Capítulo 40

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aviso de gatilho: tortura e morte

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– Achou mesmo que tinha acabado? Que mataria nossos companheiros de batalha e ficaria por isso, sua peste?

Eu me pegava pensando naquela pergunta enquanto era forçada a me deitar em uma ''cama de madeira'', com as mãos e pés amarrados, somente de calcinha e sutiã em uma sala quente como um forno. Minha curiosidade mórbida me fez procurar por métodos de tortura medievais uma vez, motivo pelo qual eu sabia que aqueles demônios estavam prestes a começar uma sessão de estiramento comigo.

Eles estavam mais espertos, eu tinha que admitir. Estavam usando luvas grossas, tendo o cuidado de não deixar que eu esbarrasse em alguma parte deles que não estivesse coberta. Os feiosos estavam aprendendo, ou apenas tinham se preparado por saber o que eu era.

– Então – um demônio se aproximou da cama. – Vou lhe dar a chance de começar a falar antes de começarmos a te deixar mais alta – riu maliciosamente. – Como você matou nossos companheiros?

– Eu não matei seus companheiros.

Ele ergueu o indicador, sinalizando aos outros, no que as cordas começaram a ser puxadas. Senti minha nuca se arrepiar e fechei os olhos.

Não posso ceder aos demônios, preciso ter fé, preciso...!

Senti meus pulsos e tornozelos se apertarem, e meus braços e pernas foram forçados a começar a se distender.

– Eu não...! Matei...! Seus companheiros...!

– Nós já sabemos o que você é. Você é rara, a última do seu tipo. Inveja nos falou de você, e a palavra se espalha rápida entre nós. Particularmente nunca tive a chance de quebrar um santo, mas há uma primeira vez pra tudo, não é?

– Eu não matei seus companheiros – engoli a seco. – Juro por Deus, eu não os matei, nós apenas os exorcizamos!

– Sei, sei... – ele circundou a cama até o outro lado. – Então eles magicamente caíram mortos com suas gargantas cortadas depois de você e Sam Winchester darem as caras, é isso?

– Eu não tenho todo esse poder! Eu estou falando a verdade! – insisti.

Ele sinalizou de novo para os outros demônios puxarem as cordas novamente e eu não consegui conter um grito daquela vez.

Eles não virão.

Aquele pequeno fato incômodo precisava ser relembrado.

Era um teste e eu não podia falhar. Nós não receberíamos ajuda.

Mas eu nem sabia o que precisava fazer para superar aquele teste, para começo de conversa. Nem sabia onde Dean estava ou o que estavam fazendo com ele, mas eu só podia rezar a esperar que ao menos ele fosse salvo.

Deus, me dê forças. Me ajude a continuar digna da confiança dos céus. Não me permita quebrar, não me permita falhar.

As lágrimas vertiam livremente enquanto eu berrava com toda a força dos meus pulmões, meus músculos sendo puxados ao limite e mais um pouco cada vez mais.

– Inveja nos contou um segredinho muito interessante. Nos contou que vocês, Santos Guerreiros, são instruídos por arcanjos. Quem é o seu? – o demônio, com uma faca em mãos, começava a percorrer a lâmina em meu colo, o sangue não demorando a verter. – Sabemos que o nosso senhor Lúcifer certamente não é – ele sorriu. – Então quem? Miguel? Rafael? Gabriel? Nos diga quem é, Santa Isabella, e nós a pouparemos. Esse negócio de morrer em nome da fé é balela. Não vale a pena. Se eles realmente se importassem com vocês, nós estaríamos todos mortos.

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