me abraçou o mais forte que conseguiu, eu ouvia a sua respiração um tanto eufórica, parecia que ela queria dizer algo e foi aí que ela disse uma frase mais estranha e inesperada:

- Me beija, Olivia.

Por um momento refletido um deboche, até pensar que ela estava brincando. Mas o semblante em seu rosto dizia o contrário, aquilo era realmente sério e ela estava disposta a meu beijar. Quando percebi que era pra valer a proposta, não consegui dizer outra coisa além de:

- Você tá ficando louca? Somos amigas! Você é minha melhor amiga!

- Por isso mesmo! Quem melhor do que eu para tirar o seu "BV" com garotas? Precisa saber o que você é. Sair desse armário logo.

Então, ela não fez oficial. Pegou na minha cintura, me encostou no pilar que tem between minha sala e o corredor e, bem devagar, encostou a boca na minha. Fechei os olhos e, por um instante, esqueci tudo que estava ao redor.

A sua língua era macia e, ao mesmo tempo, quente. Enquanto ela me beijava, eu sentia suas mãos subindo por minha nuca. O Rayn nunca havia me beijado assim, não chegava nem perto. Parecia até que estava me faltando ar, até que, quando ela parou, me deu um selinho e piscou pra mim.

- E aí? O que achou? - Perguntou Kimberlly, mordendo os lábios, satisfeita com o tal ato.

Passei a mão nos meus cabelos repicados e negros e arrumei a minha blusa.

- Preciso terminar com o meu noivo logo!

kimberlly riu e me deu um último selinho para que, talvez, eu não tenha dúvida do que havia sentido sobre aquele beijo:

- Precisa mesmo! - Ela disse - Não gastei saliva atoa, né.

- Não, não gastou. Eu gostei do beijo.

- Não se acostuma, não. Muitas garotas se matariam por um beijo meu.

- Hahaha! Acredito ...

- É sério, sua idiota! - Kimberlly Exclamou.

- Valeu por estar aqui do meu lado ...

- É para isso que servem como amigas, Olivia. Não só para pagar open bar de tequila. - Ela riu - Mas é sério, eu sempre estarei ao seu lado.

- E eu ao seu.

Mesmo que ela fosse minha melhor amiga, beija-la foi de extremo prazer, aquele corpo feminino roçando no meu, me dava prazer, realmente prazer. E isso era muito esclarecedor.

Depois dela ter ido embora, pensar que isso poderia afetar nossa amizade, afinal eu senti um certo tesão pela minha melhor amiga, mas não, Kimberlly era moderna demais para se importar com um beijo totalmente casual, aliás foi realmente por uma causa nobre. Ela até havia me dito que se sentiu extremamente honrada por ter sido ela a primeira, mal sabe que quando eu era pequena eu havia beijado uma prima minha. Mas ela não precisa saber.