Capítulo 97

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Harry Pov

_ Precisava disso? _ Pergunto não conseguindo tirar meus olhos da portuguesa, consigo ouvir seu coração e após o choque seu ritmo ficou irregular… _ Ela pode ter um ataque cardíaco! Não precisava ser tão violento, ela não parecia querer fazer mal a alguém…

Dárius _ Está falando sério? Olhe ao seu redor e veja o que ela fez com os meus subordinados! Se você não consegue ver perigo nisso, creio que precise reavaliar a situação! _ Esbraveja me repreendendo, seu foco volta para a mulher e com alguns gestos ele chama um de seus assistentes… _ Mande alguém para recolher esses inúteis do chão e dê alguns dias de folga para eles, quero que pegue a arma sonar que ela usou e mande para análise, também quero um relatório de todos os efeitos que isso pode causar e tome… _ Ele ia passar Sophia para seu assistente, mas o impeço…

_ Não mande ela para aquele lugar! _ Digo meio desesperado e seu foco volta pra mim… _ Ela queria me dizer algo e depois do choque que deu nela, acho que ela não sobreviveria a sua masmorra particular, sim eu sei daquele lugar… _ Ele abriu a boca para me questionar, porém não o deixei continuar… _ Eu já sei daquele lugar há mais de dois séculos, se descobre muita coisa quando você está entediado e tem que esperar seu marido voltar de uma reunião com o clã, ao qual pra variar não fui convidado.

Dárius _ Deveria ter me dito que sabia da prisão subterrânea embaixo da residência de Interlaken, você não foi lá, certo? Você não tem permissão para entrar lá! _ Diz de forma autoritária…

_ Assim como você me disse sobre a decisão genocida que tomaram? Até onde eu sei está tudo bem omitir coisas no nosso relacionamento, afinal você vive fazendo isso! _ Rebato de forma irônica…

Dárius _ Não seja dramático, existem coisas que você não precisa saber e nos últimos séculos você aproveitou muito bem a vida abastada que eu te proporciono, então me desculpe se eu escondo as coisas que eu sei que você não tem psicológico para aguentar, eu sou um monstro por tentar te deixar longe do perigo, que marido cruel eu sou! _ Olho para ele incrédulo com o seu sarcasmo, chateado e decido vou até ele e tomo Sophia de seus braços e corro em direção ao ducado, em pouco segundos já estou na entrada com Dárius logo atrás de mim… _ Quero que todos saiam! _ Diz afugentando os funcionários, que no mesmo momento abandonam o castelo… _ O que pretende fazer? Ela é um risco e você sabe disso! _ Continou o ignorando e começo a subir as escadas indo em direção ao meu pequeno consultório no último andar, estou preocupado com os efeitos que o choque pode ter causado no seu corpo, humanos são tão frágeis… _ Se acha que vou permitir que mantenha ela aqui, perto da nossa filha, só pode estar senil!

_ Essa mulher significa algo para Laura, é perceptível que se assemelha a ao amor que uma filha teria por sua mãe, não vou deixar que leve ela para aquele lugar, posso não saber o que tem lá, mas sei que seu avô passa muito tempo ali e tudo que está relacionado aos interesses daquele homem, me apavora! _ Assim que entro no meu consultório a deitei na maca e comecei a conectar os aparelhos ao seu corpo, Dárius mantém seus olhos atentos em tudo o que eu faço e a cada exame físico que faço nela ele bufa um pouco… _  Se está tão impaciente saia daqui, vá descontar sua frustração em alguém!

Dárius _ Eu só estou curioso, do porquê está tentando salvar ela, Laura não saberia de sua morte e sejamos francos nada do passado dela vai importar! _ Em parte é para irritá-lo, mas eu nunca admitiria isso a ele…

_ O choque que você deu nela foi muito forte, em pouco tempo a descarga passou por todo seu corpo, sabia que isso pode causar falência em algum dos órgãos dela? _ O vejo revirar os olhos… _ Está vendo o batimento como está inconstante e fraco, isso não é um bom sinal e Laura pode até nunca descobrir, mas eu saberia e nas últimas semanas aquela menina falou com tanto carinho da sua tia que eu estou disposto a dar o benefício da dúvida para a Sophia! _ Dárius revirou seus olhos novamente e após um suspiro complacente ele sai do cômodo batendo a porta atrás de si, depois eu que sou dramático. Depois de injetar a medicação correta, volto minha atenção ao ferimento em seu pescoço, então faço um curativo na área afetada pelo taser, Dárius foi tão agressivo… Após acabar tudo que eu poderia fazer pôr ela, caminho até a saída e ao abrir a porta dou de cara como meu marido, que nem ao menos olha em meus olhos, ele passou direto por mim, indo a até a portuguesa e a algemado na maca… _ Precisa mesmo disso?

Dárius _ Só assim para eu permitir que ela fique aqui, já informei minha família e os representantes que estavam hospedados aqui iram para outro ducado ainda hoje, até eles saírem não quero ouvir nada o que você tem a dizer e a porta ficará trancada, nem você tem acesso a essa sala, sem a minha permissão! _ Tira uma chave do bolso e me olha de forma autoritária, seu pedido não verbal para eu sair infelizmente foi atendido e assim que piso no corredor ele fecha a porta e a tranca… _ E só para garantir, esse corredor está proibido!

_ Então quer dizer que não tenho voz aqui! _ Aumento minha voz, indo atrás dele que me ignora, ao sair daquela área não posso deixar de notar os seguranças que ele colocou para garantir que eu não chegue perto da humana. _ Você só pode está brincando comigo, Dárius, precisa de tantos vampiros para conter uma humana ferida?

Dárius _ Não, mas precisa para te manter longe dessa humana, do jeito que você é vai querer transformar ela ou sei lá, foi assim que conseguimos a Laura, você se apegou! E pare de gritar, você não quer brigar na frente dela, né?_ Ele vai em direção ao quarto da nossa filha, já passou da hora do mama dela…

_ Não a use para me calar… _ Digo de maneira mais calma em mandarim antigo, eu tenho que admitir, não quero que ela sinta nosso estresse, mas se eu pudesse gritava por horas no ouvido dele… _ E eu não me apeguei a Laura, a oportunidade de ter um recém-transformado apareceu e eu a agarrei e você também não foi tão contra assim!

Dárius _ Mas não muda o fato que você fez por impulso, você tende a fazer isso Harry, sempre tão emocionado e impulsivo, nunca pensa nas consequências a longo prazo, sabe  o esporro que me aguarda por causa da sua cena na reunião? _ Diz no mesmo tom calmo, ia responder de uma forma nada côrtes, mas assim que a porta do quarto é aberta e não localizo a presença de Laura lá, sinto uma batida do meu coração errar o compasso...

Continua...

A Nova Filha dos DuquesWhere stories live. Discover now