Capítulo 59

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Nós precisávamos de um plano melhor.

Eu não podia ir com eles. Eu chamaria atenção demais assim que estivesse perto da casa que Ruby identificou como o esconderijo de Lilith.

Eu seria uma distração e tiraria os demônios do caminho deles para que pudessem chegar nela mais rápido. Paramos pouco antes de entrar na cidade.

– Bella, essa é uma péssima ideia – Dean tentou me dissuadir enquanto eu pegava minhas coisas. – Eles vão todos pra cima de você de uma vez! Da última vez você saiu com as costelas quebradas!

– Da última vez era um da pesada. Lilith espalhou capangas, eles são fichinha, então eu me viro com eles.

– Bella...!

– Dean – me virei para ele. Larguei minha mochila no chão por um momento, e sorri para ele. – Me deixa ser útil, por favor. Esse é o meu trabalho, lembra? Eu preciso que confie em mim como eu confio em você. Pode fazer isso uma última vez?

Ele desviou o olhar, claramente contra a coisa toda. Me aproximei dele, segurando seu rosto, nos encarando por um momento.

– A gente vai conseguir. E se, somente se, a gente não conseguir, eu vou dar um jeito de te tirar de lá, ouviu? Eu te amo.

– Também te amo.

Nos beijamos uma última vez, o que foi difícil e insuportável de fazer, considerando que talvez fosse a última vez.

– Nos vemos lá – forcei um sorriso, pegando minha mochila no chão e indo para o carro do Bobby.

– Certeza? – ele me perguntou quando eu entrei.

Apenas assenti, tentando não chorar.

Bobby dirigiu rapidamente, nós dois entrando em New Harmony primeiro. O tempo inteiro eu rezava à Gabriel, dizendo onde estávamos, e o endereço da casa, e eu não ouvia nada em resposta. Nem mesmo quando rezei para Castiel.

Por que eles não estavam vindo?

Enfim chegamos na área residencial onde a diaba fazia sua residência. Bobby e eu tomamos caminhos diferentes. Ele precisava fazer a água dos sprinklers ser benta para nos dar mais tempo quando fosse preciso, e para isso ele precisava encontrar a casa certa.

Percebi, horrorizada, que todas as cinco casas dentro daquele círculo estavam fedendo à enxofre. Eu precisava ser rápida, precisava me superar de todas as maneiras se queria salvar o meu marido.

Entrei de fininho na primeira casa, matando os três demônios que se passavam por uma família. A segunda casa me deu mais trabalho, era uma família de seis.

E haviam crianças possuídas por demônios.

Eu não podia deixar crianças morrerem após a limpeza.

Tive que usar minha graça para curá-las, assim como seus pais, e mandei que cobrissem todas as janelas e portas com sal grosso e não saíssem de suas casas até que fosse seguro.

Então, na terceira, eu dei de cara com um monte de corpos.

Ruby me colocou contra a parede.

– Você tá fazendo muito barulho – ela sussurrou. – Os demônios nas outras casas já perceberam a sua entrada e saída, sua idiota.

– Podia ter avisado que estava aqui e me ajudado com isso – reclamei. – Qual é o seu problema, hein?

– Você não tá entendendo, santinha. Os demônios dentro das casas não são os únicos e eles podem chamar os outros que estão espalhados pela cidade. Acha mesmo que vai conseguir matar todos eles desse jeito? Você não é forte o suficiente.

WaywardWhere stories live. Discover now