Capítulo 67

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Juan César 📍
9:00 pm







Passo o perfume me olhando no espelho, dou uma passada de mão na camisa do Flamengo branca, bermuda preta, boné preto e uma havaiana branca. Desço as escadas com o celular e carteira em mãos, celular já tava cheio de mensagens do Mindinho perguntava onde eu estava.

Parecia até minha mulher.

Muito chato.

Com as chaves em mãos tranco minha casa e vou até minha moto partindo pra praça aqui perto onde a roda de samba já estava acontecendo.

Tava um movimento bom, bastante gente. Quando percebi já tava andando até a mesa onde eu reconheci o povo, o balde cheio de cerveja e um prato de churrasco, acredito que devem estar vendendo espetinho por aqui.

— Porra que demora filho ! — Lucas fala assim que me vê.

— Grude do caralho tu em — respondo, atraí atenção de geral que tava na mesa.

Posso ver que Barbie e Lana estavam aqui, tinha também aquela loira que falei na loja quando Maia tava tirando foto. Katy e Vitor estavam aqui junto com o filho, tinha duas mesas, ficou até pequeno de tanta gente que tinha em volta.

— Se liga, separei um lugar aqui do meu ladinho brother — bate na cadeira ao seu lado, reviro os olhos vendo ele rir.

Do seu lado tava Vitor e Katy, do outro duas cadeiras vazias.

Falo com geral ali da mesa, antes de me sentar. Quase levei um beijo da Lana quando beijou minha bochecha perto da boca, me afastei rápido dela, parece que não entende se eu não quis antes o faz ela pensar que eu quero agora ? Pra eu aceitar eu não tenho que tá no meu estado normal, só drogado mermo, porque tá maluco filho.

Não é porque ela é feia, ao contrário, muito gata, mas nada que me chame atenção.

Cara na cara, pele na pele... — Lucas canta do meu lado todo desafinado, pego logo minha breja geladinho e abri tomando um gole.

Era pagode ao vivo, bagulho bom, tava precisando disso e nada mais além que isso.

— Aí tu tá deixando a música bem ruim cantando Mindinho — Jesus fala, do lado dele uma loira me encarava, já tinha visto ela várias vezes com ele.

— Tu não tem uma maconha pra bolar não ? — Lucas devolve a fala, papo só de maconheiro, fazer uma aposta que ia ganhar por ser mais chapado sem fazer esforço.

— Tenho, vai querer ?

— É pra enfiar dentro do teu cu se falar que eu não canto bem — Lucas diz, Jesus fecha a cara na hora, só dou risada com esses dois — Aí, onde já se viu uma mentira dessa brother ? — bate no meu braço indignado.

Coitado, ele tava achando que realmente sabe cantar, mas não falo nada, deixei o garoto sonhar.

Quando meu celular vibra com a mensagem abri na hora vendo quem era.

A Ângela tinha me mandado mensagem esse início de semana dizendo que ia aceitar a proposta de ir lá pra casa antiga da Verá, depois de uns três dias só chovendo aqui em Belford roxo, a mulher decidiu que ia, quando fui lá pra ver o que realmente tinha acontecido vi as goteiras na casa dela causada sempre que chove aqui.

Não gostei do que vi, conversei com ela de novo, o estado que aquelas duas crianças estavam naquela casa, era decadente, dessa vez ela tinha aceitado só por causa da situação que eu fiz questão de jogar na cara pra ver se ela tomava um choque de realidade.

Desde então corri pra passar pro seu nome a casa, tava ajeitando tudo pra colocar eles lá dentro antes de domingo.

— Mó larica — digo bebendo minha cerveja.

MEU PECADO (MORRO)Where stories live. Discover now