Capítulo 39

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| Maia Alencar 📍|
Grumari |13:00 pm




— Uau — digo olhando dentro do carro a praia pela janela.

O pai da Lana levava nós três mais a Letícia onde eu arrastei ela até aqui a praia. Recebi mensagem no grupo das meninas falando o dia em que iríamos tirar a foto e como eu tinha perdido não tinha como fazer muita coisa como negar, tava na casa da Letícia e ela tava sozinha lá, Verá tinha saído pra levar a Júlia pra uma rotina de exames, eu pensei porque deixar ela sozinha aqui entediada, então eu trouxe ela comigo.

Enquanto me arrumava em casa em menos de dez minutos ela pareceu lá em casa, agora nós quatro estamos na praia de Grumari, não tava tão movimentado porque era dia de semana, mas ainda sim tinha umas pessoas jogando pela praia, outras passeando com seu animal, outras apenas pegando um sol que estava uma maravilha.

— Meu amigo já chegou — Lana fala sentada no banco da frente mexendo no celular — Ele tá parado no Beach Club, aqui perto pai, deixa a gente lá — diz ao seu pai que concorda.

— Fazia tanto tempo que não vinha na praia — Letícia diz empolgada ao meu lado.

— Eu acho que essa é a primeira vez que venho — digo pensando, não me lembro de estar em uma praia quando criança ou adolescente.

— Como assim ? — Lana pergunta absimada.

— Nem duvido, você vivia que nem um bicho do mato — Katy diz com o Heitor no seu colo — Agora vivia presa.

— Não vivia que nem um bicho — rebati.

— Vivia sim ! — Lana e Katy dizem juntas, reviro os olhos.

— Uma com o tio chato e outra com o irmão chato — Katy diz rindo.

— Aí nem me fale — Letícia cruza os braços — Nem falei que ia sair, só a minha mãe que mandei mensagem quase agora — riu — Ainda tecnicamente tô de castigo.

— Ainda ? — pergunto — Até sair comigo é proibido.

— Mai, eu não posso ir nem na padaria de acordo com meu irmão — o irmão dela parece ser chato — Se ele souber onde eu tô vai fazer um escândalo quando eu chegar, mas pelo menos eu já saí — diz sem se importar.

— Qualquer coisa eu falo com ele.

— Duvido muito que ele te escute, ele não escuta nem a minha mãe, quem dirá você... — encarei ela que olhou pensativa.

Letícia era uma garota boa, dias com ela a tarde percebi que temos bastante coisas em comum, como querer atenção, toda hora conversar, passar tempo com as pessoas, a única diferença que ela não demostrava muito carinho diferente de mim. Gosto de abraçar, de receber e dar carinho e não nego, talvez ser criada com apenas uma pessoa controladora, que não vive muito de carinho tenha despertado isso em mim, hoje aqui, converso mais que nunca, estou sempre rodeada de pessoas e nunca sozinha.

Apesar da garota ter dezesseis anos, viver com a mãe e irmã vejo que pra ela difícil falar o que sente, o que é completamente diferente do que demonstra. Apesar de não dizer o que está sentindo, o rosto dela logo denuncia se não gostou de algo, se está incomodada faz algo que não deveria, chama atenção fazendo algo ruim, notei quando em uma discussão com Júlia a deixou extremamente irritada, ao ponto de implicar com ela e fazer Júlia chorar, estava na casa no dia, decidi que era melhor ir embora já que ela se trancou no quarto e não queria falar com ninguém.

— Ele ali — saio do pensamento ao escutar Lana.

O carro para, Lana se despede do pai assim como nós, ela pega as bolsas bonde tinha alguns biquínis. Ajeito a barra do meu short, na verdade da Katy, que agora virou meu.

MEU PECADO (MORRO)Where stories live. Discover now