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Não demorou para que Kimberlly ficasse pronta, então a nossa chegada até a casa dos pais dela foi rápida, coisa de 20 e poucos minutos de carro

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Não demorou para que Kimberlly ficasse pronta, então a nossa chegada até a casa dos pais dela foi rápida, coisa de 20 e poucos minutos de carro. Na porta, já avistamos o carro de sua tia Ennie estacionado; um ford ano 2005.

A família Parker, apesar de não ter origens de riqueza, construiu ao longodos anos um dinheiro que ajudou muito eles durante o crescimento de seus filhos;Kimberlly e Artur, diminutivo de Arturito em homenagem ao seu avô. O irmão maisvelho que seguia os passos do mesmo, servindo como sargento no décimo terceiro batalhão da aviação, dos estados unidos.

Já o pai de Kimberlly, Harry Parker, era um notório médico que atuava na divisa entre Miami e Havana, cuidando dos poucos favorecidos, dos imigrantes e soldados.

Já a mãe, Ellen, trabalha como banqueira.

A casa dos pais de Kimberlly ficava em Little Haiti, na segunda avenida. Era um lugar aconchegante, revestido de madeira italiana e cerejeira, lustres na sala de estar e na cozinha, o que dava um charme ainda maior para o lugar:

- Tomara que minha tia Ennie não veja o seu carro novo, porque ela vai querer tirar fotos nele. – Comecei a rir pelo comentário maldoso de Kim, enquanto entravamos na casa de seus pais.

- Olha ela ai! – Disse Ellen, assim que entramos. A mãe de Kim me abraçou novamente.

- Oi mãe, será que a senhora está me vendo aqui ou só a Olivia, mesmo? – Kimberlly perguntou, cruzando os braços.

- Como você cresceu Olivia! Quase não te reconheci. – Disse Ennie, a tia deKimberlly.

- NÃO!!- Exclamou Dion, que me encarava com as sobrancelhas arqueadas. – Você é a Olivia?

- Você lembra dela, pirralho? – Perguntou Kimberlly, sentando no sofá.

- Claro que sim, mas não é disso que eu estou falando... – Ele respondeu, Dion olhou para mim e perguntou – Você estava na festa da Rebeca?

- Estava sim, por que?

- Não ferra! Você é a garota que pegaram com a Alice Ficcher
no quarto. – Ele exclamou, rindo.

- Dion! – Exclamou Ennie advertindo o filho pelo palavreado. Na hora a minha cara ficou vermelha de vergonha e eu não soube o que dizer. Já Kimberlly ria sem parar da situação. O gelo só foi quebrado quando o senhor Parker apareceu com algumas bebidas. Conversamos um pouco entre todos e em determinado tempo, Dion, Kim e eu fomos para a varanda onde ficava a piscina. Dion estava com 1 metro e 87, cabelo cortado em degradê, musculoso, porém mais gay do que o normal. Ele estudava moda na Wynwood a quase um ano. Um orgulho pra sua mãe, mas uma vergonha para o seu pai que, recentemente havia saído de casa por que se envolveu com a sua professora de academia:

- Qual é a boa para hoje? – Kim perguntou para o seu primo, que acendia um cigarro enquanto nos olhava.

- Achei que você não iria me perguntar. – Disse ele, sorrindo maliciosamente.

- Tenho que fazer a pose de prima responsável na frente da tia Ennie, você sabe bem como é. – Os dois sorriram um para o outro.

- Tem uma festa rolando em Keystone Islands, na rua Bayview. É uma social de uma galera da faculdade. – Dion disse, tragando o seu cigarro sabor cereja – Tem uns conhecidos meus lá. Estava pensando em ir, vocês querem?

- Eu topo! – Kimberlly disse, levantando a mão imediatamente. – Liv? – Ela perguntou, olhando para mim.

- Não estou muito no clima. Deixo vocês lá e vou pra casa.

- Qual é? Vamos na festa, porra!

- É sério, Kim. Não estou muito afim. A cota de vergonha já foi atingida por hoje.

- Que tipo de problemas uma garota do seu tipo pode ter? – Dion perguntou, cruzando as pernas e me olhando; esperando a resposta.

- Uma garota como eu?

- Ai... Olivia, você sabe, não me venha com falsa modéstia. – Ele disse – Você sabe que é bonita, além do normal. Então, que tipo de problemas uma garota como você pode ter?

- Ela foi rejeitada hoje... – Kim comentou.

- Sério? Quem foi a dona da maior auto estima do mundo? – Dion perguntou, curioso.

- Alice Ficcher – Respondi – A própria. Mas não foi por maldade, eu sei que eu não fui lá uma boa pessoa para ela. É a tal da reação do oprimido.

- Então, meu amor, tenho uma boa noticia para te dar. Ela está nesse exato momento na festa da rua Bayview – Dion pega o celular e me mostra uma foto dela nos stories do perfil da faculdade, - É sua chance de tentar convence-la de que você não é uma completa idiota e que se importa com os sentimentos dela.

Suspirei.

- Eu sei e eu realmente me importo com ela e com o que ela pensa, porque não é verdade.

- Então você vai dizer isso pra ela. – Disse Kim. – Ela precisa saber da sua boca que você não é mais a mesma pessoa de antes. A garota que não ligava para o sentimento dela.

....






(Olivia Bucker na foto acima)

Only Wolf 1 - Viver, Amar E Sofrer ( NOVA VERSÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora