MEU PECADO (MORRO)

Capítulo 57

Juan César 📍

Eu não sei o que caralho eu tinha na cabeça pra chamar ela pra minha casa.

Porra eu não ando no meu estado normal quando fico perto dela.

Bagulho sinistro.

Agora tô eu aqui olhando o estado da minha casa bagunçada depois que o Mindinho passou a morar aqui. Passei a tarde ajudando Verá a trazer as mudanças pra rua onde moro, assim consigo ficar de olho nela, a outra casa era muito exposta pra três, os cara já sabiam onde elas moravam, era questão de tempo pra acontecer invasão de novo e ir até elas.

Aqui perto de casa consigo ter um controle melhor, além de ter trocado os vigias é mais perto tanto pra mim ou o Mindinho ir atrás delas vigiando.

— Olha a porra da bagunça que tu fez — estávamos nós dois parado perto da porta da sala, passo o olhar pra bagunça que ele faz em segundos, o cara era que nem um furacão, não tem um dia que eu discuta com ele e forço ele a arrumar a própria bagunça — Tu vai limpar isso com tua língua — empurro ele que ri.

— Se liga brother, vou te explicar porque tá assim — a voz arrastada e como se tivesse acabado de fumar dele, mas ele não acendia um aqui, dificilmente, acho que ele já nasceu com essa voz, deve ter tomado mamadeira de maconha quando era bebê.

— Não quero saber, quero que te arrume enquanto eu vou dá um pulo ali no mercado.

— Vai fazer as compras de novo ? — anda pelo meio da sala — Compra uma Ruffles pra mim ? Mó vontade de comer — ainda é abusado.

— Quero que tu arrume essa casa, se eu voltar e não tiver limpa, te expulso daqui hoje mermo — falo sério.

— Aí, não gostei desse papo não brother — pousa as mãos na cintura que nem uma madame me olhando.

— Arruma essa bagunça — saio de lá e subi na moto indo aqui mesmo no mercadinho que fica perto.

O lugar não era grande, mas tinha o que eu queria comprar.
Compro o básico pra preparar uma comida, sempre cozinhei, tive que aprender desde cedo pra minhas irmãs comerem, me garanto muito bem em fazer. O material necessário pra fazer uma lasanha de carne, passo pelo caixa e pago tudo.

Bebida alcoólica não comprei porque ela não bebe, hoje eu não ia beber, prefiro me manter sóbrio, sendo que preciso de muito mais que um copo pra me deixar bêbado. Então devido comprar abacaxi já que a mesma gosta e fazer um suco dele sabendo que não ia ter erro algum.

Quando chego em casa com as compras em mãos me deparo com a cena do Mindinho fazendo algum tipo de feitiçaria na minha sala. A sala ainda tava bagunçada, aposto também que não tinha arrumado a cozinha e deixado os pratos sujos que ele usou, porque eu lavo o meu, mas o cara tem um problema em lavar pratos que não tá escrito.

— O que tu tá fazendo ? — pergunto, Mindinho tinha uma toalha enrolada na cabeça que até parecia um cabelo solto, usava um óculos escuro e na mão tinha dois palitos em mãos que chuto ser incenso por causa de um choro bom.

— Tirando as energias ruins dessa casa — roda pela sala fazendo uma dança estranha e com as mãos no alto balançando os palitos como um guru.

— Porra tudo isso é pra tu não limpar essa bagunça ? — ele para na mesma hora, a boca de abre e ele leva as mãos no coração.

— Como pode achar isso brother ? — vem andando e para na minha frente — Jamais ia fazer um bagulho desses contigo irmão.

— Te dou dez minutos pra tu arrumar essa bagunça — ando até a cozinha sendo seguido por ele.

— Comprou o quê ? — coloco as bolsas na mesa e olho pra pia vendo que ele não lavou.