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Stayce Silver

Depois de mais um dia cansativo e irritante de aula, eu fui andando até o Starbucks, precisava comer algo urgente.

Entrei no local ouvindo o sininho irritante soar em cima da porta.

Tudo pra mim estava irritante hoje. Talvez seja tpm dando as caras.

O bom era que, meus pés estavam sem as bolhas, somente estavam meio inchados. Estava louca pra voltar a treinar.

Me sentei na mesa da frente de três adolescentes que estavam ali. E me senti observada, mas ignorei. Peguei meu celular começando a mexer no mesmo.  Me senti observada novamente.

Olhei para um garoto que estava na mesa da frente, ele me encarava, encarei de volta sustentando a troca de olhares. Mas ele me parecia bastante familiar... Arregalei os olhos ao reconhecer ele. Puta merda, só pode ser brincadeira. Desviei o olhar quando a garçonete veio me atender.

Queria poder comer algo doce. Mas não podia. Pedi somente um suco e um misto integral. Que em poucos minutos, chegou, retirei a máscara e ofereci um sorriso gentil para a mulher que retribuiu fechando os olhos.

Novamente, olhei para o garoto da mesa da frente, e dessa vez ele arregalou os olhos. Será que ele sabe quem eu sou...?

Mas se ele sabe... ele me stalkeou...?

JAVON WALTON ME STALKEOU?

Era o que a minha mente gritava, me fazendo desacreditar um pouco disso. Desviei o olhar novamente começando a comer.

Meu olhar se encontrava com o dele algumas vezes, o que me causava um certo nervosismo. Talvez ele ache que eu sou uma maluca.

Vi o exato momento em que eu suponho, ser os irmãos dele, se levantaram e pagaram a conta, e ele permaneceu sentado, encarando um ponto fixo da mesa, perdido em pensamentos. Quis rir quando o gêmeo dele deu um tapa em sua cabeça, mas disfarcei mordendo meu misto.

Acompanhei discretamente, Javon com o olhar enquanto ele saía. Mas ele parou de repente e virou a cabeça me olhando por uns instantes, sustentei o olhar. Ele sorriu, e pude jurar sentir meu coração aquecer por uns instantes.

Ele era tão fofo sorrindo.

Retribui o gesto, sendo simpática, e ele saiu.

- Que porra foi essa... - murmurei pra mim mesma. Terminei de comer e paguei, indo pra casa.

[...]

Entrei na minha residência, vendo minha mãe sentada no sofá, sentei ao seu lado tirando meus sapatos, e ficando somente de meias.

Mamãe de repente puxou minha cabeça, e me deitou em seu colo. Com os olhos arregalados e até meio emocionada, me deixei aproveitar o carinho do cafuné dela.

Mas é claro, sempre tem algo por trás. Era tudo somente uma manipulação que ela acha, que resolveria tudo.

- Vai se arrumar, você irá ao treino, mas antes passaremos em um lugar. - ela disse, e eu me sentei a olhando sem permitir deixar as lágrimas caírem.

- Você é egoísta pra caralho. - disse e me levantei subindo as escadas de cabeça levantada e sem deixar que uma lágrima caia.

The messages | Javon WaltonOù les histoires vivent. Découvrez maintenant