Capítulo 58

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Juan César 📍
Dia seguinte...






— Já tá com os vinte mil aí ? — pergunto baixo no celular, pra não acordar a garota ao meu lado que dormia calmamente.

Já, é só chegar aqui chefe que te entrego o dinheiro de quem tava te devendo — a voz soa do outro lado, Maia se mexe no meu lado resmungando sozinha, essa garota falava sozinha, bagulho de doido.

— Mais tarde passo aí — no sofá mesmo, tinha aberto todo ele fazendo virar uma cama, o ar da sala ligado e uma coberta foi onde dormi com ela e apesar de não estar na minha cama, consegui dormir melhor do que nunca.

Apesar de ontem a noite ela ter me enganado maneirinho não falei nada, Maia era a única que consegui me taxar de otário e ainda não abri minha boca pra falar nada. Consegue me passar a perna, como fez ontem, eu sempre acho que vou conseguir alguma coisa, quando ela tá quase cedendo, parece que ela desperta pra vida e me afasta levando a sério o que disse de entrar na linha pra eu conseguir o que quero.

Nunca pensei que seria tão difícil de levar uma garota pra cama, mas ela parece me fazer pagar pelos meus pecados que eu já fiz.

Confesso que não fui um dos melhores cara com ela na primeira vez e nem esses dias. Não pedi desculpas, mas é um bagulho difícil de saber que tá errado e mesmo assim ter dificuldade de admitir. Acredito que se um cara fizesse a metade com Letícia assim como eu fiz com ela, ele já tava era morto muito tempo, odiaria pensar em alguém maltratando ela.

Muita coisa errada e tudo culpa dessa garota do meu lado que me faz pensar em tudo o que eu fiz, pau no cu.

— Bom dia ! — a porta abre e por ele passa o perturbado já cantando — O sol já nasceu lá putaria — Mindinho entra cantando.

— Cala a boca porra — sussurro, mas logo me recordo que ela tá do meu lado, agradeço por ela tá dormindo e não ter escutado. Cheiro seu cabelo e porra, literalmente me amarro no seu cheiro e no do seu cabelo, cheiroso pra caralho.

— Essa garota não vai acordar não ? — para do meu lado, me afasto um pouco e vou saindo de fininho do sofá sem acorda-la.

— Não sei, mas tu não me vem acordar ela não — digo — E fala baixo — olho pra garota se movimenta no sofá e se vira pro outro lado.

— Dez hora e ela dormindo, ela não tem nada pra fazer não ?

Não respondo, só sigo pra cozinha pra preparar o café.

— E aí a noite foi boa brother ? — insinua.

— Quem me dera.

— Qual foi, ela te deixou de castigo ontem ? — não respondo — Porra ela te deixou mermo de castigo ontem ! — afirma — Que merda tu fez ? — ordem alfabética ou cronológica.

— Eu não fiz nada — me fiz — E de acordo com ela tenho que criar bons modos, onde já se viu isso ? — coloco o café na cafeteira depois de lavar — Tá me tratando como um cachorro.

— Tá certa, ainda vou botar pilha nela pra tu ficar um mês sem sexo.

— Caralho se tu fizer isso Mindinho, faço questão de cortar todos os seus dedos — ele da risada.

— Aí namoral, a gente não tá dando certo juntos, acho melhor a gente dá um tempo — fala, me sento na cadeira esperando o café ficar pronto — Isso não tá legal e o problema é você e não eu.

Realmente parecia uma conversa de casal.

— Tu que sabe, não vou insistir em nada — entro na onda.

MEU PECADO (MORRO)Where stories live. Discover now