Capítulo 78

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Maia Alencar 📍






— Aí !!! — resmunguei de dor quando a pompom arranhou minha mão, duas vezes ! Na minha mão e no meu pulso, a gata me arranhou de verdade e agora tá ardendo.

Olho pra minha mão e depois pra gata que tava sentada no meu colo, me olha de um jeito como se dissesse "bem feito, você mereceu". Abismada demais quando ela se levanta do meu colo e vai sentando no colo do Juan ao meu lado que começou a rir.

— Boa garota — Juan debocha fazendo carinho nela que se acomoda no meio das suas pernas fechando o olho.

Que absurdo!

— Não acredito que me arranhou — falo com ela — Não se faz isso com sua mãe — brigo pra folgada que pouco se importa.

Mas que gatinha nojenta, aposto que foi culpa do Juan ela tá assim.

— Eu falei pra ela fazer isso assim que você voltasse — ele pega ela e põe no ombro que nem um neném manhoso, a mão desce pelo seu corpo fazendo um carinho — É tão obediente — fala com ela.

— Você estragou ela, isso sim — a gata começa a lamber as patas — Olha como ela tá me olhando lambendo as patas — eu sentia isso como um afronte a minha pessoa — Tipo, "essa humana ainda tá falando?" — tento mexer nela, mas quase levo outro arranhão — Você estragou ela, pompom não estava assim quando eu deixei ela aqui!

— A de menor não está estragada, tenha mais respeito com ela — de menor ? Que nome ridículo é esse ?

— De menor ?

— O nome da nossa gata ué — deu de ombros — Fala tu que ela se amarrou, nada com nada esse nome pomposo que tu deu pra ela.

— Pomposo nada, eu dei esse nome porque ela é peluda e fofa, parece aqueles pompom de apertar — falo indignada.

Júlia para de prestar atenção no desenho e se vira olhando pra nós dois.

Já tinha umas horas que acordamos, depois de eu dormir feito um bebê acordei sozinha e por livre espontânea vontade, adorava acordei assim, sem ninguém me chamar, sem barulho ou despertador. Melhor sensação, acordei até feliz, uma outra pessoa.
Ainda mais quando me deparo com esse homem do meu lado, até mesmo a Júlia que dormiu quietinha com nós dois.

— Vem cá pompom — chamo ela, mas não vem. Tento pegar ela, mas quase me morde fazendo aquele barulho estranho, não acredito — Vem.

— Esquece filha, tu abandonou ela.

— Eu te tirei da rua garota, te dei colo e comida agora você me rejeita ? — estava ficando realmente sentida, não acredito que estava rejeitada por uma gata — Isso se chama ingratidão.

— Deixa a de menor — Juan empurra minhas mãos me afastando dela.

— Para seu velho chato — bato na sua mão que insistia em me afastar da gata — Ela é MINHA gata — falo o minha bem alto e explícito pra que ele entenda e a gata também — Vem pompom.

— Duvido ela ir até você por vontade própria, claro que ela me prefere — encaro isso como um desafio — Tenta tirar ela do meu colo que te dou o que você quiser — desço meu olhar pra sua barriga, seu peito, que não usava blusa e já sabia o que queria.

— Tem certeza? — falo entre códigos, mas do jeito em que eu olhava ele, Juan entende de primeira.

Obviamente eu não ia falar nenhuma besteira já que tinha uma criança aqui na sala com a gente, mas o Juan consegue entender sem eu precisar dizer nada.

MEU PECADO (MORRO)Where stories live. Discover now