𝔠𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 27

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ATHOS 

Minha cabeça doí, todo meu corpo está dolorido, parece que volto no tempo em que treinava com o tio Kai algumas vezes por semana, ele me passava exercícios terríveis que no outro dia não era capaz de nem levantar meu próprio braço

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Minha cabeça doí, todo meu corpo está dolorido, parece que volto no tempo em que treinava com o tio Kai algumas vezes por semana, ele me passava exercícios terríveis que no outro dia não era capaz de nem levantar meu próprio braço. 

Dessa vez parece diferente, tudo está meio devagar também, eu estou rápida demais ou o tempo está muito lento. 

Meu corpo está em uma superfície macia. Se nuvens fossem possíveis de tocar, tenho certeza que seriam macias iguais a essa cama. 

Sei que não estou na minha cama, mesmo não tendo aberto os olhos ainda pela dor de cabeça infernal, consigo identificar que não estou no meu quarto. 

Abrindo meus olhos com calma e me acostumando com a claridade vazando pela cortina aberta, começo a me situar de onde possa estar. Começo a tentar me lembrar do que aconteceu noite passada enquanto caminho pelo quarto. 

A decoração é simples, nada além de uma cama grande, quadros, uma mesa no centro do quarto e uma porta que eu acredite que leve para o banheiro. 

Eu sei de duas coisas, a primeira é que eu estava com os meus amigos, a segunda é que eu não me lembro de  ter conhecido ninguém. 

Não sou de passar a noite fora sem avisar meus pais, nem de beber muito, não  faz sentido eu parar nua no outro dia na cama de um estranho. 

Tudo é uma névoa branca na minha mente, nada parece ter uma direção certa. Vamos Athos, se lembre das últimas horas. 

Noite de Devil's night, eu sai com meus amigos, fomos em algumas casas de horrores, e depois? O que aconteceu depois? 

Meu telefone claro! Se eu não fui assaltada ele ainda deve estar comigo, quando vou em festas sempre guardo meu celular no meu sutiã, será mais difícil de ser assaltada. 

Então se eu não dormi com ninguém, e se nada muito pior do que isso aconteceu, eu ainda devo estar com ele. Aí está. 

— Porra? Sem bateria? 

Certo, eu preciso achar o dono da casa, pedir por um carregador e tudo vai se resolver, logo estarei de volta em casa. Eu estou em Thunder Bay certo? 

Indo até a porta de madeira eu tento abri-la, está emperrada, acreditar que está emperrada é melhor do que achar que estou presa aqui. Porque se estou presa aqui então algo aconteceu. Porra Athos, se acalme. 

Tento forçar a maçaneta mais algumas vezes, logo estará aberta e eu voltarei para casa, tudo bem. 

Papai uma vez me disse que se eu estiver presa em algum lugar desconhecido não é para eu gritar por ajuda, eu devo procurar uma saída alternativa. 

Nunca achei que os ensinamentos iriam servir para alguma coisa, obviamente estava errada em relação a isso, estou em um quarto desconhecido com uma porta emperrada - trancada - eu apenas preciso pensar. 

𝐈𝐍𝐄𝐗𝐎𝐑𝐀𝐕𝐄𝐋  ━ 𝐅𝐈𝐑𝐄𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 ᴰᵉᵛⁱˡ'ˢ ᴺⁱᵍʰᵗ ᶠᵃⁿᶠⁱᶜ ¹Onde histórias criam vida. Descubra agora