71ºCapitulo

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O Harry beija-me suavemente e os dedos frios acariciam o lóbulo da minha orelha, arrepios correm através de mim, e poiso a minha cabeça na minha mão desfrutando da sensação. Talvez ele tenha razão, talvez a Ave esteja pronta para dar o próximo passo e talvez eu também devesse estar, mas alguma coisa me prende aqui. Penso que talvez seja o medo de voltar a passar por tudo outra vez, de me enganar outra vez, de voltarmos a ter uma daquelas lutas que fazem o chão tremer.

-Podes escolher.- Ele sussurra enquanto me beija os cantos da boca.

-O quê?

-O que tu quiseres, a casa, o sitio...

Fecho os olho se suspiro é difícil pensar quando ele me beija e me faz perguntas que precisam de concentração. Os meus dedos suavemente acariciam os cabelos macios e ele senta-se ao meu lado.

-Não quero viver em tua casa, nesta onde estás agora, e não quero saber que és o único a pagar por uma casa...

-Podes pagar a televisão, ou a conta do netfilx.- Ele ri-se e detesto não conseguir deixar de segui-lo.

-Muito generoso.- Reviro os olhos.

-Pensa que vamos encontrar um sítio novo os dois, não um sítio onde vamos estar por obrigação. Quero que sejas feliz numa casa onde vais viver comigo.

Os nossos olhos estão perdidos um no outro e não posso deixar de reparar da cicatriz na sua maçã do rosto, o meu dedo cuidadosamente passa a saliência mais clara que o seu tom de pele. Uma casa onde me sinta segura, que possa partilhar com o Harry, onde o nosso passado não nos bata á porta a cada passo que damos, onde não hajam mais memórias sombrias, uma casa em que não me importe de andar pelos corredores durante a noite.

-Parece que já aceitei esta proposta vezes de mais.- Murmuro e deixo cair a mão par ao meu colo.

-Parece que já te propus isto vezes demais, quero estar contigo Sophia, foste a única pessoa que me fez ver o mundo de outra maneira, és a única pessoa que tolero por mais de dez minutos sem me fartar, és a única mulher que conheci que me irrita e me faz rir em menos de dez segundos, se isso não significa que te quero, não sei o que pode fazer.

Os meus lábios soltam-se e sorriu, ele parece sempre tão jovem quando de alguma maneira diz este tipo de palavras, quando abre o seu coração para que fique vulnerável para que eu o ame ou magoe. Quero ama-lo, quero ama-lo intensamente.

-Amo-te.- Sussurro contra os lábios dele. As nossas bocam chocam uma na outra e a língua dele trespassa-se com voracidade, as minhas mãos estão no seu cabelo e ele aperta-me a cintura trazendo-me para cima dele enquanto se deita. A minha boca deixa a dele e beijo delicadamente o queixo dele, ouvindo-o suspirar quando o mordisco e começo a descer até ao pescoço, os dedos dele cravam-se no meu rabo e sou impulsionada para cima com um gemido profundo.

As minhas mãos exploram a sua camisa até ao cinto e liberto-o, os meus dedos tocam a sua barriga e o seu peito enquanto a minha língua circula num ponto abaixo da sua orelha. Quando os dedos dele vão para a frente das minhas calças o meu telemóvel começa a tocar. Estou tão focada na pressão que a calças dele fazem contra mim, e no barulho que as nossas respirações fazem que passado alguns segundo é que a coisa me bate.

-A minha entrevista.- Sussurro e tento desprender-me.

-Não! Fica aqui.- O Harry implora e quando volto a tentar sair ele aperta-me e gira-nos ficando eu por baixo, o alto nas calças dele esfrega-se contra o meio das minhas pernas fecho os olhos, a minha boca está aberta e nenhum som sai.

-Preciso mesmo de atender.- Sussurro com a voz rouca, quando a mão dele captura os meus pulsos e os mantem presos acima da minha cabeça.

-Não agora, não quando estamos na cama.

Vision 3 - The SentenceWhere stories live. Discover now