Capítulo 93

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Narração Pov

Graças a uma gentil senhorinha da cafeteira, Sophia pode achar a estrada que dá nas montanhas, ela lhe vendeu um mapa que a portuguesa acredita ser mais velho que ela, pois está tão amarelado que parece uma antiguidade, mas Sophia só podia agradecer a mais velha, os Ludwigs são tão metódicos que nem no GPS aparece seu território nas montanhas, era somente um aviso de "cuidado terreno instável", para ela, era impressionante como são hábeis em evitar serem tocados pela atualidade.

Sophia _ É uma pena que não são totalmente intocáveis... _ Murmura divagando em voz alta... _ Não sei como Gideão pretende pôr suas mãos asquerosas na minha sobrinha, mas ele deve ter seus meios, provavelmente existe alguém de dentro só esperando suas ordens! Algo que ele disse me fez chegar a essa conclusão...  "De acordo com uma fonte minha de dentro do território..." _ Sibila se recordando das exatas palavras… _ Gideão é um psicótico, mas não é burro, ele deve ter toda uma organização dedicada a investigar os clãs e achar um ponto fraco, qualquer  coisa que levasse ele a ter o sangue de um ancião, ou no caso da Moranguinho, o que chega mais perto do original, pois se for seguir nessa lógica o sangue dela e o do ancião só são separados por duas gerações, pela a da Matriarca Ludwig e seu filho que a transformou. O que mais me preocupa, é que Laura é vampira há somente um mês e meio, não deu tempo de seu sangue se transformar por completo, Rulio tinha falado sobre isso, demora bastante tempo pro sangue sofrer todas as mutações necessárias e geralmente isso leva em torno de cem anos. Algo não parece certo pra mim, se meu irmão que não era totalmente envolvido na parte científica sabe dessas coisas, Gideão também deve saber, é claro que ele sabe, aquele idiota é o chefe! Mas se ele sabe disso, porque vai atrás dela? _ Essa era uma de suas maiores dúvidas, algo nessa história não parecia bater, mas ao ver um segurança a poucos metros a frente, Sophia se obrigou a sair de seus devaneios audíveis e mesmo com a placa gigante dizendo em cinco idiomas, "PROPRIEDADE PRIVADA, FAÇA O RETORNO!"

A mesma seguiu adiante, parando em frente ao segurança de aparência jovial, que ao ver a feição desorientada que as olheiras da portuguesa trazia, andou até a janela da motorista pronto para dar qualquer informação que a ajude a se localizar, mas para sua surpresa ela saiu antes que ele pudesse fazer qualquer pergunta...

Sophia _  Olha senhor, eu preciso que leve isso muito a sério, não tenho tempo para conflitos e cada minuto que demorar para fazer o que peço, é um minuto mais perto do caos em forma de humano... _ O Jovem vampiro nem soube o que dizer, era a primeira vez que um humano "perdido" fazia algo tão aleatório...  _ Me chamo Sophia Oliveira, sou de uma família caçadora de vampiros... _ Sem deixá-la prosseguir, o vampiro de quase mil anos, movido por seus instintos tentou imobilizar a mais nova, no entanto ao se aproximar, Sophia cravou uma seringa em seu ombro, o pegando de surpresa...

? _ Mas... _ Exclamou surpreso, passando suas mãos por onde foi atingido, porém ao perceber que nada estava diferente tentou atacá-la novamente, mas para a sua surpresa suas pernas não o obedeciam... _ O que você fez comigo?!

Sophia _ A essa altura você já deve saber do ataque a uma família de vampiros andarilhos, se os Ludwigs forem espertos, devem ter espalhado o caso! Ou ao menos mencionado de forma rasa para não causar pânico, mas de qualquer forma essa é uma variação do mesmo veneno que os imobilizaram antes de serem mortos, mas diferente daquele que imobilizou o corpo inteiro, esse atinge somente partes específicas, como suas pernas... _ O rapaz ainda tentando assimilar suas palavras, tenta se forçar a mexer seus membros inferiores, já Sophia que está odiando cada segundo disso vai até sua bolsa e pega uma adega e um colar...

? _ É isso? Vai me matar em plena luz do dia? É o que? É mais um aviso nojento que querem dar? _ Pergunta de forma ofensiva… _ Ainda bem que perto da divisa não tem famílias inocentes para...

Sophia _ Não diga o que você não sabe! _ Disse ríspida, se sentindo até mais enojada do que ele... _ Eu não  queria estar aqui, eu abandonei essa vida há muito tempo e só pra constar na minha época não existia esse veneno ou a ética distorcida de matar suas crianças e não pretendo matar ninguém, mas se você se colocar entre mim e meus objetivos sou mais do que capaz! _ Coloca o medalhão no pescoço e a adaga na cintura... _ Eu só preciso que chame um dos Ludwigs, de preferência o que transformou minha sobrinha, nós precisamos conversar!

? _ O que você acha que irá acontecer quando souberem que tem uma caçadora de vampiros na fronteira? _ Pergunta de maneira sarcástica e hostil... _ Vão te receber de bom grado, com bolinhos e chá?

Sophia _ Eu sei bem qual vai ser a reação deles e por saber, não vou simplesmente passar  por você e dirigir sem rumo, assim que sentirem meu sangue humano serei morta. E vai por mim, eu não estou em posição de me dar o luxo de morrer! _ Anda até a central mais a frente, ignorando os gritos ininteligíveis do mesmo, gritos esses que estava alertando qualquer  vampiro por perto que ele estava em perigo, mas pra sorte da loira os vampiros mais próximos estão a quilômetros de distância... _ Nossa, para um povo que se esconde da tecnologia, eles são bem avançados... _  Murmura ao entrar na sala do segurança que está rodeada por telas ligadas a câmeras de segurança espalhadas ao redor da fronteira, os olhos de Sophia vagueiam por elas, mas nada a interessa ali e rapidamente seu foco vai pro rádio de comunicação, que ao ligá-lo uma voz feminina diz algo que a mesma não consegue entender, então sem rodeio a mesma foi direto ao ponto... _ Me chamo Sophia Oliveira, sou de uma família de caçadores de vampiros e tomei o controle da sala do seu vigia, não entre em pânico, o segurança está seguro e minimamente bem, não pretendo machucá-lo, mas estou disposta se Dárius Ludwig não vim até mim pessoalmente, diga que é algo que afeta a minha sobrinha, Laura Madeleine. E só pra deixar claro, não é um blefe, eu realmente sou capaz e tenho as armas necessárias para matar seu vigia, se necessário! Em minha cintura tem uma adaga feita de um metal raro chamado Santallunlis, ou como apelidei na infância de Santa Insaciável, a arma usada para matar e desmembrar aquela família é feita do mesmo material, então o seu Senhor deve saber o estrago que a Santa Insaciável é capaz de fazer! _ Diz por fim desligando, sem nem ao menos dar tempo para a moça do outro lado dizer algo...

Continua…

A Nova Filha dos DuquesWhere stories live. Discover now