15ºCapitulo

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As palavras do Harry ficaram presas nos meus ouvidos pelo que pareceram horas até eu poder voltar a respirar normalmente, os meus olhos subiram para o seu rosto e franzi a testa, será que ele realmente tinha dito o que eu ouvi? Ou toda esta confusão na minha cabeça está a fazer-me ouvir coisas?

-O quê?- Murmurei.

-Tu ouviste-me Sophia, o facto de te desculpares já vale muito, mas não apaga nada.

Acho que sempre fui uma pessoa pacífica, mesmo quando vejo pessoas a fazerem mal a outras, tento falar com elas em vez de gritar, tento sempre o amor como a melhor via, mas de repente a única coisa que parece correr no meu peito é raiva.

-O teu plano era esse? Fazeres-me ceder para depois deitares o que te disse para o lixo?- Abano a cabeça freneticamente e levanto-me, ele tenta chegar-me ao braço mais sacudo-o de mim, não querendo que ele me toque. Era tão óbvio.

-Sophia...- Ele avisa-me com aquele tom perigoso que usava sempre que eu cruzava a minha da sua paciência.

-Não! Nada de Sophia aqui, custa-me pedir te desculpa, e sei que fiz mal em ter-me ido embora, mas pelo menos reconheço isso, mas então e tu Harry? Quantas vezes naquele dia te pedi para irmos embora, sabes que mais? Chega-me desta merda, chega-me de ter que estar constantemente a pensar que fiz mal, porque sabes uma coisa? Não sou perfeita, tens essa imagem minha na tua cabeça de que faço sempre tudo bem, ou de que fazia...mas não faço, não sou assim tão boa, erro quando tenho que errar, e por favor quem és tu para me julgar? Posso ter ficado longe por três anos, mas nunca cheguei a casa bêbada, nunca disse coisas como "rasgar a tua virgindade" porque é que por uma vez eu não podia simplesmente errar sem parecer uma cabra egocêntrica? Porquê?!

Por esta altura os olhos do Harry fitam-me atónicos e as lágrimas escorrem pela minha cara com tanta força que me chega a doer, o meu coração parece querer saltar-me do peito por finalmente lhe estar a dizer o que quero.

-Porque no final Harry, fossem os teus erros maiores ou menores que os meus, eu perdoei-te sempre.- Limpo o rasto de lágrimas da minha bochecha.

-Soph...- O meu nome nos seus lábios parece quase o ar de que ele precisa para viver. Mas é mentira, a única coisa de que ele precisa agora é de vingança.

E antes que eu posso voltar sequer a pensar ele agarra a minha cara nas suas mãos e beija-me com força, chupando o meu lábio inferior enquanto arquejo de surpresa e ele me guia ás apalpadelas contra uma parede, ele força o meu queixo e abre-me a boca para a explorar, o território tão perdido como conhecido. Fico parada sem saber onde colocar as mãos, enquanto o meu corpo começa a reagir ao assalto e as borboletas no meu estômago parecem ganhar vida como não ganhavam á anos.

As mãos do Harry percorrem as minhas costas, passando pelo meu rabo massageando-me as coxas quando me levanta e me embrulha á volta dele, gemo na sua boca e começa a andar comigo ao colo enquanto os meus dedos voam para o seu cabelo e os meus lábios descolam dos seus e procuram a pele do seu pescoço, chupando delicadamente.

-Fodace que se dane esta merda toda.

Ele quase urra quando abre uma porta e a fecha com o pé, a próxima coisa que sinto é o meu corpo a ser deitado numa cama, ele desaperta a camisa e olho para enquanto o vejo desembaraçar-se da roupa e a seguir sentar-se em cima da mim, com os joelhos de cada lada da minha cintura apoiando-se nos joelhos para não me magoar. O Harry olha para mim e sorri enquanto se baixa e me beija novamente, enquanto as suas mãos procura a bainha da minha camisola e ele a puxa por mim, atirando-a para um sitio qualquer.

As suas mãos são frias contra a pele do meu estomago e inclino-me contra ele gemendo ligeiramente quando ele passa os dedos hábeis pelas minhas costas e me liberta do soutien, puxando-o lentamente pelos meus ombros causando-me arrepios.

Vision 3 - The SentenceOnde histórias criam vida. Descubra agora