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cerca de um pouco mais de uma semana após o sequestro;
Quando comecei a investigar com a família de Athos as possíveis localizações de Blackchruch, não me imaginei passando tanto tempo na residência dos Fane Crist, achava que poderia fazer a minha parte do meu apartamento, se achasse algo relevante dirigiria até eles e os informaria.
Nada do que eu tinha em mente aconteceu, já que por três noites na última semana eu dormi no sofá da casa dos Fane. Me ofereceram o quarto de Athos para dormir mas recusei, é errado eu estar lá sem a sua autorização, a última vez que entrei naquele quarto foi para pegar o notebook dela.
No outro dia já tinha devolvido o objeto e pedi para a senhora Fane colocar no seu quarto novamente.
Alex me ajudou muito nos últimos dias, procuramos por fontes confiáveis mas nada foi achado, noite passada ela voltou para a sua cidade, a filha ficou doente e tiveram que ir ao médico que cuida da criança desde que nasceu. Fiquei surpresa que a miniatura de Michael Crist não pegou a gripe, Aaron e Aubrey ficaram juntos tempo o bastante para compartilhar germes o suficiente.
Agora, sem Alex sinto uma pressão que não existia nos últimos dias, passei a manhã toda na frente do meu notebook, pulei o almoço que Rika fez. Ela tem sido um bom conforto para mim, me trata como se eu não fosse alguém ruim, me trata como a minha mãe me tratava.
Na primeira noite que dormi no sofá, não me senti no privilégio de pedir uma coberta e um travesseiro. No dia seguinte acordei com um travesseiro e uma coberta, no dia seguinte Michael me disse que foi tomar água no meio da madrugada e me viu encolhida, então pegou um travesseiro e uma coberta.
Isso me fez lembrar de quando fui parar no hospital por causa de início de pneumonia, meu pai me largou na chuva forte e esperou que eu voltasse para Deadlow Island sozinha e no frio, quando cheguei não tinha nenhum cobertor na minha cama, nada com que eu pudesse me esquentar.
Eu os respeito, eles são bons para mim e me fizeram sentir segura nessa casa. Michael disse que não ia deixar ninguém me machucar, ele está cumprindo essa promessa.
Não vi mais Cole e o restante da cavalaria, não significa que estejam longe.
Pensando no diabo, desvio o olhar do notebook quando a porta do escritório se abre e Cole e o restante de seus cães entram, meu dia poderia ser melhor.
Volto o olhar para a tela, continuando na mesma imagem pela décima vez até me convencer de que não tem nada de errado.
─ O que quer, Cole? ─ Continuo penetrada no meu trabalho.
─ O que está fazendo? ─ Ele aparece do meu lado. ─ Nenhuma pista ainda? ─ A animação em sua voz some.
Sei o quanto ele ama Athos, são melhores amigos talvez desde que o mundo foi criado, são almas destinadas a permanecer juntas. Cole precisa de Athos quase tanto como precisa respirar, e Athos precisa de Cole quase tanto quanto precisa viver.
