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“Gilberto. Quando mandei preparar as nossas identidades falsas, não foi exatamente para isso”. Reclamei depois que Gil pediu duas doses de tequila dupla para o barman.


“Você acha que eu irei bancar o detetive sem ao menos um pouco de diversão? Tenha dó”. Ele disse, revirando os olhos, aceitou a tequila que o barman serviu e tomou em um gole, fazendo uma careta em seguida. “Vai beber não?” perguntou, apontando para a outra dose.

“Não. Fique á vontade. Alguém tem que ficar sóbrio essa noite”. Respondi, olhando na direção de Sarah e minha mãe. Estavam do outro lado do clube, tinha outras mulheres juntas com elas. “Quem são aquelas?” perguntei, fazendo Gilberto olhar na mesma direção. “É a sua mãe!” falei, segurando o riso.

“Mamãe? Mas ela disse que ficaria em casa a noite toda!” disse Gilberto irritado, ele morria de ciúmes de sua mãe. “Está ela e Katherine”.

“E quem é essa Katherine?”.

“Melhor amiga da mamãe”. Ele se levantou. “Eu vou lá saber o que ela está fazendo aqui e porque mentiu para mim!”.

Segurei em seu braço, fazendo-o voltar. O olhei séria. “Mas não vai mesmo! Está louco? Como vai explicar a sua mãe que está aqui? Vai exibir a sua identidade falsa? Tenho certeza que ela ficará muito feliz com isso”. Eu disse com sarcasmo.

Ele reconsiderou e sentou-se, mas adquiriu uma carranca. “Ainda mais com uma roupa decotada. Ela tem quarenta anos! Onde está com a cabeça?”.

Revirei os olhos. “Deixa a sua mãe, ela está se divertindo muito”. Disse, olhando novamente para direção delas.

“E parece que não só apenas ela”. Ele comentou.

De fato. Todas estavam animadas. Fátima levantou a taça com sua bebida e parecia fazer brinde a alguma coisa. Ela estava bonita, tinha escolhido um vestido de alças para ela que a deixava mais jovial ainda. As outras, a seguiram no drinque. Sarah ria... Comi Sarah com os olhos literalmente... Ela estava de calça legging preta, uma regata folgada com estampa de oncinha, um top preto, e saltos. Os cabelos estavam ondulados... E a maquiagem pesada nos olhos. Ela parecia extremamente feliz. E eu me senti invejosa por não poder compartilhar esse momento com ela.

Senti-me entristecida também... Pela nossa limitação. Se a história fosse outra, poderíamos estar juntas comemorando a noite. Não neste local, até porque Sarah não me deixaria vir pra esse ambiente, mas em qualquer outro lugar. Poderíamos andar de mãos dadas e ser vistas pelas pessoas e não ter nenhum problema com isso.

O clube era enorme. Parecia uma boate. Com jogos de luzes, globos suspensos nos tetos. Gogoboys dançando em gaiolas. E mulheres também. Tinha uma larga pista de dança, que se encontravam algumas pessoas, dançando no ritmo de música eletrônica. Ao redor da pista de dança, tinha algumas mesas espalhadas. E telões pendurados estrategicamente que mostravam alguns clipes da atualidade. O ambiente era escuro, em algumas partes quase não se via ninguém. Era nessas partes que os casais aproveitavam.

“Mona, não olhe agora, mas tem um boy magia olhando pra mim!” Gilberto disse, sorrindo para o lado do boy.

“Você não perde tempo mesmo, não é?” eu ri, deixando dar um tempinho, para depois olhar em direção, fiz uma careta. “Cruzes! Você está precisando de óculos ou a bebida afetou a sua visão”.

Como Tudo Aconteceu • ADP - Sarietteजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें