Capítulo 30

58.5K 3.9K 763
                                    

| Escorpião 📍 |
     3:54 am






Fico parado mantendo a respiração bem calma, pra não errar o alvo.

De longe, na laje da casa formado pro concerto tenho que forçar a visão por causa da noite. Madrugada em casa, já estava dormindo quando escutei meu radinho tocando, levantei rápido, botando um calça e um colete pro precaução, logo em seguida os tiros primeiros tiro foram escutado, saí de casa junto com o Mindinho, bagulho tava frenético.

Vi só os pés do cara, ele tava se escondendo já tem uns minutos, tentando acertar onde eu tô. Dou uma risada abafada sem me mexer, o apoio da arma em uma bancada de concreto me faz ter o equilíbrio perfeito, pelo mira do fuzil consigo ver ele a quatro esquinas de onde estou. Miro no seu pé atirando, fazendo o burro botar a cara pra fora da parede e aproveito pra atirar na cabeça o matando.

Respiro fundo, pego o rádio na minha cintura escutando os cara falando, não tava entendo porra nenhuma com os tiro no fundo.

Na atividade Vt ? — falo — Tá em qual parte ?

Todos ficaram quieto, apenas o VT falou.

Tô perto da quadra — fala ofegante — Porra eles tão subindo pela rodovia perto da Nova Aurora, em dois pulos eles conseguem chegar aqui em Heliópolis.

Bufo impaciente, pra ser de madrugada assim não acredito que seja os cana e sim outra facção. Já lembro lá de casa onde as garotas estão, não consigo pensar em coisa pior.

Tem gente vigiando a casa da Verá ? — vou pegando a arma e descendo as escadas.

Sei que sempre deixo vigias lá fazendo a guarda delas, mas hoje tem a sensação de não ser suficiente.

Os mesmo de sempre que tu deixa — coloco a arma atrás das costas e vou atrás da minha moto.

Não é suficiente... — falo — Mindinho tá na escuta ? —  não espero ele responder e já falo — Quero que tu pegue mais três cara e vigiem a casa lá.

— Porra Escorpião, tô aqui na trocação sinistra — posso escutar ele rindo, vontade de meter a porrada nele que ri no momento que não é pra rir.

Eu tô te dando uma ordem, vai agora — não escuto seus resmungos e chingamentos, prefiro me fazer de surdo porque não era o momento — Vt se esconde aí que eu tô brotando em dois aí —  ligo a moto e acelero na velocidade alta.

Ia ajudar ele. Vou até o ponto de referência que ele deu, assim que me viu tirei ele da subindo mais pra ficar com os cara.

— Como caralho tu conseguiu se encurralar desse jeito ? — pergunto pra ele descendo da moto.

— Os cara tava vindo em peso ali irmão, fiquei pra ajudar quando o Dedé foi baleado, foi recuando todo mundo e pô só eu fiquei lá, um bando de filha puta — recarregamos a arma e fomos pra outra posição daqui.

Os parceiros em volta botei minha cara pra jogo, não me escondi ou recuei, vi cinco cabeças no chão, os cara morto. Como suspeitava não era a polícia e nem nada disso, milícia tava subindo esse horário e me pergunto que tem um motivo pra eles estarem aqui a esse horário e muito bem armado.

— Pega essas armas e tudo o que dá pra usar — olho a m16 no chão do lado do difunto, porra a arma era novinha, chega dava pra ver brilhando — Vieram armado até os dentes... — penso.

— Chefe — olho pro lado, Batoré estava em pé com o pé pressionando o pescoço não permitindo ele respeitar direito, em um rival — Aqui, vai fazer o que ? — ando até ele.

MEU PECADO (MORRO)Where stories live. Discover now