Capítulo 84

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Maia Alencar 📍





Não fazia pra onde o Juan tava me levando, ele não queria falar, só sei que estamos na estrada tem horas.

Apesar de uma parte de mim querer ficar isolada e deitada na cama, outra parte queria ficar longe de tudo com o Juan, tanto que ele me fez prometer esquecer tudo, nada de ficar chorando ou se lamentando por aí, é o que eu tô me empenhando em fazer.

Mas agora eu tinha acabado de acordar, tava entediada, conversamos o caminho inteiro, Juan falava da vida dele com o intuito de me distrair, funcionou, porque eu não parei de fazer perguntas. Agora eu encontro encarando umas estradas escuras, parecendo no meio do nada.

— A gente já tá chegando ? — pergunto.

— Você fez essa mesma pergunta tem uns dois minutos e eu respondi que sim.

— Por que esse lugar é assim ? Vai me matar e vender meus órgãos ?

— Maia, pelo amor de Deus, volta a dormir — murmura se irritando.

— Pra quê ? Pra me matar mais rápido ? — estreitei os olhos pra ele.

— Puta que pariu...

— Olha que eu pulo desse carro.

Hoje pela manhã eu conversei por muito tempo com a Minha tia, tinha muitas pra nós duas conversamos. Depois fizemos o teste, ficaria pronto em quatro dias, ela me ligaria e abriria enquanto eu estivesse aqui. Depois rápido passamos na casa em que o Gabriel estava, confesso que quando descobri o que o Juan fez por ele, fiquei toda boba, sabia que esse homem grosso podia ser legal as vezes.

O quarto dos dois meninos estavam impecáveis, tudo muito bem decorado e tudo do melhor, Juan tirou do bolso dele pra ajudar eles, Ângela estava também ótima. Logo em seguida a gente seguiu até em casa pra fazer uma mala média, ele colocou quase nada, já eu, como não tinha nenhuma noção, quase coloco a casa inteira ali, no final o Juan que acabou fazendo.

— Juan, falta quanto pra chegar ?

Observo a noite, o céu hoje tava cheios de estrela, me sinto privilegiada por olhar isso.

— Eu que vou te jogar desse carro.

— Velho chato... — falo baixo olhando que sorri.

Então eu começo a mandar mil mensagens pra Letícia perguntando como estava minha gata, a foto chega quando vejo o Mindinho com ela ao lado da Verá e Júlia.

Lucas intruso que nem eu, entramos na família sem fazer muito esforço.

Meia hora depois entro em um condomínio com o Juan, abro a janela e a boca também vendo a casa desse povo, coisa de chique, todas tinha um espaço enorme, uma longe da outra, bem afastada mesmo, cheirava a dinheiro. O carro que o Juan para é de frente a última casa daqui.

— Fica aqui — ele manda, balanço os pés vendo ele descer e ir até um outro velho falando.

Juan pegava a chave e depois aperta a mão do moço.

Eu fico impressionada só com a entrada da frente, estranho é que eu sinto na mesma hora o cheiro de praia, o cheiro do mar e da praia, fechei os olhos abrindo a janela, o vento fresquinho.

Mas cadê o mar que eu não vi ?

Eu devo ter dormido demais que eu não vi ou não prestei atenção.

— Tá moscando aí — abro os olhos quando sinto um tapa na minha testa, olho vendo o Juan rindo na minha frente — Ou é algum tipo de reza sua ?

— Aqui tem mar ? Eu tô sentindo cheiro de praia.

MEU PECADO (MORRO)Where stories live. Discover now