Capítulo 45

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Juan César 📍
Sábado 4:00 pm







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— Manda o papo — falo vendo o VT entrar na sala.

— Se liga — anda até mim me entregando o celular — O garoto mandou notícias, pega aí o celular e olha as conversas — se referiu ao cara que mandei de intruso pra olhar a milícia, pego o celular e já começo a ler as mensagens — Eles tão querendo invadir aqui.

Toco na tela e vou descendo as mensagens que mandou, o bagulho que ele mandou era simples, era mensagem alertando que os cara ia invadir aqui, deslizo o dedo pela tela e lendo as últimas mensagens que mandou, o papo foi curto e reto, o garoto não enrolou pra mandar, mas me deixou intrigado as últimas mensagens.

— O que ele quer dizer com distração ? — falo ainda olhando a mensagem — Porra os cara vão usar a invasão como distração ?

— Tá ligado que sim, a gente não pode dá bobeira irmão e muito menos tu, se eles vão fazer alguma pra tentar distrair com certeza vai pra cima de tu.

Respirou fundo e conto até três, porra difícil pra caralho ter paz nessa vida, se não é a polícia querendo te pegar é os inimigos querendo te derrubar. Tô fudido.

— Suave, deixa eles pô, se querem minha cabeça e esse lugar vai ser perda de tempo — falo convicto, porque eu não ia deixar tomarem o meu lugar.

— Vai com essa tua marra aí achando que é peito de ferro — saímos da sala juntos — Se tu ir na emoção não dou dois segundos pra te mataram — estalo a língua ignorando ele, vou na direção da minha moto.

— Se liga que o pai aqui é brabo — monto nela — Deixa eles acharam que aqui nós burro, vamo ficar preparado pra quando chegar meter bala nesses pau no cu — ele também monta na moto — Vai também pro campeonato ? — pergunto.

Era hoje, na verdade devia já tá acontecendo.

— É claro, meu filho vai bater uma bolinha hoje, vai mostrar que pai ensinou dá melhor forma — falou todo orgulhoso.

Seguimos na direção do campinho de futebol, tava um caralho de gente, bastante movimentado, tinha tanta criança em volta do campo que pensei que era um lugar de adoção. Pessoas mais velhas também, devia ser os pais da molecada, desço da moto e ando até o grupo que conheço, os parceiros tava tudo no canto da esquina, moto em volta, mais afastado do povo, sigo até eles que logo estendem uma cerveja pra mim.

— Achei que não ia chegar nunca — Wiliam sentado na moto fala enrolando um baseado — Comédia pura esse campeonato, já rolou briga até de duas crianças.

— Teve até aposta de quem ia levar um soco primeiro — Jesus também diz — Quer um ? — pego o baseado da sua mão e logo acendo um.

— Se liga tem que apostar no time do meu filho, confia que vocês lucrar — Vt fala — Aposto cinquentinha que o time dele faz dois no outro.

— Aposto cem que no primeiro passo que ele tocar na bola vai cair feio — Kt gastou ele, todo mundo riu menos o cara — Se ele puxar o pai deve correr que nem uma bailarina.

— Ia a lá mano, vai deixar ele falar assim ? — falo botando pilha.

— Não fode Kt — Vt diz entrando na pilha — Se botar meu filho e tu no campo ele consegue fazer dez gols em tu, parece que tem duas pernas esquerda — encosto na parede rindo vendo os dois discutirem, mó parada.

As crianças já tinha começado, passei meu olhar por todo o local procurando por uma pessoa específica, encontro ela na barraca de águas ajudando a vender, aperto os olhos vendo o Mindinho também do lado, na verdade toda a turma dela tava envolta rindo, Maia também ria, a forma em que ria ou como mexia as mãos empolgadas falando de algo era diferente.

MEU PECADO (MORRO)Where stories live. Discover now