MEU PECADO (MORRO)

capitulo 24

| Maia Alencar 📍|

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Os dias se passaram voando, hoje finalmente era a festa do Heitor.

Ajudava a arrumação na rua enfrente a casa da Katy, por que ela decidiu que fazer na sua laje ia ser pequeno demais, então ela simplesmente decidiu fazer na rua. O pula pula estava sendo montado, assim como mais dois brinquedos fechando a entrada da rua.

Montava as mesas sozinha e depois coloquei as cadeiras no lugar. Wesley veio com o pano azul por cima colocando as decorações logo depois, hoje ele estava calmo, nenhuma de suas piadas ou algo dele, acho que estamos avançando, acredito que logo, logo, vou ter a oportunidade de sermos amigos.

Vejo uma mulher chegando com um bolo e indo até onde a Katy tava, também fui atrás pra ver.

— Não, chega mais pro lado — ordena ao Mindinho que tava lá cadeira ajeitando o arco de bola — Isso, deixa eu ver de longe — saiu correndo se afastando — Mais pra esquerda.

— Queria saber como eu saí de traficante para empregado de festa de criança — ele grita bem alto pra que ela ouvisse de longe.

Cheguei mais perto da mesa e pude ver o bolo de dois andares pequeno e redondo, o primeiro andar era vermelho com algumas placas, o segundo era preto e branco como se fosse xadrez com o nome dele, o carro vermelho com a idade, estava uma graça. A decoração toda em azul e vermelho deixavam tudo muito chamativo, isso é porque ia ser bem básico.

Na quinta ela me fez andar em Caxias aproveitando pra conhecer esse lugar, uma verdadeira loucura de gente, andamos e compramos tanta coisa lá que sobrou apenas alguns itens da lista. Na sexta me fez ir em Madureira com ela, foi tanta coisa também que comprou, agradeço aos céus por um dos parceiros do seu marido ter dado uma carona.

— Escuto Maia — olho pra cima vendo o Mindinho na cadeira — Você acha que eu devo descolorir meu cabelo pra hoje ?

— Que cor ? — pergunto.

— Platinado.

— Acho que vai ficar bom.

— Vou fazer o Escorpião pintar também — depois daquele dia não vi mais ele, recebi algumas mensagens dele, mas decidi ignorar todas — O pai vai ficar gostoso pra caralho — bateu no peito dando um sorriso — Mais do que eu já sou.

— Admiro seu amor próprio.

— Mindinho mais pra esquerda — Katy grita longe, ele bufa e arruma — Isso, tá perfeito !

— Mas se tivesse ruim ia ficar assim mermo filhona — saí do banco se esticando — Não é mole não Maia — bate na minha cabeça como se fosse um cachorrinho — Querem aproveitar da minha boa vontade.

— Para com isso — seguro no seu pulso — Vai me dá dor de cabeça.

— Para de k.o, tá andando muito Katy pra tá mentindo assim.

— Eu o quê ? — se aproxima com chapéus de festa em mãos — Acho que isso é suficiente ? — coloca na minha cabeça — Comprei só 100 desses.

— Porra só isso ? — Mindinho disse — Se tivesse oportunidade venderia até teu marido pra fazer festa né, cheguei agora e já sei que o Vt quase vende a casa pra fazer pagar as dividas por causa de ferra — ele fala rindo.

— Para de ser mentiroso, eu nem faço festas direto, não é Maia ?

— Isso eu não posso te defender amiga.

— Iaa — Mindinho vem pro meu lado passando as mãos no meu ombro — Até a madre é contra você — abro a boca com o apelido dele.

— Madre ?