Capítulo °40

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- O fim de semana?  — Perguntei confusa.

— É, apenas nós dois, a gente pode fazer alguma coisa junto se você preferir, algo que seja do seu agrado. — Eu não estou sabendo lidar com isso, ou isso é um jogo, ou é gatilho para alguma armação dele.

- Brayan você está com alguma brincadeira comigo? Por que se for, eu não vou cair.

— Elisa, olhe nos meus olhos, e me diga se isso parece uma brincadeira para você. — Ele estava em minha frente, fiquei trêmula e quase sem fôlego.

- Não, isso não parece uma brincadeira! —Afirmo.

— Então, isso é um sim? — Ele perguntou.

- É Brayan, eu passo o fim de semana com você. — Suspirei, eu estava nervosa e não sabia o que dizer.

— Brayan

- Isso ótimo! — Afirmei empolgado, isso que Elisa me disse hoje foi um pouco, tenso, eu não quero perde-la, e muito menos estar longe dela, irei planejar algo legal para este fim de semana, algo que ela possa gostar de verdade. Como agora ela é, de fato a minha submissa, está mais do que na hora de usar o que tanto esperei.

Meu celular começou a tocar em meu bolso, quando eu o pego, vejo que era uma ligação de Steve

- Só um estante. — Falo me afastando dela — Steve?

— Brayan? Você pode vir até o escritório, por favor? — Ele parecia estar com uma voz tensa.

- Claro, aconteceu algo?

— É o Tony, ele está vindo para a sala de reunião, disse que queria conversar com a gente. — Problemas, com certeza! Sempre auê Tony vinha para o edifício, era sinal de problemas.

- Certo, eu já estou a caminho! — Desligo o celular e me viro novamente para a Elisabeth, onde a mesma me olhava.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou ela.

- Nada de tão sério, é apenas uma reunião que requer a minha atenção. — Falei andando pelo o corredor ao lado dela, antes de sairmos do meu escritório, eu a paro na porta antes que ela pegasse na maçaneta.

- Espere! — Segurei o seu braço delicadamente.

- Eu te pego hoje a noite?

— As sete, não se atrase. — Ela sorriu, coloquei a minha mão em seu rosto, sentindo a sua pele macia, me aproximo dela e dei-lhe um beijo rápido.

— Fica de olho nas câmeras, senhor Walker!

- Eu só tenho olhos para você! — Falei abrindo a porta para a mesma sair, mas ela se assustou quando viu Tony parado em frente a porta do meu escritório.

— Aí meu Deus! — Ela disse espantada.

— Tudo bem, senhorita Backer? — Ele perguntou fazendo um olhar sínico.

— Tudo bem sim, foi só um susto. — Elisabeth saiu andando e vejo Tony à olhando, bati a porta do escritório, não tão forte, mas o suficiente para chamar a sua atenção.

- O que veio fazer aqui? — Perguntei sério.

— Precisamos conversar, não? De irmão para irmão. — Percebi que, perto do elevador, haviam dois dos seus seguranças particulares.

- Se está conversa é de irmão para irmão, por que trouxe os seus seguranças?

— Prevenção, nunca se sabe o que pode acontecer, não é? —  Ele sorriu enquanto foi direção ao elevador, logo fomos até a sala de reunião onde Steve estava nos esperando na porta.

— Podemos estrar?— Pergunto Steve

- É claro, apenas nós três! — Falei grosso olhando para os seus seguranças.

— Mas eles...

- Eu disse, apenas nós três! Será que eu fui claro?! —  Falo interrompendo Tony de falar, ele assentou e entrou na sala, fechei a porta onde vejo os seus seguranças me encarando, la, foi iniciada uma conversa na qual eu sabia que um dia chegaria. Tony cobrando ações que nunca serão suas, segundo o mesmo, ele acha que o nosso pai deveria ter nos deixado ações divididas igualmente entre nós três, sendo que o nosso pai morreu sem planejar nada disso. Quando já estávamos maiores, e por eu ser o primogênito, herdeiro das ações e, do edifício, autorizei apenas a metade para ele, mesmo sabendo de sua ganância, e isso não era o suficiente.

— Tony, você já tem tudo o que quer, tem os seus negócios, suas empresas, fábricas, quer mais o que? — Steve perguntou já irritado.

— Eu quero a minha outra metade das ações, você é burro ou o que?

- Não existe uma, "outra metade das ações" Tony. Eu já dei a sua parte. — O respondi tentando manter a paciência.

— O nosso pai iria querer isso, que dividíssemos as ações e fazerem prosperar! — Ele fala alto se levantando da cadeira.

- Se você fosse um homem sem essa ganância por dinheiro, ambição e poder, você com certeza teria até mais de suas ações, mas o poder subiu a sua cabeça irmão! E faz de você cruel. — Ele suspirou fundo e começa a nós olhar sério.

— Eu já entendi, é por que vocês são os filhinhos de sangue não é? Isso tudo é só por que eu sou o adotado da família, eu não vou deixar isso assim Brayan, você vai me dar a minha parte por bem, ou por mal, escolha! — Ele rangia os dentes de raiva, seu olhar impiedoso transbordava ódio e ele esperava por uma reposta:

- Eu vou repetir apenas uma vez, não! E essa conversa de encerra aqui, e agora! — Falei o encarando, me levantei e me manti firme.

— Não?! — Ele levantou um sorriso frio e desumano. — Então vocês vão sofrer as suas consequências, eis a minha promessa. Nada, dura para sempre, eu vou ter o que é meu por direito e enfim dar um fim nesse confronto! E quando isso acabar será xeque mate, querem recusar o que me pertence? Tudo bem! Mas devam se perguntar, quantas consequências virão, por um simples "Não"!

Ele sai da sala com os olhos pegando fogo, bateu a porta com força fazendo um barulho alto e estrondoso. Quantos "não"? Quem poderia responder tal pergunta?

...

Walker -  Vol.1 ( Segunda Edição - Concluído )Where stories live. Discover now