Capítulo 76

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Narração Pov

Na mansão de Interlaken, a atmosfera não é das mais receptivas e como poderia ser? Os nervos estão à flor da pele e apesar da grande maioria não saber do que tudo aquilo se tratava, pois todos os anfitriões mantiveram tudo em sigilo, eles sabiam que era algo ruim, afinal não fariam tal comoção por algo bom, nunca seria por algo bom...

O enorme salão de reunião está localizado no meio da propriedade, ocupando todo o quarto andar da residência, com assentos o suficiente para mais de trezentas pessoas, que são divididos em oito divisões, uma para cada União Vampírica. As Uniões Vampiricas, são compostas por diversos clãs de diferentes regiões do mundo, sendo elas do Leste da Oceania, do Sul Americano, do Norte Americano, Sudeste Asiático, Oriente Médio, Norte Asiático, Sul Africano e todo o Continente Europeu, a maioria dos clãs que se unem a uma União, não possui um território muito abrangente e nem tem ligação direta com um ancião, assim ficando a mercê dos clãs maiores, como os Ludwigs...

Com murmurinhos de diversos idiomas a solta pelo salão, olhares julgadores caíram sobre Beatrice Ludwig que de cabeça erguida se mantém neutra diante a aristocracia vampírica, exalando calmaria ela se levanta de seu acento e em passos lentos vai até o seu primogênito que acaba de chegar...

Beatrice _ Me siga! _ Diz passando reto por seu filho, que sem demora pede para seu companheiro acomodar os convidados no lugar previamente designado, Dárius segue sua mãe até o terceiro andar e logo os dois entram em uma sala de descanso que é a prova de ouvidos curiosos, onde o ancião está a sua espera... _ Feche a porta filho, precisamos conversar! _ Sua feição serena some drasticamente, causando certa preocupação em Dárius...

Dárius _ O que aconteceu? _ Pergunta ao fechar a porta, ele se aproxima dos mais velhos e se senta em uma das poltronas...

Beatrice _ Sua cunhada Maria Eleonor, está tratando das garotas encontradas e bem... _ Tenta achar uma maneira de se expressar... _ Descobrirmos algo que não será do seu agrado!

Dárius _ Não entendo, é sobre a mãe do meu marido, a tal mulher bonita não era ela, não é mesmo? _ A questiona, mas ao ver sua expressão ele sabia que não se tratava disso... _ Mãe, não se pondere para preservar meus sentimentos! O que tiver que falar, apenas diga!

Beatrice _ É sobre a família biológica da Laura... _ Dárius permaneceu em silêncio, mas só em ouvir o nome de sua filha se manteve mais atento do que nunca... _ Depois de muito cuidado e dedicação Eleonor conseguiu fazer a menina "muda" falar, mas como Meilin ela também não tinha muita informação útil, a não ser um local que de acordo com ela já foi seu cativeiro. Com as poucas informações que tínhamos, descobrimos um prédio no norte de Portugal, que supostamente é uma fábrica de alimentos enlatados, mas temos quase certeza que é tudo fachada!

Dárius _ Eu não entendo, o que isso tem haver com a minha mon petit?! Pergunta confuso e sua mãe suspira, tentando achar a forma certa de dizer a ele...

Anastácio _ Essa "fábrica" está no nome de uma empresa de contabilidade mais ao sul de Portugal, investigamos essa pista e chegamos a um nome, Henrique Oliveira, é o avô paterno de Laura! _ Disse farto da divagação da filha... _ E não é só isso, conseguimos acesso ao registros bancários dele e dois dias antes do incidente, ele havia embarcado em um vôo direto para Lucerne e ele estava bem perto da onde tudo aconteceu! _ Isso foi um verdadeiro baque para Dárius, apesar de não demonstrar ele ficou pasmo com essas revelações...

Beatrice _ Olha filho, não temos certeza disso, ok?! _ Vai até ele e o abraça, apesar de seu primogênito esconder bem, Beatrice sabia quando um de seus filhos estava mau... _ Talvez seja tudo coincidência!

Anastácio _ Não minta pra ele Beatrice, sabemos que já passou do ponto de ser só uma coincidência! Esse homem provavelmente está envolvido com a horda de caçadores e conhecendo bem esse tipo de gente, creio que não seja só ele da família! _ Diz sério, chamando a atenção de seu neto... _ Tenho certeza que sua menina não tem conhecimento sobre isso, provavelmente a mantiveram longe desse tipo de vida, porém seria problemático se alguém fora dessa sala descobrisse sobre isso!

Dárius _ Entendo, quando contar isso ao Harry, ele ficará um pouco abalado, mas tenho cert... _ O mais velho o interrompe...

Anastácio _ Serei claro novamente, não é para ninguém fora dessa sala saber disso! _ Disse de maneira severa...

Beatrice _ Desculpe filho, mas o seu avô está certo, não sabemos o que eles estão aprontando e se as comunidades vampíricas ficarem sabendo disso, iremos parar na boca do povo e a nossa imagem já não vai estar muito boa depois de hoje! Não podemos arriscar!

Dárius _ Mas Harry é meu companheiro, ele é confiável! Se eu pedir descrição, ele será discreto! _ Diz indignado... _ Eu nunca escondi um segredo desses dele, ele tem o direito de saber! Meu marido também é pai da Laura, não é certo esconder esse tipo de informação dele!

Anastácio _ Ahhh... _ Suspira pela insistência do neto... _ Dárius, isso é só por hora, não será só ele a não saber disso! Só nós três estamos cientes e sendo franco, por mim eu nem teria te contado, sabia que ia reagir assim! _ De fato, o ancião pretendia contar nada ao neto, mas sua filha insistiu tanto, que não teve como recusar...

Beatrice _ Como eu disse ao senhor antes, ele tem o direito de saber! E sei que o docinho também tem, mas por hora o melhor é manter isso em absoluto sigilo! _ Olhou para o filho com pesar... _ Sei que é complicado para você, mas não podemos arriscar!

Dárius _ Tudo bem, mas eu quero que me mantenham mais informado sobre as investigações e assim que for seguro, contarei tudo ao meu parceiro! _ Sua mãe apenas concorda com a cabeça e ele olha pro seu avô...

Anastácio _ Ai ai... _ Murmura negativamente... _ Okay, no entanto terá que esperar eu dar permissão para isso! _ Dárius fez que sim... _ Ótimo, agora vamos antes que eles fiquem irritados por esperar!

Continua...

A Nova Filha dos DuquesWhere stories live. Discover now