Capítulo 51

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Sam e eu estávamos na biblioteca de casa, lendo alguns livros que Bobby tinha emprestado a respeito de demônios, tentando encontrar uma forma de evitar que o Dean morresse sem que isso custasse a vida do Sam.

Mas não havia nada, o que me levava a crer que realmente não tinha o que fazer.

Porque, se tivesse uma forma de evitar, talvez Gabriel já tivesse mencionado e nós teríamos botado a mão na massa.

O que os anjos não estavam contando à nós?

Fechei o livro e me levantei.

– Tudo bem? – Sam me olhou, deixando os livros de lado.

Eu fiz que não com a cabeça, cruzando os braços. Tínhamos quatro meses para tentar salvar Dean, e no fundo do meu coração eu sabia que não conseguiríamos, mas eu não tinha coragem de dizer isso a Sam, e muito menos ao Dean.

Porque era um fato que eu não queria encarar.

– Bella?

Dean estava na cozinha, animadamente preparando um bolo de aniversário pra mim. Da última vez que tinha feito um bolo, no aniversário de Sam, fizemos uma festa do caramba, chamando Bobby e Ellen, e até Gabriel tinha vindo. Todos, exceto eu, encheram a cara e ficaram trocando histórias de casos antigos que tinham resolvido.

Mas eu estava nervosa demais para sequer pensar em comemorar, sentindo meu estômago revirar.

– Bella, você tá pálida – Sam se levantou, se aproximando para segurar minha mão. – Tá ficando gelada de novo. Senta, por favor.

– Não, eu... – engoli a seco. – Preciso dar uma volta, tomar um ar fresco pra melhorar meu estômago.

– Tá, vou com você.

– Não precisa, sério, posso ir sozinha.

– Não vou deixar você andar por aí com a pressão baixa, Bella. Eu dirijo. Aliás, tem uma coisa que eu preciso tirar a limpo antes que eu fique doido. Vem.

Subimos para o andar da cozinha, e aparentemente eu não conseguia esconder bem a minha cara quando passamos, porque Dean logo quis saber onde estávamos indo. Sam foi mais rápido que eu para responder.

– A gente vai na farmácia – ele disse, no que eu franzi o cenho. – Vou ver alguma coisa pro estômago da Bella.

– O que cê tem, amor? – Dean perguntou preocupado.

– Só um enjoo de nada, não precisa se preocupar. A gente volta logo.

– Mas...

Antes que ele pudesse fazer mais perguntas, fomos para a garagem. Sam entrou no Impala e eu entrei do lado do carona, baixando a janela para sentir o vento no meu rosto assim que o carro avançou para a rua.

– Então, quantos meses?

Franzi o cenho, me virando para encará-lo.

– Como é?

– Você me ouviu. Quantos meses?

– Não tá achando que eu tô...?

– Eu tenho quase certeza – ele respondeu levemente irritado.

– De novo isso, Sam? Já disse que eu não tô.

– Olha só, não é de hoje que a sua pressão cai do nada e que você fica enjoada, sem falar do que rolou lá na delegacia. Eu não sou cego, não, pode falar.

– Eu. Não estou. Grávida.

– Então como você me explica o negócio com enxofre?

– Tá de brincadeira, cara? Pelo amor de Deus.

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