1 ° lugar no ranking - 12/10/2020
2° lugar no ranking - 10/02/2019
( LGBT+)
Quem nunca se perguntou o motivo pelo qual as histórias homossexuais são contadas de uma forma totalmente padrão? O pai que não aceita, a mãe que põe para fora de casa e e...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Após gozarmos, pela terceira vez só à noite, eu me deitei ao seu lado. Nossos corpos estavam suados e nossa respiração ofegante. Foi uma delícia. Selávamos aquele momento com beijos intensos e demorados. Rebeca passava a mão pelo meu corpo nu, olhando atentamente cada desenho tatuado nele. Ela sorria insistentemente. Depois de alguns minutos em silêncio finalmente pegamos no sono uma no colo da outra e, antes de eu apagar, me lembro de ter visto ela dormir por alguns minutos. Seu corpo completamente e aparentemente cansado me deixava louca. . Minha felicidade estava toda ali, na minha frente. Rebeca era aquele tipo de garota que você nunca quer deixar, apesar de saber que ela nunca desistiria de estar ao seu lado. Aquele tipo de garota que te causa medo só de pensar em perder. Ela era linda até dormindo, seu rosto corado e seu jeito delicado e firme ao mesmo tempo, me deixava completamente louca por ela.
Era, realmente a perfeição em pessoa, com os seus míseros detalhes de imperfeição não tão aparentes. Eu e Rebeca éramos pura química.
A voz da Ellie Goulding e a batida do Calvin Harris ecoavam dentro do meu quarto. Era o celular da Rebeca tocando no último volume. Acordei correndo. Já eram 07:00 da manhã e eu não fazia ideia do porquê meu corpo estava tão dolorido formado.
Meu celular ... Que não sabia onde estava ... E a Rebeca que sumiu deixando apenas um bilhete ao lado do meu travesseiro:
"Tomara que você tenha gostado da noite, me liga quando der. Beijos."
Droga! Ela foi embora e levou o celular errado. - disse assim que reparei naquilo.
Me troquei, gemendo a cada vez que algum osso meu estalava, talvez eu fosse um tanto sedentária, acabei de notar nisso, aliás.
Quando desci como escadas, passei por um espelho, eu estava com arranhões pelo corpo todo. Antes que alguém me visse naquela situação, coloquei uma blusa com capuz e enfiei o celular da Rebeca no bolso do moletom. Sorte que minha mãe não estava em casa naquele momento. Isso com certeza foi um golpe de sorte, pois evitou muitas perguntas desconfortáveis momento momento.
Entrei no meu carro e fui correndo para a faculdade. Quando cheguei, vi uma Kimberlly parada na porta conversando com Emma. Passei com o carro bem próximo e buzinei para ela.
Kimberlly veio na direção do carro e abriu a porta:
- Por onde você andou? Já são 8 e meia e você perdeu a aula do senhor Davis, foi hilário.
- Kim, entra no carro. Agora! - Disse, um tanto descontrolada e nervosa.
Kimberlly, sem pensar ou questionar algo, entrou no carro, ela estava quieta mas não parava de me olhar de cima a baixo:
- Por que você está de moletom? Eu quase não te vejo sem suas jaquetas jeans e as de couro. - Ela picou, estranhando aquilo.
Após estarmos um pouco longe da faculdade, eu tirei o capuz revelando todas as marcas que permanecerão em meu corpo.
- Nossa! Não sabia que o Rayn gostava de arranhar .- Disse Kim, surpresa.
- E não gosta. - Respondi, olhando para ela com a cara mais lavada do mundo. - Não foi ele.
- O quê?
- Transei com a Rebeca ontem à noite.
- Não acredito! Olivia Bucker, você transou com uma mulher? Você tem noção disso? - Perguntou ela, me dando um tapa na perna. - Você... você traiu o Rayn...
- Kimberlly eu tenho total noção disso e eu estou pra cometer uma loucura.
- Eu sou sua amiga, tenho o dever de te falar que isso foi errado. Mas eu sei como é se sentir assim, e eu jamais vou atirar pedras, Eu estou do seu lado, mas precisa contar logo para o seu namorado.
Eu sabia que Kimberlly entendia muito bem o meu desespero, apesar de eu ter gostado da noite passada, eu ainda era noiva de um cara. Tudo aquilo tinha acontecido rápido demais. Mas eu também sabia que ela iria me apoiar acima de qualquer coisa que eu fizesse a partir dali.
Chegando no colégio onde Rebeca estudava, estacionei o carro na frente. Rebeca estava do lado de fora com umas amigas conversando, ela não havia reparado ainda na minha presença. Eu tirei o moletom e passei a mão no rosto um pouco trêmula, eu estava realmente ansiosa.
Arrumei o cabelo no retrovisor do carro e peguei uma jaqueta preta que estava no banco de trás.
- Como eu estou?!
- Tá linda, Liv. - Respondeu Kimberlly, sorrindo.
Tomei um pouco de coragem e suspirei bem fundo. Desci do carro e fui indo em direção à Rebeca, que ao me reparar, me olhava sorrindo enquanto amigas dela me comiam com os olhos.
Fui andando em sua direção, um pouco sem graça com a atenção que eu estava chamando. Quando cheguei bem perto dela, a abracei ficando com seu rosto bem próximo ao meu. Frente a frente, nos encarávamos ainda abraçadas:
- Por incrível que pareça eu acordei sentindo a sua falta.
- E-eu digo o mesmo pra você. Tive que sair correndo ou eu iria me atrasar pra aula. - ela respondeu, sem graça.- Me desculpe por ter saído daquele jeito.
- Tudo bem, fiquei feliz em te ver de novo.
- Gostou da noite passada? - Perguntou ela, baixo.
- Não faz isso, você sabe que eu não me aguento. Essa sua cara me deixa louca.
- Você ainda não respondeu minha pergunta, Olivia Bucker. - Perguntou Rebeca, mordendo os lábios.
- Eu preciso responder? - Perguntei retoricamente.
- Se você quiser repetir uma dose
- Eu adorei. -Respondi, um pouco sem graça. . As mãos de Rebeca desceram percorrendo minhas costas, devagar e singela.
- Ainda não me disse o que veio fazer aqui. - Disse Rebeca, cessando o abraço.
- Vim trazer o seu celular .. Na verdade, você trocou o seu pelo meu. - respondi, entregando o aparelho para ela.
- Bem que eu achei estranho alguém mandando mensagem pra mim sobre parcelas da faculdade.
Nós duas rimos, ela era realmente muito divertida e classificados.
- Eu preciso ir agora! Vou tentar pegar o segundo horário da faculdade. Cheguei atrasada - completei.
- A gente se vê por aí?
- Sempre que quiser, Rebeca. - Me despedi beijando seu rosto.
Ao voltar pro carro, note que Kimberlly observava toda aquela cena, um pouco incrédula e assim que entrei no carro ela me abraçou:
- Eu estou muito feliz por você, sabia?
- Por que está dizendo isso, Kim ?!
- Pela primeira vez você olhou pra alguém com os olhos brilhando. Você realmente é afim dela, Olivia. Não pode mais se enganar.
