Quando tento tocar o pequeno saquinho de veludo Ave grita o que me faz olhar zangada para ela.
-Deus o que foi!- Censuro.
-Não lhe toques.- Ela abana as mãos enquanto tira o telemóvel do bolso.
-O que é que vais fazer?- Murmuro beixinho, nem sei porque estamos a falar baixinho.
-Estão a esconder diamantes na nossa casa e queres que fique quieta? Vou ligar á polícia.
-Não!- Meu Deus, ela é tão preocupada sobre tudo.
-Isso custa mais do que as nossas vidas, as pessoas fazem contra bando destas coisas Sophia.
Caminho até ela e tiro-lhe o telemóvel da mão, depois olho diretamente para o brilho infinito do diamante, ligo a lanterna do telemóvel dela e aponto-a para o cristal, as luzes espalham-se e refletem-se pelas paredes e sorriu.
-Se o estivessem a tentar esconder seriam mais inteligente do que coloca-lo na minha cama. Isto foi posto ali de propósito.- Avanço e apanho o saco apertando o cordel á volta dela.
Um espirro no quarto e viro-me para Ave a rir.
-Não quero ser má.- Ela coça o nariz.- Mas achas que anda algum príncipe da Arabia Saudita atrás de ti?- Ela retira a bolsa da minha mão.
-Dá-me duas horas e dou-te a resposta.- Sorriu, uma vaga de esperança e horror enchem o meu peito.
Um diamante solto dentro de uma bolsa de veludo, nada podia ser mais diferente, bizarro e assustadoramente tentador ao mesmo tempo.
-Tu achas que foi ele?- Ave lê os meus pensamentos.
-Não sei.- Sei.- Mas não quero ficar aqui em casa e acreditar que ele se esqueceu.
Ela deixa cair os lençois que acabou de apanhar e olha para mim com olhos esbugalhados, abana a cabeça freneticamente e começa a andar de um lado para o outro como que se isso explicasse a falta de palavras.
-Não queres ficar aqui? Como assim?
-São onze da noite, ele já deve ter voltado.- Abano a cabeça com esperança, assim que o vir ele pode esclarecer-me.
-Hey Soph homens como ele não estão despachados em vinte e quatro horas quando tem um problema deste tamanho.
Sei que ela me está a tentar chamar á terra, mas neste momento preciso de saber exatamente onde tenho que o encontrar, ele sabe que nunca faço a cama de manha, ele sabe que a ajeito antes de me deitar, então ele sabia que era provável que eu só conseguisse encontra-lo agora.
-Posso ligar para a empresa?- Peço.
-Eles não te dão informação sobre o dono da empresa Sophia, eles não sabem quem tu és, ou que tipo de relação manténs com ele.
Tento novamente o número de telemóvel dele mas vai parar á caixa de correio. O meu coração bate com tanta força contra o meu peito que me sinto ficar estática, é uma sensação profunda no fundo do meu estomago, é uma sensação perigosa no peito. Se há algo que eu aprendi sobre estar apaixonada por Harry Styles é que tu nunca sabes o que vem a seguir, e isso foi algo que eu aprendi a gostar, da excitação do desconhecido, no orgulho interior que explode em mim em mim por poder olhar para ele da maneira que olho, na maneira como sou a única a olhar, porque sou a única que o conhece tão bem como ele se conhece a ele mesmo.
-Tudo bem, apenas para com esse olhar de quem vai derreter.- Ela suspira e retira o telemóvel do bolso novamente, marcando o numero.
-Boa noite, é Miss.Wilson... sim, eu precisava de saber se Mr.Styles se encontra nas instalações...é muito importante eu preciso de lhe entregar um relatório...não, não desligue, é sobre a visita dele a Chicago, tenho a papelada aqui comigo, vou mandar alguém entrega-la...muito bem obrigada, boa noite.
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Vision 3 - The Sentence
FanfictionSentado, numa cama de hospital, sozinho, ele lembra-se da ultima vez que se sentiu assim, abandonado. Fecha os olhos e lembra-se da mãe, depois reage como sempre reagiu. Com raiva. Porque se ela se tinha ido embora, ele tinha ficado, e se ela achava...