Capítulo 26

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Janeiro de 2007. Nem acreditei que tudo havia passado tão rápido.

As coisas estavam... Quietas demais. Quando Dean havia apontado aquilo, eu achei que não era nada preocupante, mas semanas se passaram e as coisas continuavam quietas. Segundo Bobby, não havia sinal de demônios em lugar nenhum e aquilo nos deixou apreensivos.

Era hora de cair na estrada de novo, precisávamos falar com Bobby e entender o motivo de tudo estar tão quieto. Decidimos ir todos no Impala, depois de nos assegurar de que o sistema de segurança da casa, além do nosso próprio, preparado por Sam e Dean à moda do pai, estava funcionando plenamente. Fizemos as malas, nos armamos até os dentes e começamos nossa viagem do Kansas para a Dakota do Sul.

Não era uma viagem tão longa, mas definitivamente precisávamos de paradas, considerando que Dean estava dirigindo à noite e estávamos no inverno, então paramos em uma lanchonete de beira de estrada. Enquanto Dean nos esperava no carro, Sam foi fazer os pedidos e eu fui ao banheiro me aliviar.

Eu estava lavando as mãos quando as luzes começaram a piscar e um forte cheiro de ovo podre ficou no ar. Eu sabia o suficiente para deduzir que quando as luzes piscavam ou era um fantasma ou era um demônio, mas cheiro de ovo podre era de enxofre, e só demônios deixavam aquele cheiro.

Quando saí do banheiro e voltei para a área das mesas, o cheiro de enxofre estava ainda mais forte, e os clientes que estavam ali... Todos mortos.

– Sam?! – comecei a procurá-lo.

Dean logo entrou na lanchonete, afoito, também percebendo algo errado.

– Cadê o Sam?

– Não sei! – respondi enquanto procurava na cozinha, onde também só haviam mortos.

– O que aconteceu?

– Não sei, Dean! Eu fui ao banheiro e as luzes começaram a piscar! Quando eu saí, me deparei com isso! – me referi ao banho de sangue.

Ele abriu a porta dos fundos, chamando por Sam do lado de fora, mas não obtivemos nenhuma resposta. Não havia ninguém ali além de nós.

– Só pode estar de brincadeira... – Dean cobriu o rosto com as mãos, depois de perceber um rastro de enxofre.

– Calma, a gente vai encontrá-lo – disse enquanto pegava meu celular para ligar para o telefone de Sam.

Dean ligou para Bobby para avisar sobre o que havia acontecido. Sem saber o que mais poderíamos fazer, avisamos a polícia sobre o incidente e fomos embora, Dean acelerando o máximo que podia até Sioux Falls.

Eu tentei ligar para todos os números de Sam, mas eu não era atendida por nenhum deles, o que me fazia pensar que mesmo que tentássemos rastreá-lo, não conseguiríamos encontra-lo. Só me restava ligar para Alice.

– Como assim, ele sumiu? – ela perguntou em choque. – Bella, eu estava de olho no futuro de vocês e não vi nada de errado!

– Tem demônio envolvido nisso, então talvez deva ser essa a razão de você não ter visto nada. Talvez eles não apareçam nas suas visões.

– Eu sinceramente não sei dizer mesmo, nunca me deparei com um em toda a minha vida. Vou tentar encontrá-lo. Se vocês continuarem sem notícias, me liga e iremos até vocês pra ajudar.

– Tá bem, obrigada, Alice. Nos falamos depois.

– Espero que o encontrem logo – e desligou.

– Nada? – Dean perguntou sem tirar os olhos da estrada.

– Não, ela disse que não viu nada de errado nos nossos futuros.

WaywardWhere stories live. Discover now