The messages | Javon Walton

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Stayce Silver

Confesso que esperei tudo de Stela, menos ela desabafar e chorar na minha frente. Aceitei dar uma chance a ela, pois via sinceridade em seu olhar.

Conversei com jav aquela noite, contando sobre a situação toda, ele ficou feliz por mim.

E 1 mês se passou em uma rapidez impressionante, tinha me resolvido com Sebastian sobre tudo o que tinha ocorrido, e nos reunimos em família para decidir como ficariam as coisas. Eu poderia passar o final de semana com ele se quisesse. E as coisas com Stela estava calmas, sem discussão ou algo forçado, parecia natural, e eu gostava disso.

E conforme os dias do teste se aproximavam, ocorria o mesmo entre mim e javon.

Nossa conexão era surreal. E confesso, adorava e ficava toda boba quando via edits nossos nas redes sociais. Ele me fez assistir Euphoria, fazendo eu chorar na morte do seu personagem, e ainda o ignorar pelo resto do dia quando ele não quis me contar se Ashtray estava vivo mesmo ou não. Pois na minha cabeça era sem corpo, sem morte.

Mas não aguentei ficar tanto tempo desse jeito com ele.

Hoje era sábado. 15h, em um clima nublado e meio frio.

Agora, estávamos no meu quarto, jogados em minha cama. Eu usava um blusão dele, com um shorts fino que ia até o meio das coxas.

Meu led estava ligado, e encaravamos as estrelas reluzentes que eram grudadas no meu teto, enquanto conversávamos e  Friends - Chase Atlantic tocava de forma meio baixa.

Ficamos em silêncio.

Esses últimos dias em que estávamos próximos, pensei sobre nós.

Sabia que sentia algo por ele, mas me negava a isso pois poderia estragar nossa amizade incrível que construímos. Mas não podia negar por muito tempo.

Queria ele, precisava dele.

E como se fosse o momento perfeito, me virei o encarando, murmurando a parte da música que tocava.

- And what the hell were we?
Tell me we weren't just friends
This doesn't make much sense, no - ele arregalou minimamente os olhos.

Sentindo o nervosismo se apossar de mim, eu aproximei meu rosto do seu, o encarando profundamente.

Levei minha mão até sua bochecha, deixando meus quatro dedos atrás de sua orelha, enquanto meu dedão fazia um leve carinho em sua mandíbula, alternando para a bochecha do mesmo.

Meus olhares se revezavam entre os lábios e os olhos dele. Sua mão foi até a minha mandíbula e ele encarava meu rosto todo, como se quisesse gravar cada detalhe.

- Posso? - murmurei, passando o dedo em seus lábios, ele sem relutar, assentiu.

E enfim, com nervosismo em meu corpo todo, com as borboletas voando livremente pelo meu estômago, eu juntei nossos lábios.

Era calmo, sincronizado e com nossos sentimentos depositados ali. Nossos lábios pareciam se encaixar de forma perfeita.

A posição em que estávamos era meio desconfortável para o beijo, então eu me levantei levemente, ainda com a mão em seu rosto.

Javon acima de tudo, era respeitável. Então não iria fazer nada sem meu consentimento. Peguei em sua outra mão livre, e levei até minha cintura, a deixando ali. Ele deu um leve aperto na mesma, conforme nossas línguas se entrelaçavam em perfeita sincronia.