Capítulo °7

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Para o meu primeiro dia no novo setor, foi tudo muito bem, fui bem recebida, os funcionários eram bem simpáticos e atenciosos, teve momentos em que alguns deles vinham me pedir ajuda, assim como eu pedi a deles. Eu fiquei muito feliz em ter dado tudo certo, no fim da tarde quando deu o meu horário, arrumei as minhas coisas e sai do escritório, andei em direção ao elevador onde me encontrei com o Brayan, mesmo tentando evitar, eu já estava nervosa, passei o dia inteiro pensando nesse momento.

— Boa noite, senhorita Backer! Podemos? — Ela fez um gesto com as mãos para eu entrar no elevador.

- Boa noite, senhor Walker, obrigada  — Sorri entrando no elevador, quando chegamos ao térreo, fomos até uma cafeteria alí perto e fizemos o pedido, ele me olhava de tal forma que eu não sabia como reagir, era difícil ter de olhar para ele e não me perder no seu olhar, confesso que era tentador em um nível extremo.

— Me diz, como foi o seu primeiro dia no setor, senhorita Backer?

- Foi ótimo! As pessoas de lá são incríveis, e esforçadas! Eu adorei.

— Você se encaixa. — Ele sorriu, ele passou a língua sobre os lábios, em seguida, abriu um sorriso de canto. Eu o retribui com um sorriso rápido disfarçando o olhar, coloquei o cabelo por trás da orelha, o garçom veio até a nossa mesa e nos deixou o nosso pedido. Eu pedi um capuccino. Ele pediu apenas um café amargo.

— Então, você se formará em letras.

- Sim, senhor. — O respondi mexendo com a colher na xícara.

— Quais são os seus planos para depois de formada? Eu suponho que tenha planos. — Perguntou ele pegando a xícara de café, tomou um gole sem ao menos fazer uma cara feia, por ser café amargo ainda.

- Por hora, eu só estou pensando em trabalhar, e fazer uma viagem, me esforcei muito desde que me mudei para cá e, bom, deu resultados.  — Pego a xícara de café e percebi que estava trêmula, meu nervoso estava me consumindo, droga!

— Você está bem? — Ele perguntou, fez um olhar preocupado. — Você está vermelha, e está trêmula.

- Estou bem, obrigada, por favor senhor Walker, me chame de Elisabeth. — Disse eu.

— Tudo bem, então, Elisabeth! — O mesmo apertou os olhos. Impossível não ficar trêmula perto dele, a cada palavra, a cada olhar que ele me lança é um tiro de nervoso, é como se eu não tivesse controle.

- Imagino que intimida outras mulheres também.

— O que estamos fazendo aqui agora, é o tipo de coisa que eu não costumo fazer com outras mulheres. — Ele afirmou de forma séria.

- Sério? E porque comigo? Digo, o que o senhor viu em mim? — Pensei, espero que ele não leve isso como um ato grosseiro. — Perdão, o que eu quero dizer é...

— Eu entendi o que quis dizer! — Ele me interrompeu. — Eu vi muitas coisas em você.

- O que seria? — Arquei a sobrancelha

— Eu vejo você! — Ele me respondeu, sem dar uma pausa para pensar, foi uma resposta curta e direta. Eu o encarei tentando encontrar uma reposta, ou qualquer coisa que pudesse quebrar aquele clima, aquelas pequenas palavras foram um gatilho, infelizmente eu acabei travando, porém, correspondi com um sorriso.

— Você tem certeza que está bem? Você não para de tremer. — Ele pergunta novamente, acho que ele já deve ter notado o meu nervosismo.

- Sim, é que, eu não esperava por essa resposta, me desculpa. — Ele sorriu, um sorriso simples de quem parecia estar envergonhado, o que não é o caso dele, está estampado que ele não tem a menor vergonha na cara. Fora isso, ele me tratou muito bem e foi totalmente gentil.
Nós dois ficamos conversando por um tempo, logo fomos em bora e Brayan fez questão de me levar ate a minha casa, mesmo eu dizendo que não era necessário, mas ele insistiu.

— Está entregue! — Falou ele parando o carro.

- Mais uma vez eu agradeço, senhor Walker. — O agradeço e abrindo a porta do carro. Assim que saio do mesmo, olhei para ele que me entregou um: Até amanhã, Elisabeth, boa noite! O respondi e ele foi embora.

Walker -  Vol.1 ( Segunda Edição - Concluído )Where stories live. Discover now