Capítulo 32

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- Mas que droga!

É, era realmente uma droga estar ali com todos eles, não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei fazer essa loucura.

Já faziam três dias que estávamos na estrada, três longos dias que pareciam não ter fim. Fizemos muita coisa legal, isso eu não posso negar, passamos por umas cidadezinhas pequenas, comemos nos lugares que diziam serem os melhores de cada cidade, fomos também em uma feirinha de artesanato, como Sadie disse, era algo tão fofo com passarinhos e borboletas que quase me fizeram vomitar, Sadie encontrou dois cordões que se completavam quando estavam juntos, era uma lua e um sol, acabei os pegando, deixando o pingente de sol com ela e eu com o da lua, mas não tenho muita certeza porquê fiz isso.

A melhor parte dessa viagem até agora foram os momentos com a Sadie, só quando estavam nós duas, longe desses dois malucos que eu tenho que aturar, nunca pensei que eu fosse gostar tanto de conversar com alguém, não só conversas sobre assuntos bestinhas, mas sim conversas profundas, as vezes sobre o meu passado, alguns planos de futuro, coisas que eu nunca pensei que um dia contaria para alguém.

Passar um tempo significativo com a Sink era muito bom, apesar dessa ligação, dos sonhos, de estarmos conectadas, ainda tínhamos coisas sobre nós que ainda estávamos conhecendo, e quanto mais nos conhecíamos, mais eu a amava, ainda não sei como tudo isso é possível, acho que nunca vou me acostumar.

Noah e Jack por sua vez, quanto mais tempo eu passo com eles, mais minha vontade de os estrangular cresce, eles são o casal mais chato, meloso, sem noção, e com a maior capacidade de irritar já vista na historia, ainda é um mistério como não matei eles ainda.

Eu reclamo bastante deles, é verdade, mas no fundo, bem lá no fundo mesmo, escondido nas profundezas da minha alma e coração, um local onde ninguém nunca pode alcançar, eu gosto deles, mas é só bem lá no fundo mesmo. Ultimamente nem lá, já que descobri que eles dois tem a capacidade maior do que eu pensei de me estressarem.

Fora isso, não fizemos muita coisa, assistimos uma chuva de estrela cadentes, onde Sadie me fez fazer um pedido; comi uma coisa chamada algodão-doce e outra chamada maçã do amor; fizemos piqueniques e dirigimos por ai.

Agora estávamos parados em uma estrada de terra, ainda quero saber quem foi que decidiu tomar esse caminho, aconteceu alguma coisa com o carro do Jack, não estava funcionando e saia fumaça dele.

- Acho melhor chamarmos o reboque - sugere Sadie.

- Não tem sinal de celular aqui - comenta Noah.

- E se a Millie e eu formos buscar ajuda, enquanto vocês esperam aqui?

- E correr o risco de morrer? - pergunta Jack - estamos no meio do nada, vai saber se não tem um psicopata escondido por aqui?

- Não tem ninguém escondido por aqui - digo entediada, quem se esconderia no meio do nada?

- Meu carrinho - choraminga Jack ainda debruçado em cima de seja lá qual parte é aquela do carro.

Já tinha longos minutos que estávamos aqui parados, assistindo o Jack chorar pelo carro e Noah tentando o acalmar, eu devia gravar essa cena para quando não estiver conseguindo dormir, que sono que estava me dando.

De longe escuto alguém se aproximando, fico atenta olhando em direção ao som dos passos, vejo um rapaz que não parecia ser mais velho que a gente, alto, cabelos escuros, olhos azuis, corpo musculoso, ele estava usando apenas uma calça de cor palha, dobrada na canela.

- O que fazem aqui? - pergunta chamando a atenção de nós quatro - essa é uma propriedade privada.

- Nós não sabíamos - fala Sadie - desculpas.

O Encanto da Sereia - Sillie 1ª Temporada Where stories live. Discover now