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Acordei na manha seguinte com uns braços aconchegantes envolta do meu corpo. Abri os meus olhos, estranhando, porém, gostando daquela sensação, quando me deparei com Sarah ao meu lado. Ela já estava acordada e parecia que velava pelo o meu sono.

“Sarah?” perguntei confusa.

“Bom dia, gatinha”. Ela deu um suave beijo em meus lábios. “Como está se sentindo?”.

“Bem...” respondi, então, senti um leve latejar em minha cabeça. “Só minha cabeça que dói um pouco”.

“Então, irei providenciar o nosso café da manhã e darei um analgésico á você”. Disse ela, tirando os braços ao redor do meu corpo e se levantando, porém, eu segurei em seu braço. “Sarah... O que exatamente estou fazendo aqui?”.

Sarah acariciou os meus cabelos. “Você não se lembra? Fomos ao Burger King, então, fizeram uma brincadeira de mal gosto com zumbi, você se assustou, caiu por cima das mesas e bateu a cabeça. Eu te trouxe para cá, cuidei de você e dormimos”.

“Ah...” falei baixinho, me recordando dos acontecimentos. “Obrigada... Gil deve estar morrendo de preocupação”.

“Não está. Liguei para ele, e informei que você dormiria aqui” ela disse, e se levantou, usava um baby doll curto, olhei discretamente o seu corpo. “Expliquei sobre o pequeno acidente, mas pela resposta dele, acho que ele não se focou em minha explicação, se focou apenas na palavra “cama””.

“Típico do Gil...” eu respondi, dando um leve sorriso.

O apartamento de Sarah era pequeno. Então, da cama, eu podia vê-la na cozinha. O seu apartamento era de um vão, que ela tinha dividido graciosamente em compartimentos. O único cômodo extra era o banheiro.

Bocejei, e me espreguicei na cama, gelando-me quando percebi que não estava com minha fantasia. E sim com uma camiseta grandona. Não me recordo de ter trocado de roupa. Levantei-me, e fui para próximo de Sarah. Puxei uma cadeira, e sentei-me. Olhando os seus movimentos rápidos, perguntei como quem não quisesse nada. “Você trocou minha roupa?”.

“Sim. Achei que ficaria mais confortável de blusão. Eu tenho alguns blusões assim, são confortáveis para dormir”. Ela disse, enquanto, preparava os ovos mexidos com bacon.

“E tipo... Você viu...” minha voz sumiu nesse momento.

Sarah virou-se para mim, e respondeu. “Se for o seu corpo, sim. Fiquei surpresa ao perceber que não usava nenhuma roupa de baixo.” O seu olhar foi intenso, porém, ao ver minha vermelhidão, ela mudou de assunto. “Suco de laranja ou café?”.

“Suco de laranja”. Respondi, sentindo o meu estomago retroceder por saber que Sarah tinha me visto completamente nua. E eu estava apagada quando aconteceu.

Eu queria fazer mais uma pergunta, mas me sentia envergonhada. Ela estava completamente alheia ao meu dilema, entretida preparando as torradas. Sarah era realmente muito boa na cozinha, e só confirmei isso, minutos depois que ela nos serviu e sentou-se a minha frente. Provei um pouco dos ovos mexidos com bacon, e suspirei ao sentir o sabor. “Hum... Está muito delicioso!” elogiei, arrancando um sorriso dela.

Café da manhã não era algo que eu tomava com frequência. Não tinha o hábito, mas aquele de Sarah, me fez comer todo e ainda pegar um pouquinho mais. Sarah estava relaxada, enquanto tomava uma xícara de café e lia o jornal, automaticamente recordei do meu pai. Achei que era o momento certo. Então, a chamei suavemente. “Sarah...”

“Sim, meu bem?” respondeu ela, sem tirar os olhos do jornal, parecia compenetrada na reportagem.

“Você...” comecei a falar, mas fiquei muito envergonhada, o meu rosto ficou mais vermelho o possível, dei uma pigarrada para continuar “Gostou do que viu?”. Prendi a respiração depois que perguntei.

Como Tudo Aconteceu • ADP - SarietteWhere stories live. Discover now