⛓Paul⛓

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Lavigne estava espraguejando Paul O Lahote por não ter dado as caras, quando todos já sabiam de sua volta e haviam lhe dado às boas vindas.

Prometeu a si mesma que assim que o visse, bateria nele até perder a consciência.

O cheiro peculiar e característico de Paul, lhe fizeram parar e encará-lo.

Lavigne sabia que ele havia sentido sua presença, sentido seu cheiro, mas ao invés de esperar sua aproximação, decidiu dar as costas e começar a andar.

ー Paul? Você está fugindo de mim? - o garoto parou de andar e se virou.

ー Oi, Lavigne. — ele sorriu omisso e cerrou as mãos em punhos. — E-eu...

Imediatamente a vampira certificou-se de que algo estava fora de sentido.

ー Você estava fugindo, Paul. — constatou a Cullen, incrédula.

ー Não era bem isso. — Paul respondeu fitando algo além de Lavigne.

ー Poxa! Eu pensei que ainda tivesse um amigo.

ー E você tem. É só que...

ー Que o quê?

Não tinha sentido ele estar fugindo dela, embora ela e Embry tivessem decidido iniciar uma amizade, não significava que Paul estaria em segundo plano.

ー Que agora quem precisa de um tempo sozinho sou eu. — respondeu o lobo, tristemente, receoso.

ー Como assim? O quê houve?

ー Eu... Não é fácil dizer.

ー Por quê não tenta?

ー Porque assim que eu disser, você vai me matar e ainda corro o risco de você nunca me perdoar.

Lavigne riu, pois nunca na vida ficaria magoada com aquele lobo idiota, que ele era sua pior dor de cabeça que ela hoje não vivia sem.

ー Eu não machucaria você nem se eu quisesse, Paul.

ー É diferente.

ー É tão grave assim? — inqueiriu ela, preocupada.

ー É melhor eu ir andando. — Paul deu as costas, pronto para sair dali.

As mãos frias de Lavigne se fecharam em torno do pulso de Paul, que olhou para o gesto e franziu os lábios.

ー Paul, confie em mim. Me conta, o que está acontecendo? É sobre a Rachel? Vocês voltaram é isso? Porque se for, saiba que eu não...

ー Não! — a cortou, afastando-se de seu toque. — A Rachel não tem nada a ver com isso. Ela até tentou me ajudar.

ー Então o que é? Eu já estou ficando nervosa.

ー Nervosa você vai ficar quando eu contar. Eu não quero estragar nossa amizade.

ー Você já está estragando. — murmurou pesarosa.

ー Aah! — ele chutou uma pedra para longe, exaltado. — Dane-se! Lavigne, eu sabia que Embry estava vendo a gente o dia que te beijei.

ー O quê?!

ー Acontece que eu sabia que você cederia facilmente a ele, a ideia de ficar sem você me deixava louco.

Ela queria pular nele e quebrar sua cara até ele dizer que havia inventado tudo aquilo, mas ele ainda era seu amigo.

ー Paul, seu desgraçado. — sussurrou incrédula. — Você não tinha o direito de...

ー Eu só não queria ficar sem você!

ー Você não soube dar valor a nossa amizade, seu idiota!

ー Lavigne, me perdoa. Eu teria evitado tudo isso, mas eu precisava ter certeza de uma coisa.

ー Certeza de que coisa, Paul?

ー Que eu não estava me apaixonando por você, droga!

ー Isso não é possível! — ela negou e recuou alguns passos.

ー Eu não pude evitar. Estávamos sempre juntos, éramos inseparáveis, sempre Paul e Lavigne, Lavigne e Paul, éramos cúmplices, você me impedia de acovardar quando precisei de ajuda... E eu também já te vi de lingerie, caramba. Apesar de tudo eu ainda sou homem, droga.

ー Paul!

ー É só que de repente o lance do imprinting atrapalhou tudo e eu tive medo, medo de te perder.

ー Perder o que nem era seu, Paul. Mas que merda, Lahote!

Eternal Flame ー Embry Call [1]Where stories live. Discover now