"Jogar a vida como um jogo,
sem consequências.
até que você não consiga distinguir
entre um adereço de palco e
uma faca
de verdade. "
Sua atenção passou pelos alunos e se mudou para o pavilhão dos políticos. Seu olhar travou com o vermelho, e e...
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Hadrian ficou em silêncio.
Ele observou Raina com o canto do olho, rígido e desconfortável enquanto esperava. Ele apertou as mãos, deixando-as penduradas entre os joelhos, os antebraços apoiados nas coxas.
Uma parte dele estava quase delirando de alívio. Ele não sabia o quanto a verdade pesava sobre ele até agora. Ele não tinha percebido o quanto estava se afogando em seus segredos até que finalmente os forçou a se manifestar. Os cacos em seu peito estavam, pela primeira vez, alegremente maçantes.
Ele podia sentir o nó opressivo em torno de seu pescoço começar a afrouxar, e a próxima respiração que ele deu foi gloriosa.
Mas apesar de toda a alegria vibrando por ele, outra parte dele começou a se agitar de pânico.
Porque ele havia contado tudo a ela.
Ele havia dito a ela seu nome e tudo o que isso implicava. Ele havia contado a ela sobre sua mãe e o plano que eles vinham cultivando há anos. Ele contou a ela sobre a profecia e a Ordem da Fênix.
Ele contou a ela sobre Riddle. Sobre Voldemort. A marca e a ruína de fogo que era o relacionamento deles.
Tudo.
Era como se, depois de começar, ele não conseguisse parar. Tudo veio caindo, cada vez mais rápido enquanto ele puxava o véu e revelava todos os seus segredos aos pés dela.
E agora ele estava esperando seu julgamento.
Ele sabia qual seria a reação dela. Ele sabia o quanto ansiava por sua aceitação - ou, pelo menos, não sua rejeição, porque Deuses ele não tinha sido rejeitado o suficiente hoje?
Mas havia uma chance, ele sabia, e ele já estava se preparando para isso. Reconstruindo suas paredes tijolo por tijolo enquanto ela continuava sentada ali sem dizer uma palavra.
Ele era um mentiroso. Ele estava mentindo na cara de Raina desde o início. Para todos eles. Raina era gentil, e suas declarações de apoio e amor quase o dominaram, mas ele não sabia se eles poderiam sobreviver a isso.
E se ela não o aceitasse - se o afastasse com mágoa e nojo - Adriano não sabia o que ele faria.
Finalmente, depois que o silêncio entre eles se esticou e se deformou em algo grosso e pontudo, ela mudou.
Os ombros de Raina caíram e o suspiro que ela soltou foi longo e cansado. Ela estendeu a mão e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. Seu olhar estava focado na parede oposta, e por isso Hadrian estava grato. Ele não queria ver seus pensamentos se solidificarem em seus olhos. Ele manteve sua magia embrulhada em seu peito, resistindo ao desejo de estender a mão e sentir suas emoções.
Raina suspirou novamente e lentamente se levantou. Ela caminhou em direção à mesa em frente a eles e tirou uma garrafa de vidro com um líquido âmbar de seu lugar. Ela despejou uma quantidade generosa em um copo e bebeu de uma vez.
