43ºCapitulo

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No momento em que o meu coração desacelera um pouco sorriu para a menina e coloco a carta dentro da minha mala.

-Obrigada, foi o melhor presente que alguém me deu hoje.- Beijo-lhe a bochecha e ela sorri.

-Quais foram os teus presentes?- A pergunta sai tão entusiasmada quando podia sair de uma menina de cinco anos.

-Não sei ainda, a Ave deu-me este anel bonito.- Mostro-lhe.- E o teu claro, não digas á Ave mas o teu foi muito melhor.- Pisco-lhe o olho.

-E os teus pais? E o Harry?- Ela pergunta distraída enquanto mexe no meu cabelo.

-Vou jantar com os meus pais, por isso ainda não tenho nada.- Encolho os ombros.

-Hum.- Ela levanta-se e vai até á cama onde se senta, depois bate com a pequena mão na colcha e riu-me enquanto me sento.

-Onde está o presente do Harry!- Ela coloca as mãos nas ancas.

-Estas muito interessada.- Despenteio-a.

-Ele vai dar-te uma daquelas malas caras? Ou um vestido?- Os olhos dela brilham quando a palavra "vestido" surge.

-O presente dele está aqui.- Coloco a mão dela no seu próprio coração.- Há pessoas que não precisam realmente de te dar nada, porque parece que já te dão tudo.- Murmuro.

Ela franze a cara e desajeitadamente salta da cama.

-Então quer dizer que ele já te deu uma prenda.- Tenho que me rir, porque é que uma miúda de cinco anos ia realmente perceber o que eu disse?

-Não.- Sorriu.

-Então ele é mau.

-Talvez.- Nós as duas estamos num jogo de tentar não rir, mas de repente um guincho salta da sua boca.

-Tu estas a usar aqueles sapatos!- Ela salta no seu lugar e eu abano os sapatos bonitos e que foram extraordinariamente baratos na Old Navy.

Salto da cama e coloca-me de joelhos para ficar da altura da menina á minha frente, passando uma mão para trás de mim retiro os sapatos com cuidado e coloco-os no chão.

-Queres experimentar?- E parece vento enquanto ela se descalça e se coloca em cima dos sapatos, os seus pés deslizam até ao fundo deixando imenso espaço para cima mas ela parece divertir-se.- Vamos dar uma volta com eles. Agarra a minha mão para não cair.- Murmuro-lhe.

Quando me despeço dela prometo regressar na sexta á tarde. Á medida que caminho até ao sítio onde combinei com Ave sinto-me ficar ainda mais desanimada, e talvez um pouco preocupada. Por um lado sinto-me frustrada comigo mesma porque passei estes últimos três anos sem ele no meu aniversário, na realidade fez exatamente três anos desde que fui embora quando o vi pela primeira vez aqui. Ele foi tão pontual.

Por outro lado sinto-me preocupada de que ele esteja mesmo numa situação difícil e que sem isso talvez ele estivesse aqui comigo.

-Olá. Parabéns!- A Ave vira-me para ela, e o sorriso na sua face, o sorriso que quase parte a cara dela em dois dá-me vontade de vomitar.

-Tresandas a hormonas tensas recém-acalmadas.- Franzo o sobre olhos.

Ela para a caminhada e olha para mim de olhos muito abertos.

-Oh deixa-me dizer-te que és muito mais evidente que eu!

-Pelo menos eu não despacho a minha amiga para ir ter sexo alucinante a meio da tarde.- Sussurro baixo.

-Invejosa.- Ela ri-se.

-Não interessa, é o meu aniversário, posso ser o que quiser.- Encolho os ombros.

Vision 3 - The SentenceUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum