⛓Paul aflito⛓

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Semanas se passaram, Lavigne e Embry estavam sempre juntos, exceto quando Paul estava junto, no entanto a vampira não o via há dias e ela cogitava ser normal.

Em específico, hoje, sua ausência estava sendo sentida na praia La Push.

ー Onde está o Paul? ー Lavigne vasculhou toda praia em busca de rastros do amigo.

ー Não sei. ー Embry respondeu segurando sua mão.

- Eu não o vejo há três dias. - pontuou Jared, pensativo.

ー Se importa se eu for procurá-lo? - Lavigne virou-se para Embry.

ー Nem um pouco.

ー Nos vemos depois. ー ela deu um selinho nele e saiu correndo atrás do odor de Lahote.

Lavigne podia sentir a tristeza do seu amigo há quilômetros, a conexão entre os dois fazia com que ela soubesse e sentisse tudo que acontecia com o seu melhor amigo.

O odor de Paul era nítido na trilha da floresta que seguia para sua casa. Lavigne maneirou as passadas quando avistou a pequena casa do Lahote.

Coisas ruins aconteceram com o amigo naquela casa, a energia negativa ainda era existente nela por mais que ela e Paul tenham feito uma boa reforma.

A porta se escancarou com um guinchar, alertando que alguém estava adentrando na casa.

Lavigne não precisou checar nenhum outro cômodo para saber onde encontrá-lo, ela disparou escada acima.

Ela girou a maçaneta e abriu a porta, revelando o cômodo que um dia foi um quarto do quileute, o quarto estava todo posto abaixo, mas Paul não estava presente ali.

Lavigne sentiu um aperto no peito. Seu amigo precisou dela, quando ela estava feliz demais, por isso detestava tanto dar sorrisos sem que fossem causados por seu melhor amigo. Paul O Lahote.

Lavigne se sentiu a pior pessoa do mundo. A pior melhor amiga que Paul poderia ter tido. Ele estava sofrendo, mas ela não sabia porquê ou melhor... por quem?

Um uivo rasgante chegou aos ouvidos apurados da Cullen, que se levantou num átimo dos degraus da escada e correu para a frente da casa.

ー Paul? ー se tivesse um coração de verdade bombeando sangue dentro de seu peito, Lavigne poderia afirmar que o sentiu falhar quando o viu naquele estado.

Paul estava devastado e nu sob o temporal que rasgava o céu da reserva.

Lavigne correu até o amigo caído e segurou seu rosto entre as mãos, não se importando com sua nudez.

ー Paul! Paul, fala comigo! O que aconteceu?

ー Só me abraça, por favor. ー os olhos perdidos do quileute encontraram os de Lavigne, que o protegeu dentro de seu abraço. ー Eu preciso de você, Lavigne. ー a voz embargada de Paul foi o ápice para a Cullen se desmanchar em lágrimas, ela não podia vê-lo naquele estado.

ー Eu vou cuidar de você, Paul. Eu prometo. ー Lavigne o apertou mais contra seu corpo, permitindo que a chuva os molhasse.

Os minutos sob a chuva incessante e fria estava causando arrepios inebries em Paul, que não movia um centímetro de seu corpo, apenas queria estar dentro do abraço de Lavigne.

ー Paul, a gente precisa entrar ou você vai acabar tendo uma hipotermia.

ー Eu sou um ferrado e estou destruindo você, Lavigne. Vai embora, antes que eu a machuque.

ー Então machuca. Paul, você é o meu melhor amigo, eu nunca sairia do seu lado. Você é o Paul O Lahote, o meu Paul O Lahote. ー Lavigne pressionou os lábios, enquanto tentava enxergar os olhos sombrios e sem vida de Paul sob a chuva que os encharcava. ー Vem, Paul, me ajuda a te ajudar. ー Lavigne tentou levantá-los, mas não conseguiu. ー Vem comigo, amigão. Eu também preciso de você agora. ー Paul se pôs de pé com certo esforço, Lavigne o agarrou pelo meio antes que atingisse o chão novamente.

A garota o deixou no banheiro recebendo uma ducha de água quente e foi tentar fazer o antigo quarto de Paul voltar a ser um quarto.


⛓️🌘⛓️

ー O quê foi, neném? ー Lavigne acariciou os cabelos úmidos de Paul, enquanto ele tomava uma xícara de chocolate quente. ー Você tá parecendo um beberão, Paul O Lahote. ー ela o zoou e arrancou um riso nasal do amigo.

Eternal Flame ー Embry Call [1]Where stories live. Discover now